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Os 5 melhores investimentos para 2024

Em 2024, tanto o Brasil quanto o mundo enfrentam um cenário de juros elevados. Saiba mais

 (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

(Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 3 de agosto de 2024 às 08h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 11h31.

À medida que os ventos da economia apontam para uma redução nas taxas de juro em 2024, os investidores se veem diante de novos desafios e oportunidades. 

Este artigo explora estratégias inteligentes para investir em meio a esse cenário de queda, considerando as projeções tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos. Confira os melhores investimentos para 2024!

Das ações à renda fixa, desvendamos as opções que podem alavancar os ganhos dos investidores em um ambiente econômico em transformação.

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Segundo o relatório atualizado do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), para 2024, as projeções indicam que os juros devem continuar altos, com a Selic estimada para terminar o ano em 10,50%​.

No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, com expectativas de dois cortes de juros até o final de 2024, com a taxa de juros na faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. Dados otimistas indicam um arrefecimento da inflação americana, corroborando as apostas de que a queda dos juros pode ocorrer já no segundo semestre de 2024​.

O cenário econômico em 2024

O ano de 2023 foi marcado pelo início do corte de juros no Brasil. Iniciado em agosto, a taxa Selic termina o ano em 11,75%. Para 2024, as apostas são que o movimento continue e os juros caiam ainda mais. Segundo o último Boletim Focus do ano, a projeção é que os juros cheguem a 9% no final do ano.

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Lá fora, apesar do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ter mantido a taxa na faixa entre 5,25% a 5,5% ao ano, as falas mais recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, indicam que o início de corte de juros por lá pode estar próximo. Além disso, dados mais otimistas apontam para um arrefecimento da inflação americana, o que colabora com as apostas do mercado que a queda dos juros pode ser já em março de 2”2024.

No Brasil, avanços políticos-fiscais, como a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e do Orçamento Federal para 2024 também deixaram investidores mais otimistas. Tudo isso contribui para a volta do apetite a risco e o mercado, inclusive, já visualiza a volta das ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), que não ocorrem no Brasil desde 2021.

De acordo com os especialistas, o momento pode estar mais propício para o investidor voltar o olhar mais para a bolsa de valores, além outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários. Entretanto, apesar da queda da Selic, analistas ouvidos pela EXAME afirmam que a renda fixa ainda está atrativa, visto que ainda estamos falando de uma taxa a dois dígitos.

Como investir em cenários de queda da taxa de juro?

Especialistas indicam oportunidades no mercado de ações e outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários, em meio à queda da Selic. Apesar dessa queda, analistas destacam que a renda fixa ainda mantém atratividade, especialmente com a possibilidade de uma taxa em dois dígitos. Nesse cenário, os investidores têm à disposição diversas opções para ajustar suas carteiras e otimizar os ganhos.

Investir durante a queda dos juros requer uma abordagem estratégica para maximizar retornos e mitigar riscos. Algumas considerações importantes:

  1. Renda Fixa Adaptada: Em períodos de queda dos juros, investimentos em renda fixa podem ser impactados. Procure ativos com taxas atrativas ou ajustáveis, como títulos indexados à inflação ou de prazos mais longos.
  2. Fundos de Investimento: Fundos multimercado e de ações são alternativas interessantes em cenários de queda de juros, permitindo uma gestão ativa que busca oportunidades de retorno.
  3. Ações de Setores Beneficiados: Empresas de setores como imobiliário e de consumo tendem a se beneficiar de juros mais baixos. Considerar ações desses setores pode ser vantajoso.
  4. Diversificação Internacional: A diversificação em mercados internacionais pode ser uma estratégia para buscar rendimentos em economias com perspectivas diferentes, especialmente em um ambiente de queda dos juros locais.
  5. Títulos do Tesouro Direto: Ajuste sua carteira de títulos públicos conforme as mudanças nas taxas de juros, considerando títulos prefixados ou atrelados à inflação em cenários de queda.
  6. Cautela com Renda Fixa Tradicional: Evite alta concentração em ativos tradicionais de renda fixa, como CDBs e poupança, que podem oferecer retornos menos atrativos com juros em queda.

Qualquer estratégia de investimento deve estar alinhada ao perfil de risco e aos objetivos financeiros do investidor. Consultar um assessor financeiro pode ser útil para adaptar a carteira ao cenário econômico.

Lista dos 5 melhores investimentos para 2024

Em um cenário de juros em queda, a diversificação é chave. Você, como investidor, deve avaliar seu perfil de risco e objetivos antes de tomar decisões financeiras. Saiba mais abaixo.

1. Tesouro Direto

O Tesouro Direto, mesmo diante do cenário de queda nas taxas de juro em 2024, mantém-se como uma opção sólida para investidores que buscam segurança e liquidez.

Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA,  continuam desempenhando um papel crucial na estratégia de preservação de capital e busca por retornos atrativos.

Já o Tesouro IPCA, vinculado à inflação, proporciona uma proteção adicional contra os efeitos do aumento nos índices de preços, garantindo que o investidor preserve seu poder de compra ao longo do tempo.

2. CDBs

Os CDBs são títulos emitidos por instituições financeiras. Eles apresentam uma variedade de prazos e modalidades, permitindo aos investidores adaptar suas escolhas de acordo com suas metas financeiras e tolerância ao risco.

As taxas podem ser pré ou pós-fixadas, proporcionando flexibilidade diante das expectativas do mercado e da trajetória das taxas de juro. Essa versatilidade permite que os investidores otimizem suas carteiras de acordo com as condições econômicas vigentes.

Uma característica destacada dos CDBs é a possibilidade de encontrar opções com liquidez diária. Isso confere flexibilidade aos investidores, permitindo o resgate antecipado do investimento quando necessário, sem a penalização de perda de rendimento.

3. LCIs e LCAs

Investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) emerge como uma estratégia eficiente em um contexto de taxas de juro em queda.

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Esses títulos, isentos de imposto de renda para pessoas físicas, destacam-se por serem lastreados em operações específicas, como imobiliárias no caso das LCIs e do agronegócio no caso das LCAs.

A isenção de imposto de renda nos LCIs e LCAs confere uma vantagem significativa a esses investimentos, uma vez que permite aos investidores otimizar seus retornos líquidos.

4. Fundos Imobiliários

Com a perspectiva de juros em queda, os Fundos Imobiliários (FIIs) assumem um papel de destaque nas estratégias de investimento.

Esses fundos, que investem em empreendimentos imobiliários como escritórios, shoppings, e outros tipos de propriedades, tornam-se atrativos devido à sua capacidade de proporcionar retornos consistentes e diversificação em um cenário de elevação nas taxas de juros.

A valorização dos imóveis é uma característica fundamental dos FIIs. A busca por ativos reais, como imóveis, torna-se mais pronunciada, uma vez que esses ativos tendem a preservar valor e oferecer ganhos potenciais ao longo do tempo.

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5. Ações de Valor

As ações de valor se destacam. Empresas sólidas, com histórico de resultados consistentes e boas perspectivas de crescimento no longo prazo, são escolhas atrativas.

Os investidores podem explorar o stock picking de ações de valor para otimizar seus retornos em um ambiente de juros em queda. Empresas sólidas, com históricos consistentes e perspectivas de crescimento a longo prazo, tornam-se escolhas atrativas nesse cenário.

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Além disso, a opção por Exchange Traded Funds (ETFs) baseados no fator valor é outra estratégia eficaz.

Esses ETFs agrupam ações de empresas que atendem a critérios específicos de valor, oferecendo aos investidores uma exposição diversificada a esse tipo de ativo.

Confira as ações recomendadas para 2024 segundo banco BTG Pactual

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