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5 soluções possíveis à OGX, segundo o Credit Suisse

Banco acredita que papéis da petrolífera podem atingir os 0,30 centavos de real; veja os cenários que podem ser considerados por Eike Batista


	Ações da OGX amargam queda de 85%  desde o início do ano
 (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

Ações da OGX amargam queda de 85%  desde o início do ano (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 15h52.

São Paulo – Após diversas notícias que frustraram o mercado, as ações ordinárias da OGX (OGXP3) lideram com folga a lista das maiores desvalorizações dos papéis pertencentes ao Ibovespa. Desde janeiro, a queda das ações já chega a 85%.

A crise da empresa com seus acionistas se intensificou após a notícia da suspensão do desenvolvimento de três poços exploratórios, localizados no Campo de Tubarão Azul, são eles: o de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Mais de mil acionistas das empresas do Grupo EBX já se mobilizam contra Eike Batista, grande parte dessa massa é composta por minoritários da OGX.

O Credit Suisse tem recomedação classificada em desempenho abaixo da média de mercado (underperform) às ações da OGX. O preço-alvo é de 0,30 centavos de real, um potencial de desvalorização de 48%. Tendo em vista o futuro incerto da petrolífera de Eike Batista, o banco listou cinco cenários possíveis à empresa. Veja as alternativas consideradas pelos analistas Emerson Leite, Vinicius Canheu e Andre Sobreira:

Liquidação

A primeira opção citada no relatório é uma simples liquidação, a qual seria a menos provável de acontecer, já que envolveria o pior cenário para todas as partes envolvidas.

Neste caso, o Credit Suisse vê “apenas” 1,1 bilhão de dólares restantes para os detentores dos bônus da empresa, o que representaria 33% de recuperação. Para os acionistas não sobraria nada.

Conversão de títulos em ações

O segundo cenário cita a conversão de títulos em ações. “Trata-se de uma maneira de corrigir a estrutura de capital da OGX, com o benefício adicional de aumentar a caixa da petrolífera em 300 milhões de dólares por ano, valor que não precisaria mais ser pago em forma de juros”, explicam os analistas.

Caso seja mantida a proporção de 700 milhões de dólares em valor de mercado e 3,6 bilhões de dólares em dívida, os detentores de títulos da empresa reteriam 83% dos ativos após a conclusão da conversão, enquanto os acionistas ficariam com 17%. Esta operação representaria 1,7 bilhão de dólares (ou 48%) em recuperação do valor de face dos títulos da empresa e 0,24 centavos de real por ação.


Conversão de títulos em ações + put

Nesta alternativa, os analistas consideram a conversão dos títulos em ações e o exercício parcial da opção de venda (put) de Eike Batista de 1 bilhão de dólares.

Caso haja a conversão de títulos em ações e a injeção de 500 milhões de dólares com o objetivo de aliviar o fluxo de caixa da empresa, os donos dos títulos poderiam chegar a receber 60% do valor de face dos títulos e o s acionistas ficariam com 0,29 centavos por ação.

Pagamento parcial de títulos + put + conversão

Trata-se de uma variação da alternativa citada no item acima. Neste cenário, a própria OGX pagaria com uma parte do exercício da put suas obrigações com os detentores de títulos.

Put + conversão

Na última alternativa citada pelo Credit Suisse está a mistura das alternativas já citadas. Se a companhia assumir o pagamento de 250 milhões de dólares aos seus detentores de títulos usando parte do dinheiro da put, o restante da dívida seria convertido em ações e o resto dos 250 milhões da put injetados diretamente no caixa da empresa.

“Neste cenário, a OGX poderia chegar a uma taxa de recuperação e 60% referentes aos títulos e 0,28 centavos de real por ação”, completam os analistas.

 

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