A businesswoman explaining series of graphs and data sets displayed on some large, wall mounted monitors in the office. (Getty/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 17h00.
Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 17h30.
O benchmark é uma ferramenta muito útil para empresas que desejam melhorar seus processos.
Ele consiste em comparar a performance de uma empresa com a de outras organizações, identificando o que está funcionando bem e o que precisa ser melhorado.
Embora seja um instrumento muito útil, ele também pode ser um pouco difícil de usar.
Neste artigo, vamos mostrar como fazer um benchmarking eficaz, para que você possa tirar o máximo proveito desta ferramenta.
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O Benchmark é uma ferramenta usada para comparar o desempenho de um processo, produto ou serviço em relação a outros processos, produtos ou serviços semelhantes.
A ideia é identificar as melhores práticas e implementá-las para melhorar o desempenho.
Existem várias maneiras de realizar um benchmark, mas todas elas envolvem a comparação de dados.
Alguns exemplos podem ser:
Para realizar um benchmarking, é importante estabelecer parâmetros claros e mensuráveis. Nesse sentido, os dados coletados devem ser analisados cuidadosamente para que possam ser tiradas conclusões precisas.
Vale destacar que o benchmarking pode ser usado em qualquer área da empresa, desde a produção até o atendimento ao cliente.
Além disso, ele também é uma ferramenta valiosa a ser usada na comparação de investimentos negociados no mercado financeiro. Isso porque ele permite que você veja como um investimento se compara a outros do mesmo tipo, o que pode ajudá-lo a tomar decisões de investimento mais fundamentadas.
O benchmark é um instrumento vital nos negócios e investimentos, operando como um ponto de referência para avaliar o desempenho de ativos, estratégias ou empresas em comparação com padrões predefinidos. Em termos práticos, ele funciona como um guia para medir e comparar resultados.
No contexto empresarial, os benchmarks podem abranger diversas métricas, desde indicadores financeiros até parâmetros operacionais, impulsionando organizações a melhorar processos com base em comparações e metas internas.
No cenário de investimentos, benchmarks são cruciais para avaliar o rendimento de uma carteira em relação a índices de referência, como o S&P 500 e o Ibovespa (benchmarks importantes para as bolsas de vales nos EUA e Brasil, respectivamente).
Eles proporcionam uma estrutura que permite a investidores e gestores de ativos analisar o desempenho relativo, embasando decisões informadas sobre estratégias e alocação de recursos e ajudando pessoas que querem começar a investir.
A eficácia de um benchmark reside na sua capacidade de refletir de maneira precisa e mensurável o objeto em análise, fornecendo uma base sólida para análises comparativas.
O benchmarking é uma ferramenta essencial para a gestão de qualquer negócio, pois permite às empresas comparar e medir o seu desempenho em relação a seus concorrentes.
É uma forma de assegurar que a sua empresa opera no seu melhor nível para maximizar os lucros.
Existem muitas razões pelas quais uma companhia deve utilizar o benchmarking, mas aqui estão as principais:
O benchmarking permite às empresas compararem o seu desempenho com o dos seus principais concorrentes. Isso é muito importante para garantir que a sua empresa esteja em um contínuo processo de evolução.
Uma vez que o benchmarking faça essa comparação de desempenho, ele também identifica as áreas onde sua empresa pode melhorar.
O benchmarking também permite medir o progresso da sua empresa através do tempo. Isso é importante para garantir que a sua empresa se mantenha no caminho certo rumo à excelência. Além de identificar quaisquer problemas que possam surgir no futuro.
No mercado financeiro, o benchmark é uma ferramenta que permite comparar o desempenho de um investimento com outros do mesmo tipo.
Na prática, se um determinado investimento estiver rendendo mais do que seus pares, isso pode indicar que ele está sendo bem gerido e é uma boa opção para o seu portfólio. Da mesma forma, se um investimento estiver rendendo menos, isso pode sinalizar um mau gerenciamento. Neste caso, pode ser um bom momento para considerar a venda desse ativo.
Vale frisar que a comparação no benchmark pode ser feita em termos absolutos (comparando o retorno total do investimento) ou relativos (comparando o retorno do investimento com a variação do mercado).
Sendo assim, benchmarking é importante para os investidores porque permite avaliar se um determinado investimento está superando, atingindo ou ficando abaixo da média do mercado.
Isso pode ajudar os investidores a tomar decisões sobre se devem continuar a investir em um determinado produto ou não.
O benchmarking é uma ferramenta que pode ser utilizada para comparar a performance de qualquer tipo de ativo negociado no mercado financeiro.
Na renda fixa, por exemplo, os benchmark mais utilizados são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços considerados essenciais para o consumidor brasileiro. Já o CDI é um índice calculado pelo Banco Central do Brasil (BC) que mede a taxa média ponderada dos juros cobrados pelas instituições financeiras nas operações entre elas.
Outro benchmark muito utilizado para renda fixa é a taxa Selic, que representa a taxa básica de juro da economia brasileira. Os investidores em fundos de renda fixa costumam comparar a rentabilidade do seu fundo com a taxa Selic, já que esta é considerada o principal benchmark para esse tipo de investimento.
Na renda variável os investidores usam com frequência o Índice Bovespa como parâmetro para analisar o desempenho das ações da sua carteira. Já o benchmark mais utilizado para fundos imobiliários é o Índice de undos imobiliários (Ifix), que mede a variação dos preços das cotas dos fundos mais negociados na Bolsa.
Vale lembrar que além dos benchmarks mencionados acima, também é possível utilizar outros indicadores para fazer comparações.
O benchmark é uma ferramenta extremamente útil para as empresas, pois permite que elas analisem seus processos internos e os comparem com os processos de outras empresas.
Dessa forma, ele ajuda as organizações a identificarem seus pontos fortes e fracos. Isso é extremamente importante, pois permite que as empresas trabalhem para melhorar seus pontos fracos e manter seus pontos fortes.
Além disso, o benchmark é importante no ambiente do mercado financeiro pois permite que o investidor avalie se a performance da sua carteira está acima ou abaixo da média do mercado.
No entanto, o benchmark também tem algumas desvantagens.
Uma das principais é que ele pode ser extremamente custoso. Isso acontece porque as empresas precisam investir muito tempo e dinheiro para realizar uma análise detalhada dos processos de outras empresas.
Realizar um benchmark envolve um processo estruturado de avaliação e comparação de práticas, métricas e desempenho em relação a padrões estabelecidos.
Primeiramente, é crucial identificar os elementos específicos a serem avaliados, como métricas financeiras, operacionais ou de mercado. Em seguida, selecionam-se os concorrentes ou referências apropriadas para comparação. Esse é um processo que mesmo micro e pequenas empresas podem fazer.
A coleta de dados é uma etapa fundamental, exigindo a obtenção de informações relevantes sobre as práticas e o desempenho das empresas escolhidas.
Além disso, a análise de dados, considerando nuances setoriais e contextuais, é essencial para extrair insights significativos. Durante o processo, é vital manter a objetividade, concentrando-se em áreas críticas para o sucesso do negócio.
A interpretação dos resultados deve levar em conta não apenas as diferenças quantitativas, mas também as práticas e estratégias subjacentes que contribuem para o desempenho observado.
Com base nessa análise, as organizações podem identificar oportunidades de melhoria, adaptar estratégias e alinhar metas internas de maneira mais eficaz.
O significado de benchmark mostra que ele deve ser contínuo, adaptado às mudanças no ambiente de negócios, permite às empresas permanecerem ágeis e competitivas, utilizando as melhores práticas identificadas para impulsionar o progresso e a excelência operacional.
Além de entender o que é benchmark, compreender como fazê-lo é fundamental em diversas situações para orientar decisões estratégicas e avaliar o desempenho de uma organização em comparação com seus pares ou metas estabelecidas.
A primeira ocasião é durante o planejamento financeiro, onde o benchmarking pode ser utilizado para definir metas realistas, alinhando-se às práticas de mercado.
Além disso, ao considerar investimentos significativos, o benchmark financeiro proporciona uma avaliação crítica do potencial retorno e risco, auxiliando na tomada de decisões informadas.
Durante os períodos de revisão orçamentária, o benchmarking ajuda a identificar áreas de melhoria na eficiência operacional, otimizando o uso dos recursos financeiros.
Quando há mudanças substanciais no mercado ou na indústria, o benchmark financeiro é valioso para adaptar estratégias e garantir a competitividade.
Para empresas em crescimento ou expansão, o benchmarking oferece insights sobre as práticas bem-sucedidas de outras organizações.
Portanto, o benchmark financeiro é uma prática contínua, integrada ao ciclo de gestão financeira, que fornece uma bússola valiosa para orientar decisões estratégicas e promover a sustentabilidade e a prosperidade financeira da organização.
Além disso, o benchmarking também pode ser extremamente complexo e exigir muita expertise para ser realizado corretamente. Confira outros conteúdos como esse em nosso Guia de Investimentos, como: