Mercados

10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Petrobras está produzindo mais diesel do que consegue vender e pode baixar os preços; na Usiminas, novo revés judicial beneficia CSN


	Diesel: empresas privadas estão importando combustível, o que pode obrigar a Petrobras a baixar os preços, que hoje estão 46% mais caros que no mercado internacional.
 (André Valentim/Petrobras)

Diesel: empresas privadas estão importando combustível, o que pode obrigar a Petrobras a baixar os preços, que hoje estão 46% mais caros que no mercado internacional. (André Valentim/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 07h13.

Confira as principais novidades do mercado desta terça-feira (17):

PT ampliou atuação partidária na Petrobras, diz Delcídio

O senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) disse que o PT "não inventou a corrupção na Petrobras". 

O ex-parlamentar, que atuou durante décadas no setor energético, afirmou, contudo, que, com o Partido dos Trabalhadores, houve uma "sistematização" da atuação partidária para operar desvios na Petrobras e em outras estatais.

Sobra de diesel preocupa Petrobras e pode levar à redução de preços

A diretoria da Petrobras está preocupada com o aumento das importações de diesel pelas empresas privadas e pode reduzir o preço do combustível, que hoje está 46% mais caro que no mercado internacional.

Segundo a Folha de S.Paulo, a empresa produziu uma média de 824 mil barris por dia, mas só vendeu 798 mil. Ao mesmo tempo, as empresas privadas importaram 98 mil barris por dia, o equivalente a 11% das vendas.

Sarney Filho quer rever o acordo com a Samarco

O novo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, pode rever o contrato fechado entre a União, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e a Samarco.

Segundo o Valor Econômico, durante visita à barragem da empresa em Mariana, o ministro se recusou a assinar um termo de conformidade que permitia que a empresa voltasse a atuar assim que conseguisse as licenças necessárias.

CSN derruba liminar da Nippon Steel

A japonesa Nippon Steel sofreu mais um revés na disputa pelo conselho da Usiminas: a Justiça de Minas Gerais voltou a autorizar que a CSN tenha representação no conselho da siderúrgica mineira.

A Nippon Steel e a Ternium, as duas principais controladoras da Usiminas, se opõem a isso, e a japonesa tinha conseguido reverter uma decisão do Cade que permitia a participação de um conselheiro independente.

Meirelles terá de fazer um corte adicional na despesa

A equipe econômica do governo interino de Michel Temer quer acabar com os abatimentos da meta fiscal, e terá que fazer um corte adicional na despesa, segundo o Valor Econômico.

O deficit do governo está estimado em R$ 120 bilhões, mas a conta ainda não foi fechada.

Cortes, privatizações e reformas: o que esperar de Temer

Se a recessão econômica foi o pontapé inicial para a queda da popularidade de Dilma Rousseff, ela poderá representar a marca do novo governo.

O presidente interino Michel Temer tem pouco tempo para tomar difíceis decisões na tentativa de cumprir o que diz ser suas duas prioridades: pacificar o País e criar empregos.

Se unir o País, dividido atualmente pelos diferentes viés políticas, já será uma tarefa nada fácil, tentar frear a disparada da taxa de desemprego, que já registrou 11 milhões de brasileiros sem trabalho, parece ainda mais difícil.

Agora, diante de tantas mudanças, o que esperar do governo Temer na área econômica?

Economistas dividem opiniões sobre Maria Sílvia no BNDES

O economista Cláudio Consídera, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), considerou “fantástica” a indicação de Maria Silvia Bastos Marques para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciada hoje (16) pela assessoria do Palácio do Planalto. Mas há opiniões divergentes a respeito da competência dela para o cargo.

“É melhor que a encomenda”, comemorou Consídera. Para ele, Maria Sílvia é uma executiva “tarimbada, vai ser ótimo para o BNDES. E tem a vantagem de ser mulher”.

Maria Sílvia presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro, foi diretora do próprio BNDES e secretária de Finanças da prefeitura carioca, entre outros cargos que exerceu em sua vida profissional.

Moody’s não vê Olimpíada ajudando muito a economia

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não ajudarão muito a combalida economia brasileira, mas algumas empresas deverão colher benefícios significativos, escreveu a Moody’s Investors Service em um relatório publicado na segunda-feira.

A agência de classificação de crédito se concentrou no impacto do turismo olímpico, especificamente nos 350.000 espectadores que o governo estima que visitarão o Rio durante a Olimpíada em agosto e os Jogos Paraolímpicos, em setembro. A agência não considerou os possíveis efeitos de contágio do vírus Zika, que aparece como um alerta para analistas econômicos. Alguns atletas expressaram preocupação em relação a viajar para o Brasil e pelo menos um especialista em saúde pública defendeu a mudança de sede da Olimpíada.

Goldman diz que investidores deveriam vender em maio

“Venda em maio e vá embora”, diz o velho ditado dos investimentos. Os analistas do Goldman Sachs concordam -- neste ano, pelo menos.

Embora a equipe liderada pelo estrategista-chefe de ações dos EUA, David Kostin, mantenha a meta para o S&P 500 no fim do ano em 2.100, os analistas avaliam se pode haver uma volatilidade séria ao longo do caminho.

“Uma queda nos próximos meses poderia provocar um declínio de 5 a 10 por cento no índice S&P 500, para um nível entre 1.850 e 1.950”, escreveram na última pesquisa.

Assim como Savita Subramanian, colega do Bank of America que na semana passada alertou que o turbilhão iminente de manchetes negativas poderia fazer o S&P 500 cair a níveis similares, os analistas identificam uma série de tendências negativas com potencial de prejudicar o sentimento do investidor.

Embraer avalia recorrer à OMC contra subsídios canadenses

A Embraer pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra subsídios canadenses concedidos à rival Bombardier, afirmou um executivo sênior da fabricante brasileira de aeronaves nesta segunda-feira.

Paulo Cesar Silva, presidente da divisão de aviação comercial da Embraer, afirmou em entrevista telefônica que o financiamento do governo canadense dá à Bombardier uma vantagem injusta nas campanhas de vendas em que o modelo C Series, da Bombardier, compete contra os E-Jets, da Embraer.

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