Diversificar investimentos e acompanhar a saúde financeira das empresas são estratégias essenciais para reduzir o risco de perdas em casos de falência (Malte Mueller/Getty Images)
Publicado em 6 de março de 2025 às 17h39.
Investir em ações envolve riscos, e um dos cenários mais drásticos para o acionista é a falência da empresa. Quando uma companhia quebra, suas ações perdem valor, e os investidores podem sofrer prejuízo total. No entanto, os acionistas não assumem as dívidas da empresa e, em alguns casos, ainda podem recuperar parte do dinheiro.
Quando uma empresa entra em falência, suas atividades são encerradas, e os bens são liquidados para pagar credores. As ações da companhia, antes negociadas na bolsa de valores, tornam-se praticamente sem valor, pois deixam de representar participação em um negócio ativo.
Se houver ativos suficientes após o pagamento de credores prioritários, como funcionários, impostos e fornecedores, os acionistas podem receber parte dos valores restantes. No entanto, na maioria dos casos, os investidores perdem todo o dinheiro aplicado.
Acionistas podem recorrer à Justiça em situações específicas. Se houver indícios de fraude, má gestão ou irregularidades, é possível buscar reparação contra administradores e controladores da empresa. Em alguns casos, ações coletivas são organizadas para tentar recuperar parte do prejuízo. No entanto, os processos podem levar anos e nem sempre resultam na devolução do dinheiro.
Não. O acionista de uma empresa de capital aberto não responde pelas dívidas da companhia. O máximo que ele pode perder é o valor investido nas ações. Diferente de sócios de empresas limitadas, que podem ter responsabilidade sobre passivos da empresa, os investidores de ações não são cobrados pelas obrigações financeiras da companhia falida.
A recuperação judicial é um processo que permite que empresas em crise financeira renegociem suas dívidas para evitar a falência. Durante esse período, a companhia apresenta um plano de reestruturação para tentar continuar operando.
Embora seja um sinal de alerta para investidores, a recuperação judicial não significa falência imediata. Se o plano for bem-sucedido, a empresa pode se recuperar. Caso contrário, pode acabar falindo, resultando na liquidação de seus bens e na perda total para os acionistas.
Embora seja impossível prever falências com total precisão, algumas práticas ajudam a reduzir os riscos:
Investir sempre envolve riscos, mas estar bem informado, diversificar os ativos e acompanhar indicadores financeiros são estratégias essenciais para minimizar prejuízos e evitar perdas drásticas em caso de falência de uma empresa.