São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 Mercados: Grécia incentiva altas; euro reage e sobe. As bolsas internacionais sobem após primeiro-ministro grego George Papandreou vencer ontem (29) a votação de um pacote de 78 bilhões de euros em cortes de gastos e privatizações que pode credenciar o país a receber uma nova ajuda internacional. O alívio na Grécia promove a forte alta do euro frente às demais divisas. Commodities também se valorizam. Índices de atividade e emprego saem hoje nos EUA. Na cena interna, o mercado reage ao resultado fiscal e a meta inflacionária de 2013.

2 Títulos em reais superam papéis de emergentes com alta de juros. A rentabilidade dos títulos públicos denominados em reais está superando a da dívida de todos os mercados emergentes com a sinalização do Banco Central de que a instituição está preparada para subir mais os juros, informa reportagem da Bloomberg. Os títulos do governo brasileiro se valorizaram 12,5% em dólares desde o fim de março, comparado a um retorno médio de 3,3% para notas de mercados emergentes denominadas em moeda local, de acordo com o JPMorgan Chase & Co. Os papéis da Rússia avançaram 1,9%e os da China, 2,1%.

3 Últimas notícias sobre a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour:

> Casino eleva fatia no Pão de Açúcar para 43,1%. O Casino anunciou hoje que elevou sua participação total no Pão de Açúcar após comprar mais 16,1 milhões de ações preferenciais (PN), equivalentes a 6,2% do capital. "Com esse aumento significativo de participação, mais uma vez, o grupo reafirma seu compromisso em relação ao Brasil e ao Grupo Pão de Açúcar (GPA ", diz o comunicado divulgado nesta manhã na França.

> Abílio Diniz: “Apoio do BNDES é bom para os consumidores e para o país”. Já de volta ao Brasil, depois de tentar um encontro com a cúpula do Casino em Paris, o empresário Abílio Diniz se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a eventual fusão do Pão de Açúcar com as operações do Carrefour no Brasil. Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite de quarta-feira, ele defendeu a operação e o apoio prometido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

> Carrefour reúne conselho para discutir fusão, diz Les Echos. O conselho de administração do Carrefour deve se reunir no final do dia de hoje ou amanhã para discutir a proposta de fusão de seus ativos no Brasil com a Companhia Brasileira de Distribuição - Grupo Pão de Açúcar, disse o jornal francês Les Echos, sem atribuir a informação a alguém. Uma segunda reunião do conselho será necessária para concluir a análise do plano, informa o jornal, citado pela Bloomberg.

> O que fazer com as ações do Pão de Açúcar. Para analistas e professores consultados por EXAME.com, quem ainda não realizou os lucros no dia do anúncio, faz um bom negócio em vender as ações agora. “O mercado já está antecipando os ganhos com uma fusão que pode não se confirmar”, alerta Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper. Segundo ele, é difícil prever o que vai acontecer daqui para frente e, justamente por isso, o pequeno investidor pode sair perdendo de um dia para o outro.

4 Direção da Brasil Foods pede mais prazo ao Cade. A Brasil Foods (BRF) pediu mais tempo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para tentar apresentar um acordo que impeça a reprovação definitiva da fusão entre a Perdigão e a Sadia. Na semana passada, em clima bastante tenso, o relator da matéria no conselho, Carlos Ragazzo, deu voto contrário à transação por considerá-la danosa ao consumidor. O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. O assunto voltará a ser discutido na quarta-feira.

5 Aliansce e BHG recebem recomendação de compra pelo BTG Pactual. O Brazil Hospitality Group (BHG) e a Aliansce Shopping Centers receberam a recomendação de compra em início de cobertura pelo Banco BTG Pactual de empresas que atuam no setor de imóveis comerciais. A Iguatemi Empresa de Shopping Centers recebeu a recomendação de venda. A Multiplan Empreendimentos Imobiliários, a BR Malls Participações e a BR Properties receberam uma recomendação neutra, segundo relatório obtido pela Bloomberg e assinado por Marcello Milman e Gustavo Cambauva.

6 Risco de competição faz Santander rebaixar BM&FBovespa. Em relatório assinado pelos analistas Henrique Navarro e Boris Molina, o Santander atualizou suas projeções para a BM&FBovespa, reduzindo o preço-alvo de 17,70 reais em dezembro de 2011 para 11,20 reais cada ação ordinária até o final de 2012. A recomendação também foi cortada de compra para manter, principalmente após a equipe de pesquisa do banco considerar os riscos de aumento na concorrência, citando a chegada da BATS ao Brasil.

7 Copersucar e acionistas pretendem levantar até R$ 2,7 bilhões em IPO. A Copersucar, maior exportadora brasileira de açúcar, e seus acionistas pretendem levantar até 2,7 bilhões de reais com uma oferta pública inicial de ações. A companhia planeja até 145,9 milhões de ações, incluindo nesse total as ofertas suplementar e adicional. A faixa de preço da oferta foi fixada entre 14,50 reais e 18,50 reais e o preço por ação será definido em 19 de julho, com a estreia dos papéis no Novo Mercado da Bovespa no dia 21 de julho.

8 Kroton e acionistas levantam R$ 371,5 milhões em oferta de ação. A Kroton Educacional e seus acionistas planejam levantar 371,5 milhões de reais em uma oferta pública de ações, de acordo com prospecto publicado na imprensa.

9 Mundial quer ir ao Novo Mercado da Bovespa. A Mundial anunciou ontem a intenção de ingressar no Novo Mercado, o nível mais alto de exigência de governança corporativa da bolsa brasileira. As ações da empresa estão no topo de valorização da BM&FBovespa neste ano, com alta de 516%. Os papéis avançaram 1,12% na sessão de quarta-feira, para 1,80 real. A empresa atua no segmento de produtos de beleza - como alicates de unha, pinças e tesouras -, cozinha e de bombas para movimentação de água.

10 FGV: confiança da indústria cai pelo sexto mês seguido. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, manteve a trajetória de queda e recuou 2,5% em junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a sexta queda consecutiva do ICC. Em maio, o indicador caiu 1,2% ante abril. De maio para junho, o indicador passou de 109,9 pontos para 107,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Este é o menor nível da confiança da indústria desde outubro de 2009 (107,0 pontos).