(iStock/Abril Branded Content)
Jornalista
Publicado em 4 de maio de 2021 às 17h29.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h33.
Nem mesmo a alta volatilidade ou a sequência de circuit breakers provocados pela pandemia no ano passado foram capazes de frear o crescente movimento de entrada de brasileiros no mercado financeiro.
Segundo dados divulgados pela própria B3, o número de pessoas físicas cadastradas na Bolsa de Valores de São Paulo passou de 1,22 milhão em novembro de 2019 para 2,34 milhões no mesmo período do ano passado. Isso significa que há cada vez mais pessoas interessadas em investir seu dinheiro.
Mas, ainda assim, esse universo pode parecer desafiador para quem está começando. Afinal, como funciona o mercado? Quem o regulariza? Quais são os principais produtos disponíveis? É o que te explicamos a seguir.
Seguindo a mesma lógica dos mercados tradicionais – que, por definição, são o “lugar onde se comercializam determinados artigos”, o mercado financeiro é o ambiente onde ocorre a negociação de produtos financeiros.
Ou seja, trata-se do sistema por meio do qual ações, títulos públicos, câmbio e outros ativos são comercializados.
O mercado financeiro é subdividido em quatro grandes grupos:
Trata da concessão de crédito de curto, médio e longo prazo. É nele que acontecem os empréstimos bancários, por exemplo;
Trata da negociação de moedas estrangeiras. É por meio dele que pagamentos e transferências de recursos ao exterior são realizados;
Trata de operações de empréstimo de curtíssimo e curto prazo (um ano ou menos), a fim de garantir a liquidez da economia;
Trata da negociação de valores mobiliários, como ações, títulos e derivativos. É nele que estão inseridas as Bolsas de Valores, as corretoras e outras instituições financeiras.
Esse ambiente é formado, basicamente, por três figuras principais: emissores, intermediadores e investidores. São eles os responsáveis pelas movimentações de compra e venda que mantêm o mercado financeiro em funcionamento.
São as empresas ou instituições que ofertam seus papéis no mercado com o objetivo de levantar dinheiro para financiar seus projetos.
Dependendo do emissor, os títulos ofertados podem ser públicos (como é o caso do Tesouro Selic, cujos títulos são emitidos pelo próprio governo) ou privados (caso dos CDBs, que são títulos emitidos por bancos).
Os investidores são as pessoas físicas ou jurídicas dispostas a “emprestar” seu dinheiro aos emissores em troca de rentabilidade ou de participação societária.
Agentes intermediadores são as instituições responsáveis por fazer a ponte entre os emissores e os investidores. Um bom exemplo são as corretoras de valores, mas também podemos citar bancos, administradoras e a própria Bolsa de Valores.
Para que a dinâmica entre estes participantes aconteça de forma organizada e segura, algumas instituições importantes entram em cena, ajudando a regulamentar e fiscalizar o mercado. É o caso do Conselho Monetário Nacional (CMN), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central do Brasil (Bacen).
CMN |
CVM |
Bacen |
Criar e supervisionar normas e diretrizes para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. |
Fiscalizar o mercado de valores mobiliários e empresas relacionadas à Bolsa de Valores. |
Fiscalizar o sistema financeiro e garantir a estabilidade da economia brasileira, mantendo o poder de compra do Real. |
Os produtos negociados no mercado financeiro podem ser divididos em dois grandes grupos: os de renda fixa e os de renda variável.
Os investimentos em renda fixa são aqueles em que é possível prever a rentabilidade no momento da aplicação. Por isso, são considerados mais seguros e costumam ser indicados para quem está começando a investir.
A compra destes títulos pode ser encarada como a realização de um empréstimo, em que o emissor (o governo ou uma empresa privada) se compromete a devolver o dinheiro acrescido de juros no futuro. Esses juros são combinados no momento da aplicação e costumam estar atrelados a indicadores econômicos.
Já na renda variável não é possível prever a rentabilidade do investimento no momento da compra do título. Isso porque o valor pode ser afetado tanto por fatores políticos e macroeconômicos como por expectativas de mercado ou resultados das empresas as quais os títulos estão atrelados.
Por isso, ao mesmo tempo em que o potencial de retorno da renda variável é grande, o risco também é considerado alto. Os principais exemplos de investimentos de renda variável são:
Há pouco tempo, o ambiente do mercado financeiro era encarado como complexo ou restrito a grandes traders e investidores. Mas, desde que o cenário de juros baixos evidenciou a importância de buscar investimentos mais rentáveis (e que fintechs e bancos digitais tornaram o acesso a este universo mais fácil), o assunto vem se popularizando.
Já ficou claro, por exemplo, que não é preciso ter muito dinheiro para começar a investir. A verdade é qexistem boas opções com valor mínimo de aplicação abaixo de 100 reais. Mas é preciso ter disciplina e comprometimento para conseguir realizar aportes constantes e ver seu patrimônio crescer.
Além disso, também é importante traçar seus objetivos e conhecer seu perfil de investidor antes de começar. Entenda a seguir:
Existe um produto financeiro diferente para ajudar a alcançar cada objetivo. Se você pretende investir para garantir estabilidade na aposentadoria, por exemplo, o mais indicado são os investimentos de longo prazo.
Já se a ideia é juntar dinheiro para as próximas férias, será preciso escolher títulos com datas de vencimento mais próximas. Por isso, definir os objetivos antes de começar é um passo importante do processo.
Com base em sua tolerância ao risco, os investidores são divididos em três categorias: conservador, moderado ou arrojado. É isso que vai nortear a escolha dos produtos que irão compor a sua carteira. A EXAME criou um teste de perfil de investidor para te ajudar nessa missão.
Desde 2015, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) exige que todas as instituições financeiras façam uma análise de perfil com seus clientes antes de oferecer produtos de investimento.
Trata-se de um questionário simples, que pode ser realizado online, pelo site ou aplicativo da corretora – e que ajuda a garantir que seus investimentos estejam alinhados ao seu apetite ao risco.
Se o mercado financeiro começou a se popularizar entre investidores comuns nos últimos anos, não é de hoje que ele chama a atenção de profissionais em busca de sucesso e boa remuneração.
Mas não há como negar que o surgimento de bancos digitais e outras plataformas de investimento online ajudou a transformar este mercado em um setor ainda mais competitivo.
Ao mesmo tempo em que a procura por profissionais capacitados para suprir a demanda dessas instituições cresce, aumentam também as exigências dos processos seletivos e a concorrência por uma dessas vagas.
Foi pensando nisso que a EXAME Academy criou, em parceria com o BTG Pactual, um treinamento preparatório para quem sonha em ingressar no mercado financeiro brasileiro.
Totalmente online e gratuito, o curso é dividido em cinco módulos e promete ensinar as melhores estratégias para quem deseja trabalhar no setor, passando por temas como: