São Paulo – Prepare-se. Vem aí mais uma temporada de resultados fracos para algumas representantes do setor de varejo da Bovespa. Pelo menos esta é a projeção da equipe de análise do Santander.
Depois amargarem um segundo trimestre de números desanimadores e queda na Bolsa, as varejistas devem continuar mostrando fragilidade, em função de um ambiente econômico apático no Brasil.
“Continuamos acreditando que as empresas enfrentarão um ambiente de consumo pior à frente”, alerta o relatório assinado por João Mamede, Jessica Bessa e Ronaldo Kasinsky.
3 ações para ficar esperto
De acordo com a análise do Santander, a Hering mais uma vez registrará número negativo de vendas mesmas lojas, que compreendem os estabelecimentos abertos há mais de 12 meses.
No entanto, os analistas acreditam que o mercado já previu parcialmente esses resultados negativos.
Em 2014, as ações da Hering registram queda de 19%. Em 12 meses, a queda chega a 24%.
A Natura também inspira cuidados na Bolsa. As ações da companhia registram leve alta de 1,3% no acumulado do ano, mas perdem para o Ibovespa, que já subiu 10% no período em meio às especulações eleitorais. Nos últimos 12 meses, o recuo dos papéis é de 13%.
“A Natura provavelmente decepcionará de novo, com o crescimento das vendas no Brasil apresentando uma ligeira alta”, avaliam os analistas.
A expectativa é de que a receita doméstica permaneça inexpressiva, registrando crescimento na faixa média de um dígito no terceiro trimestre.
A fabricante de móveis Unicasa fecha o trio de empresas que precisarão de cuidados por parte do investidor na Bovespa.
“Prevemos outro conjunto fraco de resultados para Unicasa, com a receita de módulos com recuo de 2% e margem Ebitda com queda de 165 pontos-base na comparação ano a ano”, avalia o Santander.
As ações ordinárias da Unicasa já despencaram 48% em 2014. Somente neste mês a queda é de 12%.
A Hering e a Natura divulgarão seus resultados referentes ao terceiro trimestre do ano em 22 de outubro. Já a Unicasa revela seus números em 11 de novembro.
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1. Sai da frente, Ibovespa!
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1/10 (Getty Images)
São Paulo – A recente disparada do
Ibovespa surpreendeu até o mais otimista dos investidores. No entanto, o desempenho não foi suficiente para consolidar o principal índice da
Bovespa no terreno positivo em 2014. No acumulado do ano, o Ibovespa registra uma leve desvalorização de 0,63%. Enquanto o índice negocia próximo da estabilidade em 2014, 8 ações pertencentes ao índice Small Cap (
SMLL) que já avançaram bastante no ano.
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2. B2W (BTOW3)
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2/10 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
Desempenho em 2014: +91%
A B2W está entre as empresas que mais ganharam valor de mercado no primeiro trimestre. A ação disparou após o Tiger Global Management, um fundo de investimento em tecnologia, se comprometer a investir na empresa num aumento de capital a 25 reais por ação. Além disso, a companhia de comércio eletrônico das Lojas Americanas tem mostrado recuperação operacional. A B2W registrou prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões no quarto trimestre de 2013, redução de 76% ante resultado negativo de R$ 43,7 milhões do mesmo período de 2012.
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3. RaiaDrogasil (RADL3)
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3/10 (Gustavo Gomes/EXAME.com)
Desempenho em 2014: +31,9%
A rede de farmácias
RaiaDrogasil informou recentemente que concluiu a unificação de sistemas corporativos, prevendo que a integração total das duas redes que originaram a companhia será concluída com a unificação dos sistemas de lojas, estimada para o segundo semestre. As etapas dão sequência à integração da companhia, criada em 2011 a partir da fusão entre Raia e Drogasil.
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4. Brookfield (BISA3)
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4/10 (Germano Lüders/EXAME.com)
Desempenho em 2014: +22,6%
As ações da Brookfield ganharam recentemente um grande empurrão na Bovespa após sua controladora anunciar, em fevereiro, uma oferta pública de aquisição (OPA) para tirar a incorporadora imobiliária da bolsa de valores. O preço máximo anunciado pela controladora aos minoritários foi de 1,60 real por ação - prêmio de até 29%.
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5. Daycoval (DAYC4)
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5/10 (Reprodução)
Desempenho em 2014: +19,8%
Nos últimos 5 anos, o banco Daycoval tem figurado entre as empresas listadas que pagam dividendos acima da média. A mediana do rendimento sobre dividendos foi de +8,2%. Somando este desempenho com o retorno das ações, os papéis do banco entregaram um retorno de aproximadamente 140% no período.
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6. GOL (GOLL4)
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6/10 (Danilo Verpa / FolhaPress)
Desempenho em 2014: +18,3% A GOL reduziu fortemente seu prejuízo no quarto trimestre de 2013 e manteve sua estratégia de diminuir a oferta de voos para enfrentar os altos preços de combustível, mas ressaltou que os valores do querosene estão piores que o esperado no início de 2014. A companhia aérea conseguiu diminuir em 3,5% seus custos com combustível de aviação em 2013, com menor oferta de voos e programas de bônus para pilotos que consigam reduzir o consumo. Porém, enquanto o preço médio foi de 2,39 reais por litro no ano passado, a GOL espera um valor de 2,70 a 2,85 reais por litro para este ano.
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7. Restoque (Le Lis Blanc) (LLIS3)
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7/10 (Fabiano Accorsi/EXAME)
Desempenho em 2014: +17,5%
Em 2013, a Restoque apurou prejuízo de 18,4 milhões de reais, comparado com lucro de 11,6 milhões de reais em 2012. O resultado do período foi afetado negativamente pelo alto nível de depreciação e por despesas não recorrentes, incluindo multas e juros referentes à anistia de ICMS/SP, despesas extraordinárias e efeito não caixa de variação cambial. No entanto, o crescimento da receita líquida foi de 12,2% em 2013 na comparação com 2012.
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8. Smiles (SMLE3)
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8/10 (Divulgação)
Desempenho em 2014: +14,96% A Smiles, rede de fidelidade da GOL, teve lucro líquido de 66,7 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 5,8% ante o trimestre imediatamente anterior, apesar de um crescimento de mais de 100% das despesas. A companhia, que realizou em abril de 2013 sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) movimentando 1,132 bilhão de reais, não divulgou as comparações com os resultados de 2012.
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9. ALL (ALLL3)
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9/10 (Divulgação/EXAME.com)
Desempenho em 2014: +14,94%
A novela que envolve a proposta de fusão entre ALL e Rumo Logística, divisão logística da Cosan, ainda se arrasta. A Cosan anunciou recentemente que concordou em estender o prazo para que os acionistas controladores da ALL se manifestem sobre a proposta vinculante de união com sua controlada Rumo. Enquanto nada de concreto acontece, os papéis da empresa de logística avançam no acumulado do ano.
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10. Veja agora as empresas que mais cresceram no primeiro trimestre de 2014
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10/10 (Getty Images)
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