Aplicar R$ 150 mil em debêntures incentivadas isentas de IR pode gerar um rendimento líquido de até 14% ao ano, com a vantagem de não pagar impostos sobre os lucros. (PM Images/Getty Images)
Publicado em 16 de abril de 2025 às 18h16.
As debêntures incentivadas isentas de Imposto de Renda (IR) têm se destacado como uma alternativa interessante de investimento, especialmente para investidores que buscam diversificar suas carteiras com produtos de maior rentabilidade e, ao mesmo tempo, isenção fiscal.
Esse tipo de título de dívida emitido por empresas que financiam projetos de infraestrutura oferece uma rentabilidade atrativa, com a vantagem de não precisar pagar IR sobre os rendimentos.Para quem possui um montante significativo para investir, como os R$ 150 mil mencionados, as debêntures podem se tornar uma opção vantajosa.
Com a taxa Selic atual de 14,25% ao ano, é fundamental entender quanto esse valor pode render e quais são os riscos e estratégias para otimizar os ganhos.
Ao investir R$ 150 mil na aplicação, o rendimento vai depender do indexador atrelado a essas debêntures. Geralmente, elas são indexadas ao IPCA (inflação), à Selic ou à Taxa de Juros Prefixada.
Supondo que a rentabilidade das debêntures seja 14% ao ano, considerando a taxa Selic de 14,25% a.a., a aplicação de R$ 150 mil teria um rendimento bruto de R$ 21.000 por ano.No entanto, como as debêntures incentivadas são isentas de IR, esse valor é líquido, ou seja, não haverá dedução do imposto sobre o rendimento. Isso o torna ainda mais atraente em comparação com outras alternativas tributadas, como a caderneta de poupança ou fundos de renda fixa.
Desse modo, se o investidor mantiver o investimento por um ano, o valor final ao término desse período seria de R$ 171.000.
É importante saber que esse tipo de aplicação não é considerada totalmente segura. Assim como qualquer investimento em renda fixa, existe o risco de crédito (inadimplência da empresa emissora) e o risco de mercado, como a variação da taxa de juros e a performance do setor que está sendo financiado.
No caso de debêntures incentivadas, é importante avaliar a solidez da empresa emissora e a garantia de retorno, especialmente se a empresa estiver emitindo-as para financiar projetos de infraestrutura que podem ter riscos associados.
A recomendação é diversificar o portfólio, incluindo uma parte de investimentos mais seguros, como Tesouro Direto, para mitigar esses riscos.
Os principais riscos associados às debêntures incentivadas estão ligados à liquidez, ao risco de crédito e à variação da taxa de juros.
O risco de crédito envolve a possibilidade de a empresa emissora não honrar o pagamento do título, o que pode acontecer em situações de inadimplência ou dificuldades financeiras.
Já o risco de liquidez é importante, pois algumas debêntures podem ter um mercado secundário restrito, dificultando a venda do título antes do vencimento, caso o investidor precise resgatar o dinheiro de forma antecipada.Por fim, o risco de taxa de juros ocorre quando a taxa básica de juros (Selic) sobe, o que pode afetar o valor de mercado das debêntures, especialmente as de prazo longo. Contudo, a isenção de IR e a rentabilidade de até 14% a.a. podem compensar esses riscos, desde que o investidor tenha um perfil adequado para esse tipo de ativo.
Para tomar decisões mais acertadas e fazer o patrimônio crescer, é indicado seguir algumas dicas:
As debêntures incentivadas isentas de IR podem ser uma ótima opção para quem deseja um rendimento interessante com a vantagem de não pagar imposto sobre os ganhos. No entanto, é crucial compreender os riscos envolvidos e adotar estratégias para mitigar possíveis perdas.
Saber como aplicar e quais debêntures escolher pode ser a chave para um bom retorno financeiro, especialmente se você tem uma quantia significativa para investir, como os R$ 150 mil mencionados neste exemplo.