Blockchain concept of a transparent cube with encryption data code and digital chain. (Getty/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 19 de agosto de 2022 às 18h00.
Última atualização em 28 de maio de 2024 às 19h24.
Com o crescimento do mercado de criptomoedas, diversos termos novos passaram a surgir. Com a ascensão do bitcoin (BTC), por exemplo, muitas pessoas passaram a tentar entender quais eram suas principais características e o que ele tinha de tão especial. Um dos diferenciais da principal criptomoeda do mundo é a sua tecnologia, representada principalmente pela blockchain.
A blockchain se tornou uma das tecnologias mais revolucionárias do mundo. Embora sua origem seja confundida com a data de surgimento do bitcoin, a blockchain surgiu até mesmo antes do BTC existir.
A blockchain faz com que os dados e informações registradas nela sejam imutáveis, garantindo a segurança e combatendo falsificações. Sendo assim, entender o que é blockchain possibilita também entender como o bitcoin e outras criptomoedas funcionam.
Blockchain é um conjunto de blocos em cadeia, contendo dados e informações, funcionando como uma espécie de livro-razão compartilhado. Através dessa tecnologia, diversos ativos podem ser criados, já que nela é possível registrar as transações feitas, trazendo mais segurança e transferência para essas operações.
Os blocos de dados presentes na blockchain estão associados entre si, de modo que nenhum dado ou informação pode ser apagado e até mesmo editado. Embora o bitcoin tenha feito essa tecnologia se tornar mais conhecida, ela já tinha sido criada há cerca de 20 anos antes do surgimento da criptomoeda.
A blockchain surgiu como um banco de dados público imutável, mas apenas em 1992 ela passou a ter criptografia inserida em seu funcionamento. Apesar de ter sido criada tanto tempo antes do bitcoin, foi apenas em 2008 que de fato ela teve seu primeiro uso prático.
A blockchain é conhecida por ser um banco de dados público imutável e irreversível. Até existe a possibilidade de modificar algo dentro dela, porém, exigiria o uso de um poder computacional enorme em um curto período de tempo, o que demandaria uma grande fortuna de dinheiro, tornando inviável sua modificação.
Com o tempo, cada vez mais novos blocos foram surgindo, e assim, mais difícil ainda vai se tornar essa possível modificação. Por ser a mais longa cadeia de blocos criada até hoje, a blockchain do bitcoin acabou se tornando a mais segura, já que é quase impossível a possibilidade dela ser invadida.
Os dados e informações presentes na rede Bitcoin são adicionadas através de poder computacional vindo da mineração, com o uso do que se conhece como o processo de “prova de trabalho'', ou ainda, proof-of-work, em inglês.
Os mineradores, por trazerem poder computacional e aumentar a segurança da rede, recebem recompensas em BTC por resolverem problemas matemáticos complexos que, assim que encontradas as soluções, possibilitam a aprovação de transações por parte da rede e a posterior emissão de novas criptomoedas.
As transações realizadas na rede blockchain, assim como os blocos minerados, são informações públicas que podem ser acessadas no site da blockchain.com, que fornecem data e hora dessas transações e o valor correspondente em BTCs. Com isso, a rede oferece confiabilidade e transparência para que tudo possa ser verificado.