O termo blue chip vem do pôquer e se refere às fichas de maior valor (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 11 de abril de 2025 às 16h39.
Aplicar dinheiro na bolsa pode parecer um movimento arrojado, mas quando se trata das chamadas blue chips, o jogo muda de figura. Essas ações de empresas consolidadas são conhecidas por sua liquidez, solidez e previsibilidade, tornando-se uma opção atrativa para quem busca crescimento patrimonial sem grandes sustos.
No Brasil, várias das ações mais negociadas e de maior valor de mercado são consideradas blue chips. Seus papéis costumam representar uma fatia relevante do Ibovespa, principal índice da B3, e atraem investidores de perfil moderado a agressivo, interessados em ativos com boa performance histórica e menor risco relativo.
O termo blue chip vem do pôquer e se refere às fichas de maior valor. No mercado financeiro, a expressão é usada para classificar ações de empresas de grande porte, com alta capitalização de mercado e histórico sólido de resultados.
Esses papéis são negociados com frequência elevada na bolsa, o que garante boa liquidez e menor volatilidade em comparação com ações de empresas menores. São ativos preferidos por grandes investidores institucionais e costumam resistir melhor a crises econômicas.
Historicamente, as ações blue chips apresentam um retorno anual médio entre 6% e 10%, embora esse rendimento possa variar bastante conforme o cenário macroeconômico, o desempenho setorial e decisões específicas de cada empresa.
Considerando uma taxa média de valorização de 8% ao ano, é possível estimar que um investimento de R$ 30 mil renderia aproximadamente:
Esse cálculo é apenas uma simulação e não considera dividendos, que podem aumentar o retorno total, nem eventuais taxas cobradas por corretoras.
Além da estabilidade, essas ações tendem a oferecer distribuição regular de dividendos, que são parcelas dos lucros das empresas pagas aos acionistas. Isso faz com que o investidor se beneficie não apenas da valorização das ações, mas também de uma renda passiva periódica.
Outro diferencial é que as blue chips, por integrarem o Ibovespa e outros índices de referência, acabam atraindo recursos de fundos passivos e ETFs, o que sustenta sua liquidez e valor de mercado.
Apesar da reputação de segurança, nenhuma ação está isenta de riscos. Crises setoriais, decisões de gestão ou eventos políticos podem impactar negativamente os papéis — mesmo os mais tradicionais.
É essencial diversificar a carteira e acompanhar o desempenho das empresas investidas. Além disso, o investidor deve ter um horizonte de médio a longo prazo, pois a volatilidade no curto prazo pode mascarar o potencial de valorização dos ativos blue chips.