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Publicado em 16 de outubro de 2023 às 14h01.
No mundo dos investimentos, a busca pela rentabilidade é uma prioridade constante que entra em consideração quando se fala em alocação de ativos.
Este artigo explora os diversos aspectos da rentabilidade financeira, desde sua definição até os métodos de cálculo e a influência das taxas de juros.
Rentabilidade é um conceito fundamental em finanças que mede a eficiência e o desempenho de um investimento ou ativo financeiro. Ela representa a capacidade de um investimento de gerar lucros ou retornos em relação ao capital investido.
Ela é expressa geralmente como uma porcentagem e é um indicador crítico para investidores, pois ajuda a avaliar o potencial de ganhos e riscos de diferentes opções de investimento.
Entender o que é rentabilidade é essencial para tomar decisões financeiras informadas. Investidores buscam equilibrar o risco e a recompensa, escolhendo investimentos que ofereçam o melhor resultado possível, de acordo com seus objetivos e tolerância ao risco.
Há várias medidas dessa métrica, como o retorno sobre o investimento (ROI), a taxa de retorno, o retorno anualizado, entre outras.
Com outras medidas, como análise de risco e diversificação entre vários ativos, ela é importante na escolha dos investimentos.
Para calcular a rentabilidade dos investimentos, pode-se usar diferentes métricas, dependendo do tipo de investimento e do período de análise.
Uma métrica amplamente usada é o Retorno sobre o Investimento (ROI), que pode ser calculado pela fórmula:
ROI= [(Ganho−Custo)/Custo] × 100%
Essa fórmula compara o lucro ou ganho obtido com o investimento em relação ao custo inicial do investimento. O resultado é expresso em termos percentuais. Vale entender que ROI é diferente do ROE, que fala sobre a capacidade da empresa de gerar lucro.
Outra métrica comum é a taxa de retorno, que é calculada pela fórmula:
Taxa de Retorno= [(Ganho−Custo)/Custo] × [1/Período de Investimento]×100
Essa fórmula leva em consideração o período de investimento e também expressa o resultado em termos percentuais.
Além disso, para investimentos que pagam juros ou dividendos regularmente, como títulos ou ações, pode-se usar o retorno anualizado, que leva em consideração o tempo e a frequência dos pagamentos.
Vale notar, no entanto, que diferentes tipos de investimento têm características específicas, e, portanto, o cálculo pode variar. Para isso, é importante contar com uma calculadora de rentabilidade.
Para entender a rentabilidade poupança, deve-se compreender que ela é influenciada pela Selic. Em setembro de 2023, o rendimento da poupança é de 0,6248% ao mês ou 7,76% ao ano.
A fórmula mensal inclui 0,5% mais a Taxa Referencial (TR) de 0,1248%. A taxa Selic foi reduzida para 12,75% após a última decisão do Copom em setembro.
Quando a Selic está acima de 8,5%, a poupança rende 0,5% ao mês mais TR. Se a Selic cai abaixo de 8,5%, a poupança rende 70% da Selic mais TR. Os juros da poupança são diretamente afetados pela Selic, que é anunciada nas reuniões do Copom.
Essas regras orientam o rendimento da poupança, tornando-o uma opção sensível às flutuações da taxa básica de juros no Brasil.
No Tesouro Direto, a rentabilidade varia de acordo com o tipo de título escolhido. O Tesouro Prefixado oferece uma rentabilidade fixa acordada na compra, como 10% ao ano. Se um investidor aplicar R$1000, após um ano, receberá R$1100, resultando em um valor de 10% ao ano.
O Tesouro Selic tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. Com uma taxa Selic média de 9%, um investimento de R$1000 retornará R$1090 após um ano, gerando uma renda de 9%.
Já o Tesouro IPCA+ tem sua rentabilidade vinculada à inflação (IPCA) mais uma taxa fixa, como 5,5% ao ano. Com R$1000, se a inflação for de 4%, o investidor receberá R$1095,00 após um ano, proporcionando uma renda de 9,5% ao ano.
Assim, o valor final dos títulos do Tesouro Direto varia, seja em consideraço do tipo escolhido e as condições econômicas, seja fixa, atrelada à taxa Selic ou à inflação.
Existem diversos tipos de rentabilidade que os investidores consideram ao avaliar seus investimentos. Os principais tipos de rentabilidade incluem:
É a rentabilidade bruta de um investimento antes de considerar a inflação. Ela indica o ganho absoluto, sem levar em conta a perda de poder de compra.
Considera a inflação, mostrando o ganho real após ajustar o retorno pelo aumento no custo de vida. Ela é fundamental para avaliar o verdadeiro poder de compra do investimento.
Leva em consideração os custos associados ao investimento, como taxas de administração, impostos e comissões.
É o retorno efetivo que o investidor recebe após descontar todas as despesas. Essa métrica é fundamental para saber, por exemplo, se um fundo de investimento está rendendo de verdade.
Avalia o retorno ao longo do tempo, levando em conta tanto o rendimento gerado pelo investimento quanto a valorização do ativo. É particularmente relevante para investimentos de longo prazo, como ações e imóveis.
Indica o ganho anualizado que um investimento gera. É útil para comparar investimentos com diferentes prazos.
Expressa o ganho em relação ao custo inicial do investimento. É uma métrica versátil usada em diversos tipos de investimentos.
A diferença entre rentabilidade e lucratividade está relacionada aos conceitos e ao contexto em que são aplicados nos negócios e nos investimentos.
A rentabilidade se refere à eficiência de um investimento ou ativo financeiro em gerar retornos em relação ao capital investido. É geralmente expressa como uma porcentagem e é usada para avaliar a performance de investimentos.
A rentabilidade pode variar com o tempo e é influenciada por fatores como custos, receitas e variações de preços de ativos.
A lucratividade, por outro lado, diz respeito aos ganhos ou lucros de uma empresa, ou negócio após a dedução de todos os custos e despesas.
É uma medida da capacidade de uma empresa gerar lucros a partir de suas atividades operacionais. A lucratividade é frequentemente expressa como uma margem de lucro, como a margem de lucro bruto, margem de lucro operacional ou margem de lucro líquido.
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