O Tesouro Selic representa uma excelente porta de entrada para quem está começando a investir ou busca segurança com rentabilidade superior à poupança. (Towfiqu Photography/Getty Images)
Publicado em 12 de junho de 2025 às 17h32.
Com a Selic em patamares elevados, muitos brasileiros se perguntam se vale a pena deixar o dinheiro parado na poupança ou migrar para investimentos mais rentáveis. O Tesouro Direto surge como alternativa segura e acessível, mas poucos sabem calcular exatamente quanto renderá o investimento. A boa notícia é que, para quem tem R$ 20.000 disponíveis, o cenário atual pode ser bastante atrativo.
O Tesouro Selic é um título público que acompanha a taxa básica de juros da economia brasileira. Funciona como se você emprestasse dinheiro para o governo federal e, em troca, recebesse juros diários sobre o valor aplicado.
A grande vantagem é a liquidez diária, ou seja, você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem perder rentabilidade. Os juros são creditados automaticamente na sua conta, seguindo exatamente a variação da Selic.
Diferentemente de outros investimentos, o Tesouro Selic não sofre marcação a mercado, ou seja, não há risco de perda por oscilações de preço. É considerado o investimento mais seguro do país, já que tem garantia do Tesouro Nacional.
Para investir, basta ter CPF, conta em um banco ou corretora e começar com apenas R$ 30. O processo é totalmente digital e leva poucos minutos para ser concluído.
Com R$ 20.000 investidos no Tesouro Selic a 14,75% ao ano, os números variam conforme o tempo de aplicação:
Estes cálculos já consideram o desconto do Imposto de Renda e da taxa de custódia da B3, que é de 0,20% ao ano sobre o valor investido. Vale lembrar que o IR varia conforme o prazo: 22,5% até 180 dias e 20% após um ano.
A rentabilidade mensal equivale a aproximadamente 0,86% líquido, bem superior aos cerca de 0,65% a 0,70% da poupança. Em termos anuais, isso representa uma rentabilidade líquida de cerca de 11,6%.
Antes de aplicar no Tesouro Direto, é importante avaliar seu perfil e objetivos financeiros. Por ser um investimento conservador, é ideal para reserva de emergência ou objetivos de curto e médio prazo.
A tributação segue a tabela regressiva do IR: quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será o imposto. Por isso, evite resgates frequentes se não for necessário, especialmente nos primeiros 30 dias, quando há IOF.
Lembre-se de que a rentabilidade está diretamente ligada à Selic, que pode subir ou descer conforme as decisões do Banco Central. Em cenários de queda dos juros, o rendimento também diminui proporcionalmente.
Considere também suas outras aplicações. Se você já tem uma reserva de emergência, pode diversificar com outros investimentos de renda fixa ou variável, dependendo do seu perfil de risco.