(LDProd/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de abril de 2023 às 11h15.
Em um mundo cada vez mais digitalizado é importante estar atento às mudanças e possibilidades que as novas tecnologias oferecem. Assim, existem muitos avanços e novidades que foram realizados no mundo das finanças, sendo uma delas justamente a possibilidade de ter uma carteira virtual ou digital wallet.
A carteira virtual é na realidade a possibilidade de utilizar softwares ou aplicativos de celular como armazenamento de moedas digitais, as criptomoedas. Sendo assim, é um elemento chave, quando se trata desse tipo de ativo.
Se você quer entender o que é carteira virtual, como funciona e as principais características e tipos, acompanhe a leitura abaixo.
Com certeza você já ouviu falar de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e até mesmo talvez de criptoativos memes como a DogeCoin. Contudo, surge naturalmente um questionamento, muitas vezes pouco apresentado, que é, onde ficam armazenadas essas criptomoedas? Afinal elas precisam de um local de custódia e posteriormente acesso.
Carteira virtual, ou ainda carteira digital, é um local seguro para custódia, mas também como o local onde se executa transações, compras, vendas e até mesmo transferência para outras carteiras de ativos digitais.
Dessa forma, essas digitais wallets, possibilitam a realização de transações sem o uso de papel, podendo ser utilizadas em diferentes dispositivos como computadores e celulares.
De forma bem direta, uma carteira virtual funciona como um software de computador ou um aplicativo de celular. O processo em si é bastante seguro, pois a segurança dessas carteiras é baseada em chaves de acesso criptografadas, o que impede que outros usuários além do dono que possua as chaves possam ter acesso.
Justamente isso é o que traz a segurança por trás desse tipo de carteira. Um exemplo de uso da carteira virtual poderia ser as próprias digitais wallets das fabricantes de aparelhos de celulares que permitem, por exemplo, a inclusão de cartões de crédito.
Nesse caso, basta destravar as carteiras digitais com alguma chave de acesso ou biometria, para realizar pagamentos por aproximação.
Isso facilita o uso do dinheiro no dia a dia e acaba tornando eventuais furtos e roubos mais difíceis de ocorrer, uma vez que é necessário chaves de acesso para conseguir utilizar uma carteira virtual. Em outras palavras, as digitais wallets proporcionam maior praticidade no dia a dia, além de segurança.
Existem muitos tipos de carteiras virtuais a depender do dispositivo a qual a mesma foi destinada. Alguns dos principais exemplos são: Hot Wallet, Cold Wallets, Desktop, Mobile, Web, Hardware Wallet e Paper Wallet.
As Hot Wallets são as carteiras que possuem conexão com a internet. Dessa forma, elas têm maior praticidade se comparadas com as Cold Wallets.
Contudo, as Hot Wallets costumam ser mais vulneráveis aos diversos tipos de ataques virtuais. É possível acessar uma Hot Wallet através de aparelhos desktops, mobile e Web.
Existem também as Cold Wallets, ou conhecidas simplesmente como carteiras frias. São aquelas carteiras offline armazenadas em dispositivos físicos.
Dessa forma, as Cold Wallets ficam fora da web e, com isso, há dois tipos principais de classificações para essas carteiras.
Carteiras com essa finalidade, são programas que podem ser baixados e instalados no próprio HD do computador, sendo um dos principais tipos de carteira virtual.
Nesse caso específico, embora ainda estejamos falando de acesso online, às informações dessa carteira ficam armazenadas no próprio computador e não na internet, diferente do que ocorre nos outros tipos.
Assim, elas acabam sendo mais seguras do que as carteiras mobile e web. Contudo, é necessário que o usuário seja cuidadoso com relação à segurança do dispositivo, protegendo o computador com algum antivírus e deixando, assim, o equipamento longe de potenciais softwares maliciosos.
Carteiras desse tipo podem ser baixadas na Apple Store ou na Google Play. Assim, para quem deseja realizar compras com criptomoedas em locais que aceitem esse tipo de transação, isso é um grande facilitador.
No entanto, embora sejam bastante práticas, essas wallets são mais vulneráveis a aplicativos maliciosos, dado que seu acesso é totalmente online.
Além disso, existe a possibilidade de se perder o aparelho celular. Com isso, manter uma quantidade relevante de criptomoedas armazenadas nesse tipo de wallet pode não ser uma boa ideia.
As Hot Wallets é um tipo de carteira virtual destinada para Web e são acessadas pelo próprio navegador. Nesse sentido, basta o usuário acessar o endereço da Wallet pelo navegador e inserir seus dados de cadastro para ter acesso e assim transacionar suas criptomoedas.
Da mesma forma com que citamos a praticidade das carteiras mobile, esse tipo de carteira é bastante prático. Contudo, como estão sempre conectadas a internet, também são suscetíveis a ataques hackers. Para quem se interessou, dois exemplos para conhecer melhor esse tipo de carteira são: MetaMask e Blockchain.com.
São dispositivos que armazenam suas criptomoedas, sendo estes muito pequenos, parecendo até mesmo com pen drives. São seguras, porém, pouco práticas para aqueles que buscam utilizar criptomoedas e fazer transações no dia a dia.
No entanto, para quem deseja conhecer mais sobre os principais tipos de carteiras com essa finalidade, as principais fabricantes do mercado são: Ledger e Trezor. Costumam ser mais utilizadas para armazenar criptoativos durante um período de tempo maior.
Também existem as carteiras de “papel”, que são basicamente um papel impresso com as chaves de acesso. Existem aplicativos que podem gerar esse tipo de carteira, como o BitAdress.
Esse tipo de utilização oferece os mais diversos tipos de riscos, tanto físico quanto virtual, embora possa parecer prático. Gerenciar esses riscos e evitá-los é um papel do detentor da carteira virtual.
Embora muitas pessoas pensem que as carteiras virtuais são reservadas para investidores de criptomoedas, elas existem em nosso dia a dia. À medida que a tecnologia continua a evoluir, dispositivos como smartphones, smartwatches, laptops e tablets tornaram-se ferramentas úteis para uma variedade de tarefas diárias, incluindo pagamentos.
Desse modo, uma carteira virtual pode residir em um dispositivo móvel ou smartwatch, armazenando todas as informações (criptografadas) do usuário relacionadas ao pagamento, permitindo que o mesmo pague eletronicamente.
Assim, de forma simples e direta, o processo de inscrição na carteira virtual conecta a conta bancária do usuário e ao seu provedor de carteira (geralmente Apple, Google ou Samsung) para ser localizado em um aplicativo.
Em suma, como qualquer tecnologia disponível para uso, a carteira virtual vem com prós e contras. Como resultado, cada pessoa terá que decidir se os recursos de segurança adicionados e a conveniência superam qualquer preocupação de confiança ou privacidade que possa ter. Foi possível entender o que é carteira virtual e como ela funciona? Acompanhe outros conteúdos do nosso Guia de Investimentos!