A rentabilidade do Tesouro Direto está diretamente vinculada à taxa Selic, e, por isso, ela pode sofrer variações conforme a política monetária do Banco Central (Juj Winn/Getty Images)
Publicado em 17 de abril de 2025 às 16h17.
O mercado financeiro oferece diversas opções de investimento, mas poucas são tão acessíveis e seguras quanto o Tesouro Direto. Quando se fala em investir R$ 3.000 por mês até os 60 anos, as possibilidades de ganho podem ser bastante atraentes, especialmente para quem busca uma forma de construir um futuro financeiro estável. Mas, quanto você pode esperar de rentabilidade ao investir mensalmente nesse título público?
A rentabilidade do Tesouro Direto é atrelada, principalmente, à variação da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, que nos últimos anos se manteve em patamares elevados. A média da Selic nos últimos dez anos variou entre 10% e 13%, impactando diretamente os rendimentos dos investidores. Atualmente, esse índice está em 14,25%, seguindo uma tendência de alta.
Criado em 2002, o Tesouro Direto é uma plataforma que permite que pessoas físicas comprem títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, o governo federal. Esses títulos são uma das formas mais seguras de investimento, pois têm o respaldo do governo brasileiro. A principal vantagem desse tipo de aplicação é a possibilidade de investimentos com valores iniciais baixos, que podem ser ajustados conforme a capacidade financeira do investidor.
Existem três tipos de títulos principais dentro do Tesouro Direto: o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+. O Tesouro Selic é mais conservador, com rentabilidade próxima à Selic e ideal para investidores com perfil mais cauteloso. Já o Tesouro Prefixado oferece uma rentabilidade fixa, conhecida no momento da compra, o que pode ser vantajoso se você acredita que as taxas de juros vão cair no futuro. Por fim, o Tesouro IPCA+ oferece rentabilidade atrelada à inflação, garantindo um ganho real acima da variação do custo de vida.
Investir R$ 3.000 por mês no Tesouro Direto pode resultar em um patrimônio expressivo ao longo dos anos, especialmente se a rentabilidade média se mantiver em torno de 12% ao ano, como observado nos últimos períodos. O impacto desse investimento varia conforme o horizonte de tempo, com ganhos progressivamente maiores à medida que o tempo passa.
Considerando aportes mensais de R$ 3.000, após 10 anos, o capital investido de R$ 360.000 poderia atingir cerca de R$ 690.000, graças ao efeito dos juros compostos.
Em um horizonte de 20 anos, o patrimônio poderia ultrapassar os R$ 2,5 milhões, com aportes totais de R$ 720.000. Já após 30 anos, o valor acumulado poderia superar R$ 10,7 milhões, destacando o potencial do investimento ao longo de um período prolongado.
É importante destacar que a rentabilidade do Tesouro Direto está diretamente vinculada à taxa Selic, e, por isso, ela pode sofrer variações conforme a política monetária do Banco Central. Nos últimos anos, a Selic passou por uma volatilidade significativa, com períodos de alta e baixa, o que reflete diretamente nos retornos dos investimentos. Apesar disso, o Tesouro Direto continua sendo uma opção atrativa para quem busca segurança e bons retornos, principalmente quando o horizonte de investimento é longo.