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Cinco ações para investir no 2º semestre de 2024, segundo o BTG Pactual

Banco defende que o Ibovespa está atrativo e que principais riscos já estão precificados

Painel de cotações da B3: veja onde investir no 2º semestre, segundo o BTG Pactual (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: veja onde investir no 2º semestre, segundo o BTG Pactual (Germano Lüders/Exame)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 2 de julho de 2024 às 13h40.

Última atualização em 3 de julho de 2024 às 15h56.

O Ibovespa caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano – sua pior baixa para o período desde 2020, ano da pandemia. O cenário negativo, no entanto, pode estar perto do fim. O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) estima que os principais riscos para o Ibovespa já estão precificados.

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“As ações locais estão atualmente sendo negociadas a um valuation atraente, mais de um desvio-padrão abaixo da média histórica. Em nossas estimativas, o lucro das empresas brasileiras (excluindo Petrobras e Vale) crescerá 16% ao ano em 2024”, afirmaram os analistas.

Para o segundo semestre, o banco recomendou cinco ações para investir nos próximos meses: Itaú (ITUB4), Allos (ALOS3), Tenda (TEND3), Hapvida (HPAV3) e Meta (M1TA34). Veja abaixo as perspectivas do banco para os cinco papéis.

Por que investir no Itaú (ITUB4)

A expectativa dos analistas do BTG é que o Itaú continue avançando no ROE, indicador que mede a capacidade de um banco de rentabilizar seu capital. “Sob a liderança de Milton Maluhy, o banco está passando pela transformação digital mais eficaz entre os bancos incumbentes, o que nos leva a acreditar que o seu ROE sustentável aumentará a diferença em relação aos seus pares.”

Por que investir na Allos (ALOS3)

A administradora de shoppings Allos vem fazendo um bom trabalho de alocação de capital, de acordo com os analistas do BTG. Segundo eles, é possível esperar a continuidade desse movimento de olho em três fatores:

  • A Allos poderia vender mais R$ 1 bilhão em ativos; 
  • A empresa tem um novo programa de recompra de ações de em torno de 4% de seu valor de mercado; 
  • E que sua política de dividendos implica um rendimento (dividend yield) de aproximadamente 6% para 2024.

Por que investir na Tenda (TEND3)

No caso da Tenda, entra a visão otimista para o setor de construção de baixa renda na esteira das mudanças no programa Minha, Casa Minha Vida. “A acessibilidade nunca foi tão boa para os compradores de imóveis, especialmente aqueles elegíveis para o MCMV Faixa 1 (com renda de até R$ 2,6 mil por mês). A Tenda está estrategicamente focada na Faixa 1 (~65% da base de clientes) e está posicionada para enfrentar uma demanda mais forte.”

Por que investir na Hapvida (HAPV3)

Para o BTG, a administradora de planos de saúde Hapvida tem algumas boas vantagens competitivas no setor de saúde complementar, como escala, alcance geográfico, liderança de mercado (17% de participação) e um modelo integrado verticalmente.

“O desempenho das ações será direcionado pela história da reestruturação, e acreditamos que a combinação de uma forte recuperação no tíquete médio (principalmente) com a otimização de gastos gerais e administrativos e, em menor medida, com frequências médicas menores deve levar a uma melhora gradual nas margens”, escreveram os analistas.

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Por que investir na Meta (M1TA34) 

A Meta, por sua vez, ganha destaque no universo de anúncios online em seu portfólio de aplicativos (Facebook, Instagram, WhatsApp). “Destacamos em 2024 o ambiente favorável para o crescimento dos anúncios online da companhia, com 40% da população global participando de eleições, sendo um catalisador relevante para as ações no ano.”

O BTG espera ainda um crescimento das operações da divisão de Reality Labs, com foco no metaverso, realidade virtual e realidade aumentada. Para somar, a Meta deve entrar em um novo ciclo de investimento com base em inteligência artificial.

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