A partilha dos bens é o processo final, onde os bens são efetivamente distribuídos entre os herdeiros (Spanic/Getty Images)
Publicado em 11 de julho de 2024 às 14h44.
A herança legítima é uma parte fundamental do direito sucessório brasileiro, garantindo que os herdeiros necessários recebam uma parcela dos bens deixados pelo falecido. Entender o que é herança legítima e como é feita a divisão desses bens é crucial para garantir que os direitos dos herdeiros sejam respeitados. A seguir, exploramos os principais aspectos da herança legítima e o processo de divisão dos bens, segundo informações do Código Civil Brasileiro.
A herança legítima refere-se à parte da herança que é reservada por lei aos herdeiros necessários, também conhecidos como herdeiros legitimários. Esses herdeiros incluem os descendentes (filhos, netos), ascendentes (pais, avós) e o cônjuge ou companheiro do falecido. A legislação brasileira, conforme o Código Civil, estipula que metade dos bens deixados pelo falecido deve ser destinada aos herdeiros legítimos, independentemente da vontade expressa em testamento.
Os herdeiros necessários, também chamados de herdeiros legitimários, são aqueles que têm direito à legítima, ou seja, a parte da herança que não pode ser negada pelo testador. Eles são:
A divisão da herança legítima segue uma ordem de vocação hereditária, conforme estabelecido pelo Código Civil brasileiro. A seguir, detalhamos os principais passos do processo:
O primeiro passo no processo de divisão da herança é o inventário, onde todos os bens do falecido são listados e avaliados. Esse inventário pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial, dependendo da existência de testamento e da concordância entre os herdeiros.
Dica prática:
Após o inventário, é essencial identificar todos os herdeiros necessários. Isso inclui reunir documentos que comprovem o vínculo familiar com o falecido, como certidões de nascimento, casamento e outros registros civis.
Dica prática:
A legítima corresponde a metade do patrimônio total deixado pelo falecido. Essa parte é dividida entre os herdeiros necessários conforme a ordem de vocação hereditária. A outra metade do patrimônio, chamada de parte disponível, pode ser distribuída livremente pelo falecido em testamento.
Exemplo de divisão:
A partilha dos bens é o processo final, onde os bens são efetivamente distribuídos entre os herdeiros. A partilha pode ser amigável, se houver consenso entre os herdeiros, ou litigiosa, se houver disputas que necessitem de intervenção judicial.
Dica prática:
A herança legítima é uma proteção legal que garante aos herdeiros necessários uma parte dos bens deixados pelo falecido. O processo de divisão da herança envolve várias etapas, desde o inventário dos bens até a partilha final, e pode ser facilitado com o auxílio de profissionais especializados. Entender os direitos dos herdeiros e os procedimentos legais pode assegurar que a sucessão ocorra de maneira justa e conforme a legislação vigente.