A alavancagem patrimonial pode ser uma poderosa aliada para quem quer crescer financeiramente, mas é imprescindível fazer o caminho com cautela e planejamento (Richard Drury/Getty Images)
Publicado em 29 de maio de 2025 às 15h48.
Na busca por ampliar o patrimônio, muitos investidores recorrem à alavancagem patrimonial — uma ferramenta financeira que permite usar ativos existentes como garantia para captar recursos extras e investir mais. Embora ofereça oportunidades para crescimento acelerado, essa estratégia envolve riscos que merecem atenção.
Alavancagem patrimonial é o uso dos bens já possuídos, como imóveis ou outros investimentos, para obter crédito ou financiamentos, sem a necessidade de vendê-los. O objetivo é conseguir capital adicional para investir em novos ativos que tragam retorno superior ao custo da dívida contraída.
Na prática, o patrimônio serve como garantia para empréstimos, que podem ser usados para ampliar investimentos e aumentar a renda passiva.
O investidor refinancia um imóvel, por exemplo, para liberar um montante em dinheiro. Esse valor pode ser aplicado na compra de novos imóveis, ações, ou em melhorias que valorizem os ativos. A expectativa é que os rendimentos gerados sejam maiores que os juros pagos ao banco ou instituição financeira.
A alavancagem também pode ocorrer via consórcios, que não cobram juros, mas apenas taxa de administração, tornando-se uma alternativa para planejar investimentos sem o custo financeiro dos financiamentos tradicionais.
Suponha que um investidor tenha um apartamento avaliado em R$ 500 mil e consiga refinanciar 70% desse valor, liberando R$ 350 mil. Com esse montante, ele compra outro imóvel para aluguel, que rende mensalmente um valor superior às parcelas do financiamento. Assim, o patrimônio cresce e a renda passiva se amplia, sem necessidade de aporte inicial maior.
A alavancagem deve ser planejada considerando cenários econômicos, fluxo de caixa e perfil de risco. É essencial que o investidor:
Entre as vantagens, destacam-se o aumento do poder de investimento e a diversificação do portfólio, que ajudam a reduzir riscos. Há também o potencial de maior retorno e geração de renda passiva para pagar a dívida.
Por outro lado, os riscos incluem o endividamento excessivo, a inadimplência e a volatilidade dos mercados. O risco de superalavancagem pode comprometer a saúde financeira.
Além disso, a complexidade na gestão exige cuidado para evitar prejuízos.
A alavancagem exige disciplina financeira e acompanhamento técnico constante. Para os cotistas, entender o impacto da dívida sobre o patrimônio, os custos envolvidos e a qualidade dos ativos é fundamental para tomar decisões informadas.
Além disso, contar com assessoria especializada pode minimizar riscos e potencializar ganhos, tornando a alavancagem uma estratégia viável e segura para ampliar investimentos no médio e longo prazo.
De modo geral, a alavancagem patrimonial pode ser uma poderosa aliada para quem quer crescer financeiramente, mas é imprescindível fazer o caminho com cautela e planejamento.