Entender as diferenças entre Tesouro Direto e CDI é importante para saber onde investir o patrimônio (We Are/Getty Images)
Publicado em 10 de março de 2025 às 18h28.
O mercado financeiro brasileiro oferece uma série de alternativas de investimento, mas duas das opções mais populares para quem busca segurança e rentabilidade são o Tesouro Direto e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Ambos são considerados de baixo risco, mas têm diferenças no que diz respeito à rentabilidade, liquidez e demais características.
O Tesouro Direto, por exemplo, é uma das formas mais acessíveis de aplicar o seu dinheiro em dívida pública, enquanto o CDI, que funciona como um benchmark (índice de referência) para diversas aplicações bancárias, está atrelado às taxas de juros estabelecidas pelo mercado.
A decisão entre eles depende do perfil do investidor e dos objetivos financeiros. Por isso, antes de escolher é fundamental conhecer as especificidades de cada um para garantir um futuro financeiro mais tranquilo. Veja abaixo como cada aplicação funciona:
O CDI tem a sua rentabilidade atrelada à taxa Selic, que, no momento, está fixada em 13,25% ao ano.
Como a aplicação acompanha essa taxa, um investimento de R$ 10.000,00 em um fundo que segue a rentabilidade do CDI pode render cerca de 13,25% ao ano, o que significa um ganho bruto de R$ 1.325,00 após 12 meses, sem considerar impostos como o Imposto de Renda.
A vantagem do CDI é a liquidez diária, ou seja, o investidor pode resgatar o valor investido a qualquer momento, mantendo o risco baixo.
O Tesouro Direto, por sua vez, oferece diferentes tipos de títulos que podem se adequar a perfis mais conservadores ou mais arrojados. O título mais próximo ao CDI é o Tesouro Selic, que também acompanha a taxa Selic.
Com a Selic atual de 13,25% a.a., o rendimento do Tesouro Selic também é de aproximadamente 13,25% ao ano. No entanto, há uma diferença fundamental em relação ao CDI: os rendimentos do Tesouro Direto são tributados pelo Imposto de Renda, conforme a tabela regressiva (quanto maior o tempo de aplicação, menor o imposto).
Para um investimento de R$ 10.000,00, o valor líquido que o investidor receberia após 1 ano seria de cerca de R$ 1.093,12, considerando a alíquota de 17,5% para um período de até 180 dias de aplicação.
Se o objetivo é potencializar os ganhos e fazer o dinheiro render mais, o investidor pode diversificar suas aplicações, considerando alternativas de renda variável, como ações, fundos imobiliários (FIIs) e ETFs. No entanto, esses investimentos têm maior risco e podem apresentar variações de preço.
Ações: Ao comprar ações de empresas, o investidor participa do crescimento e lucratividade da mesma. O risco é maior, mas o potencial de ganhos também pode ser significativo, dependendo do mercado e do desempenho das empresas.
Fundos Imobiliários (FIIs): Investir em imóveis por meio de fundos imobiliários permite ao investidor receber rendimentos periódicos, oriundos de aluguéis de imóveis, sem precisar se preocupar com a administração do ativo. O rendimento pode variar, mas a rentabilidade anual de alguns FIIs pode superar a rentabilidade do CDI ou do Tesouro Direto.
ETFs (Exchange Traded Funds): São fundos de investimento que buscam replicar o desempenho de um índice de ações, como o Ibovespa. Com os ETFs, o investidor pode diversificar sua carteira de maneira simples, mas com a possibilidade de maiores oscilações no curto prazo.
Essas opções de renda variável oferecem um potencial de ganho superior ao CDI e ao Tesouro Direto, mas exigem maior conhecimento e acompanhamento, por isso são ideais para investidores sêniores.
Entender as diferenças entre o Tesouro Direto e o CDI, bem como as opções de renda variável, é fundamental para quem deseja planejar um futuro financeiro mais seguro e eficiente. Enquanto essas aplicações oferecem maior segurança e rentabilidade previsível, as opções de renda variável têm o potencial de gerar retornos mais altos, mas também podem levar a perdas.
Diversificar sua carteira de investimentos é uma estratégia inteligente para quem busca equilibrar segurança e rentabilidade no longo prazo. Investir de maneira estratégica e bem-informada faz toda a diferença para alcançar seus objetivos financeiros, seja para a aposentadoria, a realização de um sonho ou a criação de um patrimônio robusto.