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10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Rombo nas contas do governo deve ser de R$ 139 bilhões em 2017, menor do que os R$ 170,5 bilhões previstos para este ano

Henrique Meirelles: deficit planejado para 2017 é menor que o deste ano, de R$ 139 bilhões (Reuters/Ueslei Marcelino)

Henrique Meirelles: deficit planejado para 2017 é menor que o deste ano, de R$ 139 bilhões (Reuters/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 07h38.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 11h02.

São Paulo - Confira as principais novidades do mercado desta sexta-feira (08):

Governo anuncia meta de déficit de R$ 139 bilhões para 2017

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, anunciou que a meta de superávit primário para 2017 será de R$ 139 bilhões negativos no governo central, R$ 3 bilhões nas estatais e R$ 1 bilhão nos estados e municípios.

O déficit do governo central é menor do que os R$ 170,5 bilhões negativos previstos para 2016. O número também veio menor do que o que estava sendo estimado pelo mercado e imprensa durante a semana (próximo de R$ 150 bilhões).

Economistas elogiam meta, mas querem mais detalhes

Economistas que acompanharam o anúncio da meta fiscal de 2017 consideraram positiva a diminuição do deficit em relação a este ano, mas argumentaram que falta clareza e detalhes sobre como será possível atingir este resultado.

O principal motivo de preocupação é o de que a meta está condicionada a muitos fatores que podem não acontecer, como a aprovação da "PEC do Teto", que precisa passar pelo Congresso, além de um corte de gastos que não foi detalhado.

Petrobras capta US$ 3 bilhões com emissão internacional

A Petrobras captou 3 bilhões de dólares com títulos emitidos no exterior com vencimento em 2021 e em 2026, cujos recursos líquidos obtidos com a venda serão usados para recomprar títulos antigos, informaram a empresa e o serviço IFR, da Thomson Reuters.

Do total, 1,75 bilhão de dólares foram obtidos com os títulos para 2021, com rendimento de 7,875 por cento. Já os títulos para 2026 somaram 1,25 bilhão de dólares, com rendimento de 8,75 por cento, segundo o IFR.

"Os títulos serão emitidos com garantia total e incondicional da Petrobras", disse a petroleira estatal em nota ao mercado mais cedo nesta quinta, explicando que recursos remanescentes obtidos com a venda também poderão ser usados para fins corporativos gerais.

BTG vai assumir Banif no Brasil, segundo jornal português

O BTG Pactual deve assumir as operações do banco Banif Brasil, segundo o jornal português "Económico". Os conselhos de administração do Banif e da Oitante, empresa que assumiu parte do banco em Portugal, teriam feito um acordo com o BTG.

Segundo a proposta, será formada uma joint venture, pela qual o banco brasileiro assume, no primeiro momento, a gestão do Banif, podendo, mais tarde, vir a comprar os ativos brasileiros do banco português.

Maior acionista da Estácio apoia proposta da Kroton

O fundo americano Oppernheimer, maior acionista da Estácio (com fatia de 17,7%) deve votar a favor da proposta feita pela Kroton na reunião do conselho de administração marcada para hoje, de acordo com o Valor Econômico.

O fundo sul-africano Coronation, que tem 10,3% da Estácio e 4,5% da Kroton, já enviou comunicado às empresas apoiando a associação. O Capital, que tem 8,1% da Estácio e 7,5% da Kroton, também é a favor da fusão.

Suzano conclui emissão de US$500 milhões em "green bonds"

O grupo Suzano Papel e Celulose concluiu uma emissão de 500 milhões de dólares em "green bonds", operação que contou com demanda de quase três vezes o montante captado.

A emissão dos "green bonds", que segundo a Suzano foi a primeira do tipo na América Latina, saiu com cupom de 5,75 por cento, afirmou o diretor financeiro da companhia, Diego Barreto.

O documento da operação obtido pela Reuters apontou que a rentabilidade final para o investidor na emissão foi de 5,875 por cento.

Embraer e Boeing se unem por mais eficiência

A Embraer e a Boeing vão começar a fazer testes em conjunto para melhorar a eficiência de seus aviões a partir do próximo mês, segundo o Valor Econômico.

Um dos focos da pesquisa será o desempenho do uso de bioquerosene de aviação produzido a partir da cana-de-açúcar.

Samsung deve ter lucro recorde com venda do Galaxy S7

A Samsung afirmou na véspera que deve lucrar 8,1 trilhões de wons (US$ 7 bilhões) no segundo trimestre, o que representa uma alta de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, publicada no Valor Econômico, este seria o maior lucro trimestral da companhia desde 2014. Analistas estimam que a Samsung tenha vendido até 17 milhões de unidades do Galaxy S7 no período.

Bancos estão otimistas com fusões e aquisições após Brexit

Os negociadores que enfrentam uma turbulência mundial nos mercados financeiros e cambiais desde que os eleitores do Reino Unido decidiram sair da União Europeia estão encontrando motivos para estarem confiantes.

Até o momento, este ano foi relativamente melancólico porque as atividades de fusões e aquisições internacionais caíram 14 por cento em relação ao mesmo período de 2015, quando o mercado caminhava para o recorde, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

As empresas refrearam as vendas de ações e as aquisições porque a incerteza gerada pelo Brexit pairava sobre as grandes transações.

As autoridades reguladoras também interferiram, aniquilando diversos meganegócios de alto perfil.

Cientistas dizem que renúncia de Cunha pode favorecer Temer

O cientista político, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-Rio, Ricardo Ismael, disse que a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara pode favorecer o governo do presidente interino, Michel Temer, com o destravamento de votações que estavam paralisadas sob o comando fo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).

Segundo Ismael, com a eleição para a presidência da Câmara marcada para o dia 14 e a possibilidade de que alguém da base aliada ao governo seja o escolhido, como o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), as pautas de interesse de Temer poderão avançar e chegar à aprovação do plenário.

“Sai de cena Eduardo Cunha, sai de cena Waldir Maranhão e aí começa a haver uma articulação maior entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados”, analisou.

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