Na hora de investir, é importante levar em conta o rendimento mensal e os tributos que incidem sobre o montante (Sally Anscombe/Getty Images)
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 11h47.
A taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano , tem impacto direto sobre diversos investimentos no Brasil, incluindo o Tesouro Selic e aplicações bancárias indexadas ao CDI.
Já a poupança segue uma regra própria de remuneração. Mas qual dessas opções faz R$ 100 mil render mais ao longo de 12 meses?
Investimentos atrelados à Selic, como o Tesouro Selic e CDBs que pagam 100% do CDI, acompanham de perto a taxa básica de juros. Considerando a Selic em 13,25% ao ano, um investimento nesses ativos teria um rendimento bruto aproximado de R$ 13.250 em um ano.
Porém, é preciso descontar o Imposto de Renda, que varia conforme o prazo da aplicação. Para resgates entre 6 e 12 meses, a alíquota é de 17,5% sobre os rendimentos . Além disso, o Tesouro Selic tem a taxa de custódia de 0,2% ao ano da B3. Com esses descontos, o valor líquido final ficaria próximo de R$ 110.750 .
A caderneta de poupança segue uma regra específica: quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade fica fixa em 0,5% ao mês + TR (taxa referencial).
Atualmente, a TR gira em torno de 0,15% ao mês, resultando em um rendimento de aproximadamente 7,1% ao ano.
Isso significa que R$ 100 mil aplicados na poupança por um ano renderiam cerca de R$ 7.100, chegando a um saldo total de R$ 107.100 . O valor é menor do que o oferecido pelo Tesouro Selic, mas tem a vantagem da isenção de Imposto de Renda.
A principal diferença está na forma de cálculo da remuneração. Enquanto investimentos ligados à Selic seguem diretamente a taxa de juros da economia, a poupança tem um teto de rendimento, que limita seus ganhos quando a Selic está elevada.
Outro fator relevante é o impacto da tributação. O Tesouro Selic e o CDI possuem incidência de IR, o que reduz parte dos ganhos. A poupança, por sua vez, é isenta, mas seu rendimento líquido ainda é inferior às outras opções.
O Tesouro Selic é considerado o investimento mais seguro do mercado, pois tem garantia do Governo Federal. Já aplicações em CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), cobrindo até R$ 250 mil por instituição.
A poupança também tem cobertura do FGC, mas seu rendimento menor pode representar uma perda de rentabilidade no longo prazo.
Para fazer o montante render mais e não perder dinheiro com a tributação, vale a pena ficar de olho em algumas dicas:
A caderneta pode parecer uma opção segura e prática, mas sua regra de rendimento limita os ganhos quando a Selic está acima de 8,5% ao ano.
Atualmente, com a Selic em 13,25% ao ano, o retorno da poupança fica em torno de 7,1% ao ano, bem abaixo das opções atreladas à Selic, como o Tesouro Selic e CDBs de 100% do CDI.Escolher investimentos que acompanham a taxa de juros permite obter retornos maiores com a mesma segurança.
Muitas aplicações divulgam apenas a taxa bruta de rendimento, sem levar em conta impostos e taxas. No Tesouro Selic, por exemplo, há incidência de Imposto de Renda sobre os ganhos e uma taxa de custódia de 0,2% ao ano da B3. Já um CDB de 100% do CDI paga imposto, mas não tem taxa de custódia.
Ao avaliar investimentos, é essencial calcular a rentabilidade líquida para comparar corretamente as opções.
3- Diversifique sua carteira para equilibrar risco e retorno
Aplicar todo o dinheiro em um único investimento pode não ser a melhor estratégia. Enquanto a Selic alta favorece a renda fixa, períodos de queda na taxa podem reduzir o rendimento desses ativos.
Para proteger o patrimônio e buscar ganhos mais expressivos no longo prazo, é interessante diversificar a carteira, combinando Tesouro Selic para segurança, CDBs para maior rentabilidade e até investimentos em renda variável, como fundos multimercado ou ações, para capturar oportunidades de valorização.
A escolha entre Selic e poupança pode fazer uma grande diferença no crescimento do patrimônio. Com a taxa básica de juros elevada, entender as opções disponíveis evita perdas financeiras e ajuda a tomar decisões mais vantajosas.