Guardar dinheiro todos os meses é um dos hábitos mais eficazes para garantir segurança financeira no futuro. Seja para uma reserva de emergência, um objetivo específico ou até para aposentadoria, investir com disciplina pode fazer uma grande diferença no longo prazo. Mas onde aplicar esse dinheiro? A resposta depende de fatores como rendimento, liquidez, risco e impostos.
Para quem pretende guardar R$ 500 por mês por 5 anos, o montante total poupado será de R$ 30 mil. No entanto, dependendo do tipo de investimento escolhido, o rendimento final pode variar bastante. A seguir, comparamos três opções populares: poupança, Tesouro Selic e CDB.
Quanto rende R$ 500 por 5 anos na poupança?
A poupança é a opção mais conhecida e acessível para os brasileiros. Por ser simples de usar e não ter incidência de Imposto de Renda, acaba sendo escolhida por grande parte da população, mas apesar de parecer tão vantajosa, seu rendimento pode ser inferior a outras opções de renda fixa.
Veja como o lucro é calculado:
- Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR).
- Se a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade é de 70% da Selic + TR.
Atualmente, com a Selic em 11,25% ao ano (fevereiro de 2025), a poupança rende cerca de 0,64% ao mês. Se você investir R$ 500 por mês durante 5 anos, terá aproximadamente R$ 34.500 no final do período.
Quanto rende R$ 500 por 5 anos no Tesouro Selic?
O Tesouro Selic é um título público federal atrelado à taxa Selic, sendo considerado um dos investimentos mais seguros do país. Sua rentabilidade acompanha a variação da Selic, que hoje está em 13,25% ao ano.
No entanto, há cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos, variando de 22,5% a 15%, conforme o tempo de aplicação, além de uma taxa de custódia da B3 para valores acima de R$ 10 mil.
Se você investir R$ 500 por mês no Tesouro Selic, o saldo final será de cerca de R$ 40.050 após 5 anos, já descontados impostos.
Quanto rende R$ 500 por 5 anos no CDB?
O CDB, Certificado de Depósito Bancário, pode ter diferentes formas de rendimento:
- CDB prefixado: taxa fixa definida no momento da aplicação.
- CDB pós-fixado: atrelado ao CDI (geralmente 100% do CDI ou mais).
- CDB IPCA+: rendimento atrelado à inflação + taxa fixa.
Se você investir em um CDB de 100% do CDI, considerando o CDI atual de 13,10% ao ano, o saldo final será de aproximadamente R$ 39.960, já descontado o Imposto de Renda.
No caso de um CDB de 120% do CDI, o valor pode chegar a R$ 42.510 após 5 anos. A principal vantagem dessa aplicação é a maior rentabilidade perante a poupança e segurança garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), já a desvantagem é a tributação e, em alguns casos, liquidez apenas no vencimento.
Qual a melhor opção para investir R$ 500 por cinco anos?
Para escolher o melhor investimento é preciso levar em consideração seu perfil de investidor, necessidades financeiras e disponibilidade de espera.
- Se busca segurança total e liquidez diária, o Tesouro Selic é uma boa escolha.
- Se aceita um prazo maior para resgate, um CDB de 120% do CDI pode render mais.
- Se prefere liquidez imediata e isenção de impostos, a poupança é a alternativa mais simples, mas menos rentável.
Renda fixa ou variável: qual escolher para ter melhor retorno em cinco anos?
Se o objetivo for maximizar o retorno, por sua vez, a renda variável pode ser uma boa alternativa, mas é preciso cuidado porque esta envolve mais riscos de perda de patrimônio. Algumas opções disponíveis:
- Fundos de ações: investimentos em empresas da bolsa de valores.
- ETFs: fundos que replicam índices, como o Ibovespa.
- Fundos imobiliários (FIIs): investem em imóveis e pagam rendimentos mensais.
- Criptomoedas e ativos alternativos: alta volatilidade e risco elevado.
Por que você deve saber disso?
Com planejamento financeiro e escolhas inteligentes, é possível fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Investir R$ 500 por mês pode render entre R$ 34.500 e R$ 42.000, dependendo do tipo de aplicação escolhida. Conhecer as opções disponíveis ajuda a tomar decisões mais conscientes e evitar perdas financeiras no longo prazo.