Para quem busca acumulação consistente ao longo de uma década, R$ 1.000 por mês em um ETF de mercados emergentes pode ser o ponto de partida para uma carteira sólida e globalizada (Epiximages/Getty Images)
Publicado em 26 de maio de 2025 às 15h52.
Investir R$ 1.000 por mês em mercados emergentes pode parecer arriscado — mas, com paciência e constância, o resultado no longo prazo pode surpreender. Ao usar ETFs, fundos de índice negociados em bolsa, o investidor ganha acesso a economias em crescimento como Índia, Brasil e México, com diversificação e potencial de retorno acima da média.
ETFs, ou Exchange Traded Funds, são fundos que replicam a performance de índices de ações, como o MSCI Emerging Markets, que reúne empresas de países em desenvolvimento. O investidor compra cotas na bolsa, como se estivesse adquirindo ações, e automaticamente passa a ter exposição a dezenas de empresas desses mercados.
No caso de mercados emergentes, os ETFs refletem o desempenho de economias mais voláteis, mas com potencial de crescimento mais alto — o que os torna interessantes para uma parcela da carteira de longo prazo.
Em vez de aplicar um valor único, a estratégia de investir R$ 1.000 todos os meses segue o modelo de acumulação progressiva com juros compostos. O investidor compra cotas mensalmente e reinveste os resultados ao longo do tempo.
Esse tipo de estratégia reduz o impacto das oscilações do mercado, pois os aportes capturam preços diferentes ao longo do tempo, diluindo riscos e aproveitando quedas como oportunidades.Com base em uma taxa de retorno anual média de 13% — um patamar conservador para ETFs de mercados emergentes — e considerando aportes mensais de R$ 1.000 durante 10 anos, o investimento pode render cerca de R$ 233 mil ao final do período.
Esse cálculo inclui o efeito dos juros compostos, ou seja, o reinvestimento dos ganhos mensais ao longo da década. Ao todo, o valor investido será de R$ 120 mil — e os outros R$ 113 mil virão exclusivamente da rentabilidade acumulada no período.
Antes de optar por esse tipo de investimento, é importante considerar alguns pontos. ETFs de mercados emergentes apresentam alta volatilidade. O investidor precisa estar preparado para oscilações bruscas e períodos de queda, que fazem parte da dinâmica desses mercados.
Há exposição cambial envolvida, especialmente em ETFs internacionais como o EEM, que são cotados em dólar. A valorização ou desvalorização do real pode impactar diretamente os rendimentos na moeda local. Além disso, manter a disciplina nos aportes mensais é fundamental. Interromper os investimentos em momentos de baixa pode comprometer o efeito acumulativo dos juros compostos e reduzir o potencial de retorno no longo prazo.
A rentabilidade esperada de 13% ao ano é baseada em médias históricas, que servem como referência, mas não garantem que os resultados futuros seguirão o mesmo padrão. É essencial investir com consciência dos riscos e com foco em uma estratégia consistente.
Para quem busca acumulação consistente ao longo de uma década, R$ 1.000 por mês em um ETF de mercados emergentes pode ser o ponto de partida para uma carteira sólida e globalizada.