Com a Selic a 14,25%, CDBs que pagam acima do CDI oferecem retornos atrativos para quem busca segurança e bons rendimentos. (kwanchaichaiudom/Thinkstock)
Publicado em 24 de março de 2025 às 17h11.
Última atualização em 24 de março de 2025 às 17h19.
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido por bancos com o objetivo de captar recursos. Ao aplicar nesse tipo de produto, o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe, em troca, uma remuneração, que pode ser prefixada, atrelada à inflação ou, mais comumente, ao CDI.
Este, chamado de Certificado de Depósito Interbancário, é uma taxa usada como referência para a maioria dos investimentos de renda fixa e acompanha de perto a Selic, a taxa básica de juros da economia.
Com a Selic a 14,25% ao ano, o CDI gira em torno de 13,90%. Nesse cenário, aplicar em CDBs que pagam um percentual acima do CDI — como 115% — pode ser uma maneira eficiente de fazer o dinheiro render mais. Investir o patrimônio é essencial para alcançar objetivos de longo prazo, proteger o poder de compra e garantir estabilidade financeira no futuro.
Com um CDI de 13,90% ao ano, um CDB que paga 115% do CDI oferece uma rentabilidade bruta de cerca de 15,99% ao ano. Ao investir R$ 200.000 por um período de 12 meses nesse tipo de aplicação, o investidor terá um retorno bruto de aproximadamente R$ 31.980.
Após a dedução do Imposto de Renda, que segue uma tabela regressiva e chega a 15% para aplicações com mais de 720 dias, o rendimento líquido ficaria em torno de R$ 27.183.
Esse valor pode variar conforme o prazo do investimento e as condições contratuais do CDB, mas ilustra o potencial atrativo desse tipo de aplicação em um cenário de juros altos.
Uma das principais vantagens do CDB é a segurança, já que ele conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira. Além disso, muitos estão disponíveis em plataformas de investimento com aplicação mínima acessível.
O investidor pode escolher entre opções com liquidez diária ou com vencimentos mais longos e rentabilidade superior. No entanto, é importante avaliar a solidez do banco emissor, especialmente quando se trata de instituições de menor porte, que costumam oferecer taxas mais altas para atrair investidores.
Também é fundamental entender o prazo de carência e as condições de resgate, pois alguns CDBs não permitem acesso ao dinheiro antes do vencimento, o que pode ser um problema em emergências.
Para fazer o patrimônio render ainda mais, é importante ficar atento a algumas dicas. Veja:
Pesquise e compare as taxas oferecidas por diferentes bancos e plataformas de investimento;
Prefira prazos maiores, que costumam pagar melhor — desde que o investidor possa manter o dinheiro aplicado até o vencimento;
Diversifique a carteira com outros ativos de renda fixa, como Tesouro Direto, LCIs e LCAs;
Considere a liquidez, principalmente para reservas de emergência: CDBs com liquidez diária têm rendimento menor, mas permitem acesso ao dinheiro a qualquer momento;
Observe a tabela do Imposto de Renda e mantenha a aplicação por mais tempo para pagar menos imposto;
Verifique o rating da instituição emissora, para entender o nível de risco associado ao investimento;
Em um cenário de juros elevados, como o atual, a renda fixa voltou a oferecer boas oportunidades para quem busca segurança sem abrir mão de rendimento. Entender como funcionam os CDBs e como o CDI influencia seus retornos é essencial para tomar decisões mais informadas e estratégicas.
Além de proteger o dinheiro da inflação, investir de forma consciente pode ajudar a construir um patrimônio sólido, alcançar metas financeiras com mais tranquilidade e garantir mais estabilidade no futuro.