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10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Dona da Ambev tem queda no lucro, Petrobras segue com plano de desinvestimento e Eletrobras tenta incluir indenizações no balanço


	Petrobras: estatal vendeu US$ 1,4 bilhão em ativos na América Latina, dando continuidade ao plano de desinvestimentos.
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: estatal vendeu US$ 1,4 bilhão em ativos na América Latina, dando continuidade ao plano de desinvestimentos. (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 07h43.

Confira as principais novidades do mercado desta quarta-feira (04):

Janot decide pedir para STF abrir inquérito contra Dilma

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu que já há elementos suficientes para pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

A investigação tem como base a delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) e o imbróglio causado pela tentativa de Dilma indicar Lula para ministro-chefe da Casa Civil. Para que a presidente seja formalmente alvo de inquérito no STF, o procedimento ainda precisa ser autorizado pelo ministro Teori Zavascki.

Temer vai apoiar aéreas com 100% de capital estrangeiro

O vice-presidente Michel Temer vai apoiar no Congresso, em um eventual governo, que empresas estrangeiras possam ter o controle total sobre companhias aéreas brasileiras, sem que seus países ofereçam o mesmo ao Brasil.

Segundo a Folha de S.Paulo, uma medida já tramita no Legislativo prevendo que a participação seja gradativamente aumentada, mas sob a condição de que haja reciprocidade da medida.

BC de Temer já nasce sob pressão e incertezas

Mesmo antes da aprovação do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, a composição do Banco Central em um eventual governo do vice, Michel Temer, já nasce sob pressão, segundo o Valor Econômico.

Auxiliares e conselheiros do vice têm dito, em entrevistas diferentes, esperar objetivos tão díspares quanto queda dos juros no segundo semestre, atuação firme no mercado de câmvio e medidas de fomento para estimular criação de empregos.

Henrique Meirelles tem tentado centralizar o discurso econômico falando como futuro ministro da Fazenda, mas fica clara a existência de um círculo em volta de Temer que age de forma semelhante aos que existiram nos governos Lula e Dilma.

Alckmin dá "calote" e não paga R$ 332 milhões ao Metrô

O governo de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin, não pagou R$ 332 milhões de uma recomposição tarifária a que o Metrô alega ter direito, segundo o Valor Econômico.

A quantia já constava no balanço de 2014, e até então parecia uma "pedalada" do governador (quando o pagamento de valores devidos é adiado para não piorar as contas do governo em um determinado ano).

Em outubro do ano passado, as duas partes assinaram um termo de acordo em que o Metrô aceitou que o governo não pagasse a quantia, que foi agora contabilizada como prejuízo.

Petrobras vende US$ 1,4 bi em ativos na América Latina

A Petrobras tem conseguido dar prosseguimento ao seu plano de desinvestimentos, que prevê a venda de R$ 14,4 bilhões em ativos neste ano. Dois negócios anunciados ontem somam US$ 1,382 bilhão.

A estatal informou ter vendido sua fatia de 67,2% na subsidiária argentina para a Pampa por US$ 892 milhões. A subsidiária chilena foi vendida a uma empresa de private equity por US$ 490 milhões.

Eletrobras avalia indenização no balanço

A Eletrobras ainda está avaliando os efeitos contábeis da indenização sobre a renovação das concessões, que foi normatizada pelo governo no último dia 22.

Segundo o Valor Econômico, a empresa já tem homologados R$ 9 bilhões referentes à Furnas e R$ 1 bilhão à Eletrosul. A Chesf reivindica R$ 5,6 bilhões e a Eletronorte, R$ 2,9 bilhões.

Ainda há dúvidas, no entanto, sobre a inclusão dos valores no balanço, porque o governo não estabeleceu as condições e a forma de pagamento.

Gerdau rouba mercado de CSN e Usiminas em aços planos

As líderes do mercado de aços planos no Brasil, CSN e Usiminas, estão perdendo participação devido à entrada da Gerdau no negócio, segundo o Valor Econômico.

Em 2013, CSN e Usiminas tinham 72,3% do consumo aparente de aços planos; no ano passado, a proporção caiu para 55,4%. A perspectiva de analistas é de que a Gerdau pode abocanhar ainda mais participação das líderes no futuro.

Lucro da AB InBev cai a US$ 844 mi, pressionado por Brasil

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) anunciou hoje que teve lucro líquido de US$ 844 milhões no primeiro trimestre do ano, significativamente menor que o ganho de US$ 2,3 bilhões obtido em igual período de 2015.

A multinacional de bebidas e cervejas atribuiu o lucro menor a oscilações cambiais desfavoráveis, a custos financeiros extraordinários e à fraca operação no Brasil.

MPF pede R$155 bi de Samarco, Vale, BHP, União e Estados

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública contra a Samarco, suas donas, Vale e BHP Billiton, a União e Estados na qual pede reparação de danos com valor estimado em 155 bilhões de reais devido ao rompimento de barragem em Minas Gerais.

A ação foi impetrada quase seis meses após a barragem da mineradora Samarco ter entrado em colapso na cidade de Mariana, liberando milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério que devastaram comunidades, mataram pelo menos 18 pessoas, deixaram centenas de desabrigados e poluíram o importante Rio Doce.

Lucro da Shell cai 83% no 1º trimestre, a US$ 800 milhões

A Royal Dutch Shell anunciou que teve lucro com base nos custos de suprimentos de US$ 800 milhões no primeiro trimestre do ano, 83% menor que o ganho obtido em igual período de 2015. A medida é semelhante ao lucro/prejuízo líquido divulgado por petrolíferas norte-americanas.

Como outras empresas do setor, a petroleira anglo-holandesa tem sido prejudicada pelos preços baixos do petróleo.

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