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6 ações queridinhas dos investidores em 2017

Expectativa de melhora no cenário econômico brasileiro tem atraído os investidores para as ações relacionadas ao varejo e consumo naciona

A Bolsa de Valores de São Paulo, B3 (Paulo Whitaker/Reuters)

A Bolsa de Valores de São Paulo, B3 (Paulo Whitaker/Reuters)

Fernando Pivetti

Fernando Pivetti

Publicado em 30 de abril de 2017 às 08h05.

Última atualização em 30 de abril de 2017 às 08h05.

São Paulo - O otimismo com relação à recuperação econômica do Brasil tem cada vez mais atraído os investidores na Bolsa para ações do mercado doméstico. Varejo e consumo são hoje os “queridinhos” da bolsa e os papéis relacionados aos setores devem continuar em alta nos próximos meses.

Isso porque a combinação da redução da taxa básica de juros, Selic, e a expectativa da retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) gerou efeitos positivos nas ações de empresas de varejo e consumo.

Raphael Figueiredo, analista da Clear Corretora, aponta destaca que o efeito da queda de juros no mercado, somado a um dólar estável e inflação controlada faz das ações influenciadas pela economia local uma boa aposta para investimentos.

Para ele, papéis como Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Arezzo e Marisa têm mostrado resultados muito bons.

“Todas as empresas que estão ligadas à economia nacional são boas apostas porque o mercado espera hoje uma recuperação da atividade comercial no país.”

Novatas e atraentes

Outras ações que estão em alta no mercado incluem duas empresas que fizeram recentemente IPO’s (Oferta Pública Inicial de Ações).

A companhia aérea Azul e a empresa de aluguel de carros Movida são duas apostas que também entram na lista das queridinhas da bolsa.

O estrategista-chefe da Eleven Financial, Adeodato Netto, destaca que estas duas empresas têm mostrado um bom desempenho na bolsa e as ações possuem grandes perspectivas de serem bem sucedidas.

“Tanto a Azul quando a Movida são boas apostas para o curto prazo. A Azul é uma empresa mais equilibrada e tem investimentos extraordinários e a Movida é vice-líder de mercado no Brasil e teve um crescimento de 56% da receita em plena crise econômica.”

Veteranas presas ao mercado internacional

Ações relacionadas às commodities, como Vale e Petrobras, que no passado eram a grande atração do mercado, hoje veem seu desempenho travado pelos preços do mercado exterior.

Adeodato ressalta que essas ações deixaram de ser apostas do mercado pela exposição que elas têm a fatores geopolíticos como as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

“Os conflitos que estão acontecendo hoje podem impactar no mercado de commodities e pesar no desempenho de ações como Vale.”

Apesar da influência internacional, o estrategista-chefe da Eleven Financial vê de maneira positiva o desempenho da Vale no mercado.

Segundo ele, a mineradora, depois de amargar em 2015 o pior desempenho da sua história, fez a lição de casa e hoje consegue se manter com um resultado muito bom mesmo com os preços dos minérios em baixa.

“O resultado do primeiro trimestre da Vale foi muito forte e o nível de desalavancagem está bem alto, o que tira o risco de um endividamento crescente e faz do preço atual das ações, em torno de 26 reais, muito baixo para o que a companhia é hoje.”

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