Dólar: alta nos preços de metais como cobre e minério de ferro favoreciam a queda do dólar sobre moedas de países emergentes (foto/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 22 de novembro de 2016 às 10h54.
Última atualização em 22 de novembro de 2016 às 10h54.
São Paulo - O dólar operava em baixa ante o real nesta terça-feira,acompanhando o cenário externo, onde a moeda norte-americana cedia ante diversas divisas influenciada pelo avanço dos preços de algumas commodities e a despeito da menor interferência do Banco Central brasileiro.
Às 10:25, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,3451 reais na venda, depois de ter caído 2,58 por cento nos quatro pregões anteriores. O dólar futuro cedia cerca de 0,10 por cento.
"Ainda estamos em compasso de espera, observando o que vai acontecer nos Estados Unidos. Mas a trégua favorece a correção do dólar aqui", comentou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
A alta nos preços de metais como cobre e minério de ferro favoreciam a queda do dólar sobre moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Contra uma cesta de moedas, o dólar recuava abaixo da máxima de 13 anos e meio atingida na sexta-feira.
Sobretudo na semana passada, os mercados cambiais sofreram forte aversão ao risco após a surpreendente eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, alimentando temores de que sua política econômica será inflacionária e pressionará o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros.
Diante disso, o BC brasileiro passou a atuar no mercado de maneira mais contundente, com leilões de swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- tanto para rolagem como novos.
Nesta sessão, no entanto, a autoridade monetária repetiu o movimento da véspera e realiza apenas um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro, com a oferta de até 19.815 swaps para rolagem de 1º de dezembro. O volume é ligeiramente inferior ao que vinha sendo ofertado até então, de 20 mil contratos.
Mantida essa oferta e se vendê-la integralmente até o dia 29, penúltimo pregão do mês, seriam oferecidos 118.890 swaps, o equivalente a 5,95 bilhões de dólares.
Internamente, o mercado estava atento ao resultado da reunião do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com governadores nesta tarde, quando devem ser discutidas saídas para a atual crise dos Estados, foco de preocupação do mercado em razão da situação fiscal.