Morgan Stanley: assim como o Bank of New York Mellon, o JPMorgan Chase e o Goldman Sachs, o banco teve seu rating referente à nota da dívida cortado pela Moody's (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 07h57.
São Paulo – Veja o que você precisa saber nesta segunda-feira.
1. Perdas de LLX e Eneva crescem no trimestre
Na primeira divulgação de resultados após os rearranjos societários que diluíram a fatia do empresário Eike Batista em seu capital, a LLX Logística e a Eneva (ex-MPX), ampliaram seus prejuízos mostrando que, apesar das alterações, o terceiro trimestre não trouxe alívio para as empresas. A companhia de energia encerrou o terceiro trimestre com resultado negativo de 178 milhões de reais, aprofundando em 105,4% as perdas, em relação ao mesmo período do ano passado. Já a LLX teve prejuízo de 38,5 milhões de reais - aumento de quase oito vezes sobre período de julho a setembro de 2012.
2. MMX quer US$ 550 mi para porto do Sudeste
Ainda sobre as companhias relacionadas a Eike Batista, o Porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ), pode começar a operar no terceiro trimestre de 2014 - mas a viabilidade do projeto depende de uma bem sucedida reestruturação de dívida e de nova injeção de capital. O plano da MMX prevê investimento adicional de 550 milhões de dólares para tornar o porto operacional. A partir do rearranjo do endividamento, os compradores de 65% do porto - o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e a Impala, divisão da trading holandesa Trafigura - fariam um aporte de capital de 400 milhões de dólares.
A MMX ainda anunciou na sexta-feira uma convocação para assembleia geral no dia 3 de dezembro, na sede da companhia. O objetivo é reunir os detentores dos títulos de remuneração variável baseada em royalties de emissão da empresa para a deliberação sobre proposta de que "os royalties devidos de acordo com os títulos MMXM11 serão pagos quando for apurado caixa disponível para royalties em valor suficiente na Porto Sudeste do Brasil S.A".
3. Moody's rebaixa nota de quatro grandes bancos americanos
A agência de classificação financeira Moody's cortou o rating referente à nota da dívida de quatro grandes bancos norte-americanos: Bank of New York Mellon, JPMorgan Chase, Goldman Sachs e Morgan Stanley. A Moody’s explicou que os rebaixamentos são reflexos das novas regras estabelecidas pela Lei Dodd-Frank e consideram mudanças no perfil de crédito de algumas instituições. A lei promoveu um maior controle do governo sobre o mercado de capitais e endureceu a concessão de alguns tipos de crédito.
4. Janet Yellen defende manutenção de estímulos econômicos
Em audiência realizada no Congresso americano na quinta-feira, Janet Yellen, a candidata do presidente Barack Obama à presidência do Federal Reserve, se mostrou mais preocupada com o emprego do que com a inflação. Yellen se disse partidária de sustentar o estímulo à recuperação. Yellen, de 67 anos, vice-presidente do Fed há três anos, deve ser confirmada pela comissão bancária do Senado e depois por todos os senadores para suceder Ben Bernanke, no dia 31 de janeiro de 2014.
5. Zona do Euro cresce 0,1% e põe em xeque recuperação
Dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que adotam o Euro cresceu 0,1% no terceiro trimestre, reduzindo o ritmo se comparado ao segundo, quando o crescimento foi de 0,3%. No conjunto dos 28 países da União Europeia, o resultado foi de 0,2%. A Europa registrou um novo trimestre de virtual estagnação econômica, indicando que a expectativa de recuperação ainda não se confirma.
6. Tombini diz que ritmo de retomada global é incerto
Ontem, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse em discurso no Chile, que emergentes como o Brasil têm como desafio "calibrar suas respostas ao período de transição de saída das políticas monetárias não convencionais" dos países avançados, mantendo, ao mesmo tempo, a estabilidade de preços e financeira, as reformas estruturais e o crescimento. O presidente do BC disse que já é possível ver "uma luz de vela no fim do túnel", referindo-se à retomada da economia mundial, mas ressaltou que o ritmo dessa recuperação é "incerto" e que a normalização das taxas de juros em vários países diante da retomada das principais economias é positiva, mas "cria riscos de transição".
7. CESP tem crescimento de 28,3% no lucro líquido
Na quinta-feira, ao final do pregão, a Companhia Energética de São Paulo (CESP) divulgou seu resultado referente ao terceiro trimestre. A CESP apurou lucro líquido de 191,86 milhões de reais no terceiro trimestre de 2013, o que indica um crescimento de 28,3% em relação aos 149,5 milhões de reais do mesmo período de 2012.
8. Lucro da Marisa Lojas cai 81,5% no 3º trimestre
A Marisa Lojas registrou lucro líquido de 12,3 milhões de reais no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 81,5% em relação ao mesmo período de 2012. No ano, a companhia acumula lucro líquido de 59,8 milhões de reais, o que indica uma retração de 47,7% em relação aos nove meses de 2012.
9. Eletrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$915 mi
A Eletrobras encerrou o terceiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido consolidado de 915 milhões de reais, ante lucro de 1 bilhão de reais no mesmo período do ano passado. O resultado mostra que a empresa foi pressionada pela renovação antecipada das concessões, que reduziu as tarifas de geração e transmissão da estatal. O efeito já era esperado pelo mercado, que acredita que isso diminui potencial para distribuição de dividendos da companhia.
10. Bolsas na China contrariam pregão asiático e saltam
As ações no mercado asiático fecharam o dia sem direção definida, mas com destaque para as bolsas na China. Por lá, novos detalhes sobre a agenda de reformas levaram os investidores às compras. Depois do fechamento de sexta-feira, a China anunciou detalhes de sua agenda de reformas para a próxima década. O documento de 60 itens mostrou a disposição do governo em abrir o setor financeiro, relaxar controles em outros setores fechados para investidores, permitir que os preços dos recursos naturais reflitam a demanda de mercado e transferir mais recursos para moradores rurais.