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4 small caps que devem desviar da crise, segundo o HSBC

Analistas do banco veem fundamentos mais fortes para as ações da Arezzo, MPX, EDP Brasil e Minerva


	Mínima exposição a crédito e poucos investimentos colocam a Arezzo como aposta atrativa
 (Divulgação)

Mínima exposição a crédito e poucos investimentos colocam a Arezzo como aposta atrativa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 12h12.

São Paulo - As ações chamadas de small capsempresas com até 3,5 bilhões de dólares de valor de mercado - historicamente registram desempenho superior e consistente em relação às large caps, empresas com maior valor de mercado. Segundo uma análise do HSBC, isso acontece porque essas ações são muito mais expostas aos fatores domésticos de demanda, são subvalorizadas, pouco pesquisadas e oferecem benefícios pela diversificação da carteira. 

Ben Laidler e Alexandre Falcão, que assinam a análise, afirmam que embora o histórico seja positivo, o panorama deste ano é mais difícil.

Por serem mais expostas ao enfraquecimento da demanda doméstica e aos fluxos negativos de fundos, as small caps têm margens e lucratividade mais baixas, não oferecem crescimento de alto nível nos resultados, têm menos liquidez do que seus pares maiores e, por isso, são mais caras de negociar.

“As small caps da América Latina incluem 70% de setores cíclicos domésticos (número duas vezes maior que o das large caps), com margens mais baixas, o que as deixa mais expostas ao ciclo de negócios”, explicam Laidler e Falcão. 

Pesa também sobre o desemprenho das small caps a redução nas expectativas do PIB, o aumento da aversão ao risco e os fluxos de saída de fundos.

“Estruturalmente, estamos otimistas a respeito dessa classe de ativos, taticamente, porém, mantemos a cautela, considerando esses ventos contrários desfavoráveis”, ponderam os dois analistas. 


Levando isso em consideração, o HSBC destacou as quatro ações small caps brasileiras para as quais os analistas têm maior convicção:

Arezzo

Para a varejista de crescimento mais rápido no Brasil, o banco projeta crescimento sustentável, acima de 20%, para a receita líquida no período dos próximos dois a três anos. Os analistas destacam a mínima exposição a crédito e os poucos investimentos de capital da empresa, já que tem a maioria das lojas franqueadas e produção terceirizada, o que faz dela uma aposta atrativa em relação a seus pares. No ano, as ações da Arezzo (ARZZ3)acumulam queda de 11,55%. O preço-alvo para os papéis é de 50 reais. 

MPX

A geradora de energia de Eike Batista está começando a produzir com suas usinas após o grande atraso no início das operações. O banco destaca que a empresa está fortalecendo seu balanço, com a combinação de ofertas de ações garantidas e a rolagem de sua dívida com empréstimos mais baratos do BNDES. Os papéis da MPX (MPXE3) acumulam desvalorização de 29,6% no ano e receberam preço-alvo de 12,61 reais. 

EDP Brasil

Em relação à EDP (ENBR3), o banco afirma que a empresa está aumentando sua exposição ao segmento de geração. O maior risco em curto prazo, segundo os analistas, está relacionado à revisão tarifária da distribuidora Escelsa, em agosto. Foi anunciada uma redução preliminar na tarifa residencial, de 0,77%. O preço-alvo para os papéis é de 14 reais. 

Minerva

Segundo Laidler e Falcão, a Minerva (BEEF3) se beneficia da alta exposição à plataforma brasileira de carne bovina (73% da capacidade). Além disso, a recente oferta follow-on acelerou a desalavancagem da empresa, permitindo-lhe buscar aquisições seletivas e melhorar sua diversificação regional. As ações da empresa receberam preço-alvo de 15 reais e acumulam queda de 7,48%. 

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