Agência do Santander (Sergio Moraes/Reuters)
Guilherme Guilherme
Publicado em 26 de abril de 2022 às 11h50.
Última atualização em 26 de abril de 2022 às 12h29.
O Santander (SANB11) apresentou o balanço do primeiro trimestre de 2022 na manhã desta terça-feira, 26. As atenções do mercado para o resultado são ainda maiores. Isso porque os números devem servir para balizar as expectativas para os próximos balanços do setor. O Santander foi o primeiro entre os grandes bancos a divulgar seu resultado do período. Confira os destaques.
A carteira de crédito do Santander cresceu 7,2% na comparação anual para R$ 455,166 bilhões . A maior expansão ocorreu na frente de pessoa física, que aumentou em 19% para R$ 212,347 bilhões. Por outro lado, a carteira de crédito de crédito de grandes empresas, a segunda maior do banco, caiu 10% na comparação anual para R$ 116,103 bilhões.
Apesar da maior carteira de crédito, os índices de inadimplência cresceram em todas as frentes -- em parte, explicado pelos aumentos das taxas de juros. A inadimplência acima de 90 dias saltou, em um ano, de 2,1% do total para 2,9%, enquanto a de 15 a 90 dias foi de 3,6% para 4,2%. Da carteira de pessoa física, 9,9% está inadimplente em pelo menos 15 dias contra 8,3% em março de 2021.
O "bancão" terminou o primeiro trimestre com 30,6 milhões de clientes ativos, 8% acima do mesmo período do ano passado. Em "clientes digitais" (que acessaram algum canal digital nos últimos 31 dias), o salto foi de 17% para 19,5 milhões.
O crescimento, segundo o Santander, é resultado da estratégia de "maior integração dos canais e oferta de produtos". A aposta, disse, é na abordagem omni-channel.
"O canal digital, nossos aplicativos, por onde os nossos clientes cada vez mais escolhem ser atendidos, representa um pilar chave para a nossa oferta multicanal integrada. Temos 517 milhões de acessos por mês, considerando IB, site e aplicativo", afirmou o Santander.
As despesas administrativas e com pessoal cresceram 13,9%, acima do IPCA de 11,30% para o período. O aumento, segundo o banco, foi pressionado pelo acordo coletivo aplicado sobre a base salarial do terceiro trimestre de 2021. A alta ocorreu mesmo com o menor número de agências, que caiu de 2.119 para 1.787 no período. O número de funcionários, por outro lado, saltou em 4.284 em 12 meses para 49.090.
A receita de cartões, que cresceu 27,7% para R$ 1,329 bilhão, foi a maior responsável por impulsionar a frente de serviços do banco, que faturou R$ 4,617 bilhões no período, 5,7% a mais que no primeiro trimestre de 2021. As receitas com operações de crédito e garantia, porém, caíram 11,7% na comparação anual, encerrando o trimestre em R$ 334 milhões.