O Tesouro Selic é um título público emitido pelo Governo Brasileiro, considerado uma das opções mais seguras de investimento. É uma alternativa para quem busca proteção contra a volatilidade do mercado e ainda assim deseja rendimentos superiores à poupança.

Sua principal característica é a rentabilidade atrelada à taxa Selic (taxa básica de juros da economia), o que garante ao investidor ganhos de acordo com as flutuações da mesma.

Outro ponto positivo é sua liquidez, permitindo que o investidor resgate os recursos a qualquer momento, sem grandes perdas no valor investido.

O rendimento ocorre de forma diária e o cálculo é feito sobre o valor aplicado, com o pagamento dos juros acontecendo na data de vencimento do título ou quando o investidor faz o resgate antes dessa data.

Quanto rende R$ 200 por mês na aplicação em 1 ano?

O rendimento do montante será diretamente influenciado pela variação da taxa Selic e pelo comportamento do mercado. Considerando uma taxa Selic de 13,25% ao ano (valor em fevereiro de 2025), o rendimento total de uma aplicação mensal de R$ 200 será cerca de R$ 2.380,00 ao final de um ano.

Isso já descontando os impostos, como o Imposto de Renda, que segue uma tabela regressiva (quanto maior o tempo de investimento, menor a alíquota)

Para o investidor que manter o investimento até o vencimento, os rendimentos estarão acima da rentabilidade da poupança, o que pode ser uma opção atraente para quem busca segurança.

Contudo, é importante destacar que a rentabilidade do Tesouro Selic não é fixa, e sim variável. Caso a taxa Selic suba, o rendimento pode ser maior do que o estimado.

Outros investimentos de renda fixa para fazer o valor render

Quem deseja explorar alternativas ao Tesouro Selic e tornar seus R$ 200 mensais mais rentáveis, pode escolher outras opções de renda fixa no mercado. Uma delas é o CDB (Certificado de Depósito Bancário), que pode oferecer rentabilidades superiores, dependendo do banco e do prazo de carência.

Alguns CDBs de bancos menores chegam a oferecer rentabilidade próxima de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), um indicador muito próximo da taxa Selic.

Outra opção interessante são os fundos de renda fixa, que reúnem diferentes tipos de ativos e, por isso, oferecem um rendimento potencialmente superior. No entanto, é importante atentar-se às taxas de administração, que podem impactar o retorno do investimento.

Uma opção que também tem atraído investidores são os LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), que além de oferecerem rendimentos atrativos, são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Esses papéis podem ser interessantes para quem busca uma rentabilidade mais elevada e não pretende resgatar o dinheiro antes do vencimento.

Cada uma dessas alternativas, no entanto, exige mais atenção ao seu perfil de risco e à possibilidade de resgates, já que algumas delas têm prazos de carência mais longos.

Tesouro Selic ou poupança: qual vale mais a pena?

A poupança, tradicional opção de investimento do brasileiro, é tida como segura, mas sua rentabilidade tem ficado abaixo de outras alternativas.

Desde a mudança nas regras de rentabilidade em 2012, ela passou a render 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), quando a Selic está acima de 8,5% ao ano. Se a taxa ficar abaixo de 8,5%, o rendimento da poupança se torna de 0,5% ao mês mais a TR.

Isso significa que, em um cenário de taxa Selic elevada, como o atual, a poupança tem apresentado um rendimento inferior ao do Tesouro Selic.

Comparando ambos, o Tesouro Selic tem se mostrado mais vantajoso para quem deseja um rendimento superior à poupança, além de ter maior liquidez e a garantia de ser um título emitido pelo governo, o que o torna igualmente seguro.

Além disso, o Tesouro Selic oferece o benefício de poder resgatar o investimento a qualquer momento, enquanto a poupança só rende no mês completo e é mais limitada em termos de rentabilidade.

Por que você deve saber disso?

Entender como funciona o Tesouro Selic e suas alternativas de investimento é fundamental para quem busca organizar as finanças pessoais de forma eficiente.

Investir R$ 200 por mês pode parecer um valor pequeno, mas com o tempo e o poder dos juros compostos, esse valor pode se transformar em uma reserva financeira interessante para o futuro.

Além disso, conhecer as opções disponíveis de renda fixa permite ao investidor escolher alternativas mais alinhadas com suas metas financeiras e perfil de risco. A diversificação de investimentos é uma prática importante para garantir não apenas rentabilidade, mas também segurança em um cenário econômico instável.