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10 datas cruciais para o mercado financeiro na Europa

Ampliação do fundo de estabilidade e a ajuda à Grécia são decisivas para o futuro da região

Mercado financeiro seguirá apreensivo diante da agenda de eventos importantes que devem determinar o futuro da Zona do Euro como bloco econômico e monetário (Getty Images)

Mercado financeiro seguirá apreensivo diante da agenda de eventos importantes que devem determinar o futuro da Zona do Euro como bloco econômico e monetário (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2011 às 17h38.

São Paulo – Após dias de tensão entre os investidores com a possibilidade de um calote na Grécia, as próximas semanas prometem agitar os mercados ainda mais, com datas e eventos relevantes que são considerados cruciais para definir o futuro da Zona do Euro como um bloco econômico e monetário.

Incertezas envolvendo a ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) deixam o clima de cautela elevado durante os próximos dias. Além disso, a Grécia ainda não encontrou garantias de que poderá contar com a ajuda do setor privado para evitar uma eventual moratória.

Enquanto um cenário mais claro não surge no horizonte, para que seja possível prever o futuro da Zona do Euro, seguem abaixo 10 dias cruciais que devem ser acompanhados de perto pelos investidores:

19 de Setembro

Na Alemanha, o Comitê de Orçamento do Parlamento irá debater a ampliação do EFSF e a possibilidade de calote da Grécia. As decisões e comentários devem oferecer algum sinal de que uma ajuda para o país europeu será oferecida e aprovada durante votação prevista para ocorrer em 29 de setembro.

22 a 25 de Setembro

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) realizarão seu encontro anual em Washington, capital dos Estados Unidos. Nesta reunião, os investidores observarão atentos se não passa de especulação a informação de que os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) deverão socorrer as economias da Europa, ou até mesmo se países emergentes poderão convencer outras nações a colaborarem em um esforço global.

27 de Setembro

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, comparecerá ao Parlamento da Alemanha para defender a ampliação do EFSF. Sua aparição é considerada crucial para convencer os políticos da maior economia da Europa a ajudarem a Grécia.

29 de Setembro

Considerado o “Dia D”, ocorrerá nesta data a votação que determinará ou não o aumento do EFSF pelo Parlamento da Alemanha.

4 de Outubro

O Conselho de Assuntos Financeiros e Econômicos da Europa (Ecofin, na sigla em inglÊs) se reunirá para discutir a situação econômica da região, conforme o desenrolar das medidas que forem anunciadas nos dias anteriores.


No último encontro, os representantes contaram com a presença do secretário do Tesouro do Estados Unidos, Timothy Geithner.

6 de Outubro

O Banco Central Europeu (BCE) anuncia sua decisão sobre a taxa básica de juros após reunião em Berlim (Alemanha). A autoridade monetária mantém o juro da região em 1,50% ao ano desde 7 de julho de 2011.

Meados de Outubro

Os líderes da Zona do Euro irão se reunir em Luxemburgo. A agenda do encontro, que contará com a presença dos ministros das Finanças de cada país, será definida com base no progresso feito até a presente data para implementar as medidas de austeridade na Grécia, além de uma possível ampliação do EFSF.

17 e 18 de Outubro

O Comitê Europeu se reúne em Bruxelas, capital da Bélgica. O conteúdo do encontro não foi revelado. No entanto, a expectativa é de que o pacote para ampliar o EFSF já esteja implementado até esta data. Caso o aumento do fundo de resgate não seja aprovado pelo Parlamento da Alemanha, esta reunião deverá determinar qual será o futuro do Euro (moeda única).

26 de Outubro

O BCE irá publicar uma pesquisa sobre empréstimos bancários. O estudo deve sinalizar como está a situação dos bancos na Europa e a capacidade deles em garantirem financiamentos.

1 de Novembro

O francês Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, deixará o comando da autoridade monetária. Ele será substituído pelo italiano Mario Draghi. A saída de Trichet pode representar uma forte mudança no modelo conservador atualmente utilizado pelo BCE para lidar com a política monetária da Europa.

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