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O que é e como funciona o conceito de “stop loss” e “stop gain”

Ferramentas essenciais para quem investe, stop loss e stop gain ajudam a proteger o capital e os lucros, automatizando decisões importantes no mercado financeiro

O conceito de stop loss e stop gain oferecem aos investidores a possibilidade de controlar suas perdas e proteger seus lucros automaticamente (Getty Images/Getty Images)

O conceito de stop loss e stop gain oferecem aos investidores a possibilidade de controlar suas perdas e proteger seus lucros automaticamente (Getty Images/Getty Images)

Publicado em 22 de abril de 2025 às 17h26.

No mercado financeiro, onde os preços oscilam constantemente e as emoções podem afetar o julgamento, algumas ferramentas são essenciais para garantir uma gestão eficiente de riscos. Os conceitos de stop loss e stop gain são duas dessas ferramentas, oferecendo aos investidores a possibilidade de controlar suas perdas e proteger seus lucros automaticamente. Essas ordens pré-estabelecidas garantem que o investidor possa agir de forma disciplinada, mesmo quando não está acompanhando o mercado em tempo real.

O que é Stop Loss?

O stop loss é uma ordem de venda automática que é executada assim que o preço de um ativo atinge um valor predeterminado de perda. Essa ferramenta tem como principal objetivo limitar os prejuízos de uma operação. Por exemplo, se um investidor compra uma ação por R$ 100 e define um stop loss em R$ 95, a ação será vendida automaticamente se o preço cair para esse patamar, limitando a perda a R$ 5 por ação. Esse mecanismo ajuda a proteger o capital do investidor em momentos de volatilidade, evitando que o prejuízo se estenda ainda mais caso o preço continue a cair.

O que é Stop Gain?

O stop gain, por sua vez, é uma ferramenta que visa garantir o lucro já obtido em uma operação. Ao definir um preço-alvo para venda, o investidor assegura que os lucros sejam realizados antes que o mercado faça uma reversão. Por exemplo, se a compra de uma ação foi feita a R$ 50 e o investidor define um stop gain em R$ 55, a venda será realizada automaticamente quando o preço atingir esse valor, garantindo um lucro de R$ 5 por ação. Essa estratégia é particularmente útil em mercados voláteis, onde os preços podem oscilar rapidamente e reduzir os lucros já conquistados.

Como funcionam na prática?

Tanto o stop loss quanto o stop gain são ordens programadas pelo investidor, que determina os preços de disparo para as vendas automáticas. Essas ferramentas permitem que o investidor proteja seus investimentos sem a necessidade de monitoramento constante, reduzindo o impacto das emoções e garantindo maior controle nas operações financeiras. O stop loss funciona como uma "parada para a perda", limitando os prejuízos, enquanto o stop gain age como uma "parada para o lucro", protegendo os ganhos e evitando que uma reversão do mercado reduza os lucros conquistados.

Esses mecanismos são essenciais para qualquer investidor, pois permitem que a gestão de riscos seja feita de forma mais disciplinada e automatizada. Com o uso de stop loss e stop gain, é possível minimizar perdas e maximizar lucros, dando mais segurança e previsibilidade às operações financeiras.

Definição dos valores dos stops

Uma das abordagens mais comuns é a variação percentual, onde o investidor determina um percentual específico de perda ou ganho em relação ao preço de entrada. Por exemplo, se um investidor compra uma ação por R$ 100 e decide não perder mais de 5%, ele pode programar o stop loss para R$ 95, o que equivale a uma perda de 5%.

Outra abordagem importante é a análise do risco-retorno, onde a relação entre o risco assumido e o retorno potencial ajuda a definir os níveis de stop. Nesse caso, o investidor pode usar ferramentas de análise técnica para estabelecer um objetivo de preço, definindo o stop gain em um nível que reflita a relação entre o que está disposto a ganhar e perder, com base no movimento esperado do ativo.

Além disso, alguns investidores preferem utilizar a variação máxima histórica, onde o stop é ajustado conforme o histórico de variações de preço do ativo. Essa abordagem leva em conta o comportamento passado do ativo para evitar que o investidor experimente perdas superiores à queda histórica do ativo, oferecendo uma camada adicional de segurança.

Já os indicadores técnicos, como médias móveis e o Índice de Força Relativa (RSI), podem ser usados para definir stops de acordo com tendências, volatilidade e volume do ativo, ajudando a personalizar as ordens de forma mais dinâmica. Essas estratégias garantem que o investidor tenha um controle mais preciso sobre seus riscos e lucros, alinhando-os ao seu perfil e objetivos financeiros.

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