Investidores que buscam segurança e liquidez encontram na Selic uma alternativa vantajosa, especialmente em cenários de instabilidade econômica (twomeows/Getty Images)
Publicado em 3 de junho de 2025 às 15h28.
Imagine colocar R$ 100 mil para trabalhar e acompanhar, mês a mês, os juros que o governo paga pela sua confiança. Com a taxa Selic em 14,75%, o dinheiro aplicado rende muito mais do que uma simples poupança, despertando o interesse de quem busca segurança e ganhos consistentes. Mas afinal, como funciona essa taxa e qual o real potencial de retorno para diferentes prazos?
A Selic, abreviação para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para diversos investimentos e empréstimos no país. Quando a Selic está alta, como nos atuais 14,75%, o rendimento de aplicações atreladas a ela também sobe, tornando-se atrativas para quem quer preservar o valor do capital e ganhar algo a mais.
Além disso, essa taxa é usada pelo Banco Central para controlar a inflação, tornando seu movimento crucial para a economia.
Analisando o rendimento bruto (antes de impostos e taxas), um investimento de R$ 100 mil atrelado à Selic a 14,75% renderia aproximadamente:
Esses números são antes do desconto do imposto de renda, que varia conforme o tempo de aplicação, e também antes de eventuais taxas administrativas.
Investidores que buscam segurança e liquidez encontram na Selic uma alternativa vantajosa, especialmente em cenários de instabilidade econômica. Uma estratégia comum é aplicar em títulos públicos, como o Tesouro Selic, que permite resgate a qualquer momento sem perda dos rendimentos acumulados.
Além disso, diversificar investimentos com parte do capital aplicado na Selic pode equilibrar riscos, oferecendo ganhos consistentes e liquidez para aproveitar oportunidades que surgirem no mercado.
Apesar das vantagens, alguns pontos merecem atenção. O imposto de renda sobre os rendimentos segue uma tabela regressiva — quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor é a alíquota. Isso pode influenciar a rentabilidade líquida no curto prazo.
Outro fator é a inflação. Embora a Selic alta busque conter o aumento dos preços, se a inflação disparar, o ganho real (descontada a inflação) pode ser menor do que o esperado.
E, claro, a taxa Selic pode sofrer alterações conforme decisões do Banco Central, o que altera o rendimento futuro.