Mercados

10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Se a Lava Jato comprovar que as empreiteiras envolvidas no esquema da Petrobras pagaram obras no sítio em Atibaia, Lula pode ser proibido de concorrer em 2018


	Investigações: se a Lava Jato comprovar que as empreiteiras envolvidas no esquema da Petrobras pagaram obras no sítio em Atibaia, Lula pode ser proibido de disputar as eleições
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Investigações: se a Lava Jato comprovar que as empreiteiras envolvidas no esquema da Petrobras pagaram obras no sítio em Atibaia, Lula pode ser proibido de disputar as eleições (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 08h24.

São Paulo - Confira as principais novidades do mercado nesta segunda-feira (7):

Nada é tão ruim que não possa piorar

A crise política brasileira não mostra sinais de recuperação. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto) divulgou um manifesto contra a presidente Dilma em que a acusa de defender “pautas de direita”. O MTST, que apoiou o anti-impeachment em dezembro, anuncia uma série de manifestações, bloqueios e ações contra o governo Dilma.

Enquanto isso, seu padrinho político, o ex-presidente Lula, pode ser impedido de concorrer à presidência em 2018. Ainda de acordo com o jornal, se ficar comprovado pelas investigações da Lava Jato que as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras pagaram obras no sítio em Atibaia frequentado por Lula e sua família, o ex-presidente pode ser alvo de ação civil de improbidade administrativa e, consequentemente, proibido de disputar as eleições.

Ao mesmo tempo, o pecuarista e amigo de Lula, José Carlos Bumlai, estaria negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, segundo o Valor Econômico. Além de esclarecimentos sobre o sítio, o MPF quer saber de Bumlai se Lula sabia do esquema na Petrobras envolvendo o PT, o grupo Schahin e o próprio Bumlai.

Furnas e Brookfield podem assumir transmissão de Belo Monte

A estatal Furnas, do Grupo Eletrobras, e a empresa canadense de investimentos Brookfield avaliam a possibilidade de adquirir ativos do setor elétrico que hoje estão nas mãos da Abengoa. A maior preocupação do governo é encontrar um comprador para concluir as obras do chamado "linhão pré-Belo Monte", um projeto de 1.854 km de extensão. Estimado em R$ 1,3 bilhão, o contrato foi vencido pelos espanhóis da Abengoa no fim de 2012, com o compromisso de ser entregue em operação em fevereiro passado. Sem dinheiro, a empresa paralisou as obras.

Sem parar pode ser vendida a empresa americana por R$ 4 bilhões

A STP, dona da Sem Parar, companhia de serviços de pagamento eletrônico para pedágios e estacionamentos, está negociando com a americana FleetCor para vender 100% do controle da empresa por R$ 4 bilhões. A formalização do negócio pode ser divulgada nos próximos dias.

Desemprego entre jovens ameaça geração

A taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos fechou o ano de 2015 em 16,8%, de acordo com informações publicadas pela Folha de S. Paulo. O desemprego nessa faixa etária foi o que mais cresceu entre os grupos etários. As perspectivas para 2016 não são otimistas: dados do IBGE referentes a janeiro deste ano pontam um aumento de seis pontos comparado ao mesmo período do ano passado.

Brasileiros pagam mais caro por cesta básica que países vizinhos

O Brasil ocupa a 76ª posição entre as cestas básicas mais baratas do mundo: os brasileiros gastam 24,9% do salário para comprar os alimentos como carne, leite, arroz, massas, batatas, alface, tomates e frutas. O percentual é maior do que os argentinos, uruguaios e venezuelanos tem que tirar de seus salários médios. Na Argentina, por exemplo, a cesta básica equivale a 19,2% do orçamento.

China defina meta de alta do PIB entre 6,5% e 7% para 2016

O governo da China definiu a meta de crescimento do PIB entre 6,5% e 7% para 2016, contra 7% de 2015, em meio à queda da economia do país. Entre outros indicadores, a inflação deve ser mantida por volta de 3%, como em anos anteriores; devem ser criados 10 milhões de postos de trabalho urbanos (foram gerados 13,12 milhões em 2015); e haver um aumento de 7,6% no orçamento de defesa, o menor dos últimos seis anos.

Pernambuco rompe contrato com Odebrecht

O governo de Pernambuco pôs fim ao contrato com a Obebrecht na parceria público-privada da Arena Pernambuco, construída para a Copa do Mundo, segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico. A empreiteira seria responsável por atrair investimentos para o empreendimento, mas, como o acordo não se concretizou, o estado de Pernambuco estava arcando com milhões como contraprestação à concessionária. Agora, o governo vai abrir uma concorrência internacional para substituir a Odebrecht na gestão da Arena.

Argentina chega a novo acordo sobre dívida com 10 credores

A Argentina chegou a novos acordos no valor de US$ 6,7 milhões com dez credores em Nova York como parte do litígio judicial pelo pagamento dos bônus da dívida do país que é tratado nos Estados Unidos. Os pactos se baseiam nas mesmas condições de pagamento que o restante dos já estipulados e aceitos pela maioria dos credores: a derrubada, pelo Congresso da Argentina, da Lei do Ferrolho e da Lei de Pagamento Soberano, assim como a suspensão das medidas cautelares que impediam o país de realizar os pagamentos.

MPF investiga Arcos Dorados, franquia do McDonald's

O Ministério Público Federal iniciou uma investigação civil contra a Arcos Dorados, maior franquia da rede de fast food McDonald's no mundo e maior operador dos restaurantes da cadeia na América Latina e Caribe, e outros grupos de franquia sobre supostas violações da lei de franquias, provisões antitruste e evasão fiscal, de acordo com um documento do ministério. O McDonald's remeteu as questões para a Arcos Dorados, que disse que não foi oficialmente notificada da ação.

Moody's revisa nota da Rússia e rebaixa perspectiva da Venezuela

A agência de classificação de risco Moody's colocou o rating da Rússia (atualmente em "Ba1") em revisão para possível rebaixamento. Além disso, a agência revisou a perspectiva da nota da Venezuela (hoje em "Caa3") de estável para negativa. Sobre a Rússia, a Moody's falou que vai avaliar o impacto da queda do petróleo; sobre a Venezuela, a agência citou as incertezas econômicas e políticas no país. As informações são do Valor Econômico.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAmérica LatinaArgentinaÁsiaBelo MonteBrookfieldCapitalização da PetrobrasChinaCombustíveisComércioConstrução civilDilma RousseffDívidas de paísesEletrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas americanasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasEuropaFast foodFranquiasHoldingsIndicadores econômicosIndústria do petróleoLuiz Inácio Lula da SilvaMcDonald'sMoody'sNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava JatoPernambucoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresRestaurantesRússiaServiçosUsinasVenezuela

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria