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Após 4 dias em baixa, dólar sobe 0,06% para R$ 1,763

São Paulo - Após quatro dias em baixa, o dólar fechou em leve alta de 0,06% nesta segunda-feira, negociado a R$ 1,763 no mercado interbancário de câmbio e no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No mês, o dólar comercial acumula baixa de 2,38%; no ano, alta de 1,15%. O euro comercial caiu […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Após quatro dias em baixa, o dólar fechou em leve alta de 0,06% nesta segunda-feira, negociado a R$ 1,763 no mercado interbancário de câmbio e no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No mês, o dólar comercial acumula baixa de 2,38%; no ano, alta de 1,15%. O euro comercial caiu 0,58% e fechou o dia R$ 2,41.

No segmento de câmbio turismo, o dólar recuou 0,22% para R$ 1,853 (venda) e R$ 1,703 (compra), em média. No mês, acumula queda de 3,34% e no ano, alta de 0,16%. O euro turismo cedeu 0,39% no dia para R$ 2,53 (venda) e R$ 2,367 (compra), em média.

A aversão ao risco disparada nesta segunda-feira pelos alertas da agência de classificação de risco de crédito Moody's, as declarações do primeiro-ministro da China e as dúvidas sobre um socorro à Grécia encontraram o real em melhor posição que outras moedas, como o euro, diante da perspectiva de fluxo positivo. Um relatório do Bank of America recomendando a compra de opções em real para a proteção a uma possível desvalorização da moeda local mais perto das eleições também impediu um recuo maior.

O dólar abriu o dia em queda, mas passou a subir ainda pela manhã. Um alerta da agência de classificação de risco Moody's sobre as principais nações do planeta deixou os investidores receosos de assumirem novos riscos. Segundo a agência, os países com rating AAA estão enfrentando "um equilíbrio cada vez mais delicado" entre o aperto da política fiscal para manter sua dívida gerenciável. O baixo crescimento econômico significa que as consequências de se reparar os balanços patrimoniais vão recair "desproporcionalmente sobre o ajuste fiscal discricionário", o que cria "risco substancial de execução" à medida que os países tentam fazer esses ajustes sem prejudicar a frágil recuperação econômica e "estragar o principal ativo do governo: seu poder de cobrar impostos", disse a agência de ratings em relatório.

Do outro lado do planeta, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, respondeu a declarações de Washington acirrando o humor entre as partes na questão da política cambial chinesa, sugerindo que o esforço dos EUA para impulsionar suas exportações por meio do enfraquecimento do dólar representa "um tipo de protecionismo comercial". O primeiro-ministro chinês também disse que a pressão internacional para que a China deixe o yuan se valorizar é contraproducente. Os comentários do primeiro-ministro chinês aumentaram a sensibilidade do mercado ao risco.

O euro sofreu pressão hoje pela expectativa com a reunião de ministros de finanças da União Europeia que acontece amanhã, em que se poderá ter mais clareza sobre um possível plano de socorro à Grécia, e também pelas declarações do ministro de finanças da Áustria, Josef Proell, que disse pela manhã que o bloco não tem um plano de contingência para ajudar a Grécia a resolver seu déficit fiscal.

Internamente, o Banco Central realizou leilão para compra de dólares à tarde e fixou a taxa de corte de R$ 1,764. Na pesquisa Focus divulgada hoje, o mercado manteve todas as previsões para o câmbio em 2010 e em 2011. A mediana das previsões para a cotação da moeda norte-americana ao final deste ano seguiu em R$ 1,81. Quatro semanas atrás, a estimativa era de R$ 1,80. A previsão para a taxa de câmbio no fim de 2011 manteve-se em R$ 1,85 por dólar.

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