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5 motivos para você se animar com as ações da Petrobras

Em relatório, Santander aposta em uma valorização ainda maior dos papéis ordinários da Petrobras; veja quais fatores, segundo o banco, justificam esse otimismo.


	Pedro Parente, presidente da Petrobras: banco aposta na valorização da estatal
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Pedro Parente, presidente da Petrobras: banco aposta na valorização da estatal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 16h23.

São Paulo — Depois de um 2015 assombroso, os papéis da Petrobras estão retomando aos poucos a trajetória de valorização. Desde janeiro, as ações ordinárias da empresa registraram ganhos de mais de 60% na Bolsa. Neste período, a companhia ganhou quase 68 bilhões de reais em valor de mercado.

Para o Santander, os próximos meses devem ser ainda melhores para a petroquímica. Em relatório publicado ontem, a instituição elevou a recomendação para os papéis ordinários da estatal (PETR3) de manutenção para compra. O banco estima o preço-alvo da ação em 20 reais. Atualmente, o papel é cotado na casa dos 13 reais. 

Veja abaixo alguns dos fatores que, segundo o Santander, justificam o otimismo com a companhia.

1 - Mais dinheiro no país

Para o banco, a Petrobras foi diretamente beneficiada pela melhora do ambiente macroeconômico e pela retomada dos investimentos. As entradas de fluxos, segundo a instituição, devem continuar a impulsionar as ações da petroquímica devido ao peso que elas têm no Ibovespa.

2 - Venda de ativos

No final do mês passado, a Petrobras vendeu um de seus campos do pré-sal. A operação, de acordo com o Santander, “foi uma mudança de paradgima” e sinalizou a preocupação da estatal com a redução de suas dívidas. “A lista de ativos que podem ser vendidos é longa e expressiva”, diz um trecho do relatório.

3 - Valorização do Real

Como mais de 80% da dívida bruta da Petrobras é em moeda estrangeira, a valorização da moeda brasileira deve impactar positivamente nos resultados da companhia, diz o banco. 

4- Apoio do governo interino

O banco espanhol espera um maior apoio do governo de Michel Temer à Petrobras. Para a instutição, o “novo governo” está “cada vez mais alinhado com o preço da gasolina e diesel” e deve promover mudanças regulatórias importantes, como as alterações nos leilões do pré-sal e na lei que obriga a presença de conteúdo local.

Em um dos trechos do relatório, o banco diz que “se o novo governo continuar a apoiar a empresa (como anunciou publicamente que irá fazer) e mantiver um ambiente racional de preços, cremos que isso será significativo para a Petrobras”. 

5 - Impacto limitado da volatilidade do petróleo

O banco acredita que, mesmo voláteis, os preços do petróleo devem ter um impacto limitado nos resultados operacionais da Petrobras. Uma das justificativas para isso é que 55% da receita da companhia vem da gasolina e do diesel, cujos preços não acompanham as flutuações do petróleo.

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