PETROBRAS: ações da empresa dispararam no pregão de hoje e fecharam no maior valor desde 2014 / Bloomberg / Getty Images
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2016 às 18h37.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.
Bolsa em alta
O Ibovespa teve alta de 0,64% nesta quinta-feira, chegando aos 60.644 pontos, o melhor patamar dos últimos dois anos. As ações subiram impulsionadas por boas notícias na Petrobras (veja abaixo), que elevaram as ações e foram mais de 20% dos negócios do pregão. Outros bons desempenhos seguindo a euforia foram das siderúrgicas: a Gerdau teve alta de 2,86% e a CSN de 1,76%, com as ações da Usiminas de exceção, que caíram 2,15% após Tribunal de Justiça de Minas Gerais anular a eleição de Sérgio Leite de Andrade, sob a alegação de que a escolha viola o acordo de acionistas. Foi uma das piores quedas do dia, ao lado do frigorífico JBS, que caiu 2,8% após um dos melhores desempenhos no pregão de quarta-feira. O dólar teve leve alta de 0,1%, cotado a 3,22 reais.
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Luz verde na Petrobras
As ações preferenciais da Petrobras fecharam o dia em alta de 3,36% e as ordinárias em 4,35% com uma série de boas notícias. A primeira delas foi a aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados que desobriga a empresa de explorar exclusivamente os campos de petróleo no pré-sal, o que permitirá que seja colocado em prática o plano administrativo de desinvestimentos da companhia. Após a decisão, a empresa informou em fato relevante que está em negociações com a petroleira Karoon Gas Australia sobre a venda de participação e exploração de campos nas Bacias de Santos e de Campos. Finalmente, os preços dos contratos futuros do barril de petróleo subiram 1,2% ajudando a aumentar os ganhos das ações. As ações preferenciais da estatal não estavam tão valorizadas desde outubro de 2014 e já valem 2,25 vezes mais do que valiam no início do ano.
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Poupança cada vez menor
Pelo nono mês consecutivo, os saques da poupança superaram os depósitos e a retirada líquida foi de 2,3 bilhões de reais em setembro. A última vez em que o brasileiro guardou mais do que retirou da caderneta foi em dezembro do ano passado. O saldo acumulado da poupança nos 9 meses do ano é de saque de 50,5 bilhões de reais. Ainda há 642,9 bilhões de reais em saldo nas cadernetas de poupanças brasileiras. Com a altas taxas de juros e inflação outros investimentos tem sido mais atrativos do que a poupança.
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(Bem) menos veículos
Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea), a produção de automóveis no mês de setembro foi a menor desde 2003. Foram fabricados 170.815 no mês passado, uma redução de 2,2% em relação a setembro de 2015. Nos 9 primeiros meses do anos, a queda já chega a 18,5%. Os números mostram a crise em que o setor está. E pior: com a redução da produção acumulam-se as demissões. Só em setembro foram cortados 1.368 postos de trabalho, 6,7% a menos do que no mesmo mês do ano passado. São 8.979 vagas a menos no acumulado dos últimos 12 meses.
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Milho americano no Brasil
Foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) o uso de três variedades de milho transgênico, produzidos nos Estados Unidos, para serem usados na produção de ração no Brasil. O anúncio da medida deve destravar negócios de importação de grãos e amenizar a escassez do cereal por aqui. Após fortes exportações no final do ano passado e problemas na safra de 2016, o milho está em menor oferta e os preços estavam altos no país. Grandes consumidores, como granjas, estimam que a notícia possa arrefecer os custos para alimentação de animais.
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Salário mínimo de 4.000?
O salário mínimo brasileiro deveria estar em 4.013,08 reais em setembro, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor — 4,6 vezes maior que o atual salário mínimo, de 880 reais — é o que seria necessário para “suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”. O cálculo é feito com base na cesta básica mais cara do país.