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Inflação em 2024: o que esperar?

Entenda como a inflação pode impactar a economia e seus investimentos em 2024

 (Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)

(Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de janeiro de 2024 às 16h45.

Última atualização em 3 de janeiro de 2024 às 13h56.

O ano de 2023 foi marcado pelo início do corte da taxa de juro no Brasil após tanto tempo em alta, e as expectativas para 2024 são mais cortes e diminuição na inflação, segundo o Boletim Focus.

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Saiba mais sobre a inflação em 2024 ao longo do próximo ano, tanto no Brasil quanto no cenário global. 

Qual é o impacto da inflação na economia?

A inflação, caracterizada pelo aumento contínuo dos preços de bens e serviços, pode ter amplos impactos na economia.

Em termos de consumo, ela resulta na perda do poder de compra da moeda, levando os consumidores a adquirirem menos com a mesma quantia de dinheiro. Isso, por sua vez, reduz os gastos discricionários e afeta negativamente setores como varejo e lazer.

Além disso, a inflação influencia a atividade econômica ao afetar a produção. Os custos de produção, incluindo salários e matérias-primas, podem aumentar, levando as empresas a reduzirem a produção ou repassarem os custos extras aos consumidores.

Esse cenário desencoraja investimentos, pois a incerteza econômica dificulta a previsão de custos futuros. Muitos preferem economizar dinheiro ao invés de empreender, por exemplo.

A inflação nos investimentos também é algo necessário de se entender, pois estes são impactados diretamente pelas mudanças nas taxas de juro.

Em resposta à inflação, os bancos centrais podem aumentar as taxas de juro para controlar a oferta e demanda de dinheiro, encarecendo empréstimos e desestimulando investimentos.

Assim, a alocação de recursos financeiros também se torna desafiadora, com ativos reais muitas vezes preferidos em detrimento de ativos financeiros.

No âmbito da distribuição de renda, a inflação pode diminuir o poder de compra dos salários, prejudicando os trabalhadores assalariados e contribuindo para a desigualdade.

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Além disso, as expectativas de inflação podem gerar incerteza econômica, dificultando o planejamento financeiro no longo prazo para consumidores e empresas.

Há também o impacto sobre o custo de vida e o bem-estar social, especialmente para os estratos mais baixos da sociedade, que podem enfrentar dificuldades para satisfazer necessidades básicas.

No contexto da dívida, a inflação pode afetar o custo real da dívida, uma vez que o valor real pode diminuir com os preços em ascensão, mas isso também pode resultar em taxas de juros mais altas para compensar o risco inflacionário.

Portanto, o controle da inflação é crucial para a manutenção da estabilidade econômica e do equilíbrio social, sendo uma prioridade para autoridades econômicas e bancos centrais.

O que esperar da inflação em 2024?

Para o ano de 2024, espera-se a redução da inflação. Essa perspectiva em 2024, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, está atrelada às elevadas taxas de juro adotadas em 2023 como estratégia para controlar os índices de preços.

Ambos os países enfrentaram desafios inflacionários no ano anterior, levando seus bancos centrais a implementar políticas monetárias mais restritivas, caracterizadas por taxas de juro elevadas.

No Brasil, o aumento das taxas por parte do Banco Central visava conter a inflação persistentemente alta.

Entretanto, a expectativa para 2024 é que essa medida se reverta, uma vez que a economia deve responder positivamente ao controle inflacionário, permitindo uma redução gradual das taxas de juro por parte do Banco Central do Brasil.

Esse movimento estimulará o consumo, investimentos e, consequentemente, o crescimento econômico.

Nos Estados Unidos, a alta nas taxas de juro em 2023 teve como objetivo controlar a pressão inflacionária resultante de um vigoroso crescimento econômico.

Com a expectativa de que a inflação se estabilize, o Federal Reserve pode adotar uma postura mais flexível em 2024, reduzindo as taxas de juro para impulsionar o crescimento econômico de maneira sustentável.

Melhores investimentos para se proteger da inflação em 2024

Investir de maneira estratégica para se proteger da inflação em 2024 requer uma abordagem diversificada, considerando diferentes ativos.

Veja abaixo os investimentos que, histórica ou teoricamente, têm demonstrado resistência ou até mesmo se beneficiado em ambientes inflacionários.

Primeiramente, o Tesouro Direto oferece títulos públicos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+. Esses títulos são indexados à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), proporcionando uma proteção efetiva contra a inflação.

Os investidores recebem uma taxa fixa mais a variação do IPCA, o que preserva o poder de compra do investimento.

Além disso, investir em Exchange-Traded Funds (ETF) que acompanham títulos de renda fixa nos Estados Unidos, também conhecidos simplesmente como ETFs de Bonds ou ETFs de Renda Fixa Americana, pode ser uma estratégia interessante.

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A diversificação internacional por meio das bonds pode proporcionar uma proteção adicional, especialmente se a inflação no Brasil estiver relacionada a fatores específicos do país.

Títulos de renda fixa geralmente têm uma relação inversa com as taxas de juro, o que pode ajudar a proteger o capital em períodos inflacionários.

Outra possibilidade são os CDBs. Certificados de Depósito Bancário são títulos emitidos por bancos, oferecendo uma taxa de retorno predeterminada. Em ambientes de inflação, é importante buscar CDBs que ofereçam taxas superiores à taxa de inflação prevista.

No entanto, é crucial avaliar a solidez financeira da instituição emissora para mitigar riscos, além de avaliar quesitos como rentabilidade e liquidez do ativo.

O ouro é, ainda, frequentemente considerado um ativo de refúgio em períodos de inflação. Historicamente, o ouro tem mantido seu valor real ao longo do tempo. Por isso, vale a pena ficar de olho na cotação do ouro.

Os investidores muitas vezes recorrem a esse metal precioso como forma de proteger seu capital do impacto da inflação, pois o metal precioso não está diretamente ligado ao desempenho de moedas fiduciárias.

E por fim, o bitcoin é uma criptomoeda que tem sido promovida como uma reserva de valor e hedge contra a inflação. A oferta limitada de bitcoins e sua descentralização são características que alguns investidores veem como vantajosas em ambientes inflacionários.

No entanto, é importante notar que o mercado de criptomoedas é volátil, sendo, portanto, recomendado diversificar a sua carteira com outras classes de ativos.

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