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IGPM: o que é, como funciona e qual o valor acumulado?

Conheça o Índice Geral de Preços Mercado, sua metodologia de cálculo e como ele afeta a economia e os investimentos.

Hortifruti Natural da Terra - loja do Itaim - consumo - frutas - legumes - verduras - inflação - consumidor - oferta

Foto: Leandro Fonseca
Data: 05/01/2023 (Leandro Fonseca/Exame)

Hortifruti Natural da Terra - loja do Itaim - consumo - frutas - legumes - verduras - inflação - consumidor - oferta Foto: Leandro Fonseca Data: 05/01/2023 (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 07h30.

Última atualização em 15 de junho de 2023 às 14h20.

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) é um dos principais indicadores da inflação no Brasil. 

Como o IGPM é usado na correção de contratos financeiros e imobiliários, é fundamental que investidores, sejam eles iniciantes ou avançados, compreendam o impacto deste índice em seus investimentos. 

Neste artigo, vamos explorar o que é o IGPM, como é calculado e como afeta a economia.

O que é IGPM?

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) é um indicador que mede a variação mensal dos preços de um conjunto de bens e serviços utilizados pela população. 

Ele é considerado uma das principais medidas da inflação no Brasil e é utilizado como referência para correção de contratos financeiros e imobiliários.

Tabela do IGPM

Abaixo, é possível ver a tabela do IGPM de acordo com os valores mais recentes, considerando o valor mensal, acúmulo em 12 meses e variação no ano atual.

DataVariação (%)Acumulado em 12 mesesVariação em 2023

junho/20220,5910,708,17
julho/20220,2110,078,39
agosto/2022-0,708,597,63
setembro/2022-0,958,256,61
outubro/2022-0,976,525,58
novembro/2022-0,565,904,99
dezembro/20220,455,465,46
janeiro/20230,213,790,21
fevereiro/2023-0,061,860,15
março/20230,050,170,20
abril/2023-0,95-2,16-0,75
maio/2023-1,84-4,46-2,58

Esses dados são importantes para que economistas, políticos e empreendedores tomem as decisões em suas respectivas áreas com base nos dados da inflação.

Qual é a importância do IGPM?

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) desempenha um papel vital na economia brasileira. É um índice utilizado frequentemente para atualizações monetárias em contratos de aluguel e certos contratos de serviços.

A importância do IGPM reside em dois aspectos principais. Primeiramente, ele retrata a inflação, abarcando uma diversidade de produtos e serviços, que englobam insumos agrícolas e industriais, bens de consumo e serviços.

Portanto, proporciona uma visão abrangente do custo de vida, auxiliando indivíduos a se prepararem para eventuais elevações de preços, sendo assim uma alternativa ao IPCA.

Em segundo lugar, o IGPM exerce influência econômica ao ser empregado para indexação de contratos.

Quando um contrato é indexado ao IGPM, seu valor é corrigido regularmente conforme o índice, preservando a constância do valor real do contrato ao longo do tempo. O reajuste pode ser anual, de acordo com o IGPM acumulado do ano, mensal ou em outras periodicidades.

Logo, o IGPM impacta significativamente a economia, tanto para pessoas quanto para empresas. Ele serve como um mecanismo para preservar o valor dos contratos frente à inflação e oferece uma perspectiva sobre o custo de vida.

Como o IGPM é calculado?

O cálculo do IGPM é realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que coleta dados mensalmente de preços de bens e serviços em diferentes regiões do país

Esses dados são depois agregados e ponderados de acordo com a participação de cada item no orçamento das famílias.

Qual a finalidade do IGPM?

A finalidade do IGPM é fornecer uma medida objetiva da variação dos preços no mercado, permitindo que contratos financeiros e imobiliários sejam corrigidos de forma justa e equilibrada. 

Além disso, o IGPM é importante para acompanhar a evolução da inflação e para a tomada de decisões econômicas, tanto por parte dos governos quanto por parte dos investidores.

A Fundação Getulio Vargas é o principal responsável pela coleta de dados e cálculo do índice. 

A FGV possui uma ampla estrutura de coleta de dados e uma equipe de especialistas que trabalham para garantir a precisão e integridade dos dados utilizados no cálculo do IGPM. A fundação também tem a responsabilidade de divulgar mensalmente o índice, para que ele seja amplamente conhecido e utilizado pelo mercado.

Como o IGPM afeta a economia e as pessoas?

O IGPM é um importante indicador da evolução da inflação no Brasil e tem um impacto significativo na economia e nas pessoas. 

A inflação elevada pode levar a uma desvalorização da moeda, o que torna mais caro importar bens e serviços, e também pode levar a uma perda de poder de compra da população.

Ainda, a inflação pode afetar negativamente a taxa de juros, o que pode levar a uma diminuição do investimento e do crescimento econômico.

O IGPM é amplamente utilizado na correção de ativos financeiros, incluindo:

  • FIIs
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs)
  • CRI
  • CRA

Quais índices são usados para medir a inflação?

O IGPM também é comparado com outros índices de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para fornecer uma visão mais completa da evolução dos preços no mercado. 

Embora esses índices sejam similares em termos de propósito, eles diferem no conjunto de bens e serviços considerados e na forma como os dados são coletados e agregados

O INPC, por exemplo, mede a variação de preços para os consumidores de baixa renda, enquanto o IPCA é o indicador oficial de inflação do Brasil e mede a variação de preços para a população em geral.

Quando o IGPM foi criado?

O IGPM foi criado em 1989 pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e tem sido utilizado como referência para a correção de contratos financeiros e imobiliários no Brasil desde então.

Em janeiro de 2022, o índice acumulava alta de 16,91% em 12 meses.

O índice é uma média aritmética ponderada dos índices de inflação ao produtor (IPA), do índice de preços ao consumidor (IPC) e do índice nacional de custo da construção (INCC).

O IGPM é considerado uma das principais referências para a correção de contratos financeiros e imobiliários no Brasil, e sua evolução tem um impacto significativo na economia e nas decisões de investimento.

Quais fatores influenciam o IGPM?

O IGPM é influenciado por uma série de fatores, incluindo a inflação, a taxa de juros, o crescimento do PIB e a oferta e demanda de bens e serviços no mercado. 

A inflação é um dos principais fatores que influenciam o IGPM, uma vez que aumentos nos preços dos bens e serviços têm um impacto direto no índice.

Além da inflação, a taxa de juros e o crescimento do PIB também afetam o IGPM. 

Quando a taxa de juros é elevada, há menos recursos disponíveis para investimentos imobiliários e financeiros, o que pode levar a uma redução na demanda por esses ativos e, consequentemente, a uma queda nos preços. 

De forma similar, o crescimento do PIB afeta a demanda por bens e serviços e, por sua vez, influencia o IGPM.

A oferta e demanda de bens e serviços também é importante na determinação dos preços no mercado e, consequentemente, no cálculo do IGPM. 

Quando a oferta é maior que a demanda, os preços tendem a cair, e vice-versa.

Como a política monetária e fiscal do governo afetam o IGPM?

A política monetária do governo, como a definição da taxa de juros, tem um impacto direto sobre o IGPM, uma vez que a taxa de juros influencia o nível geral de preços na economia.

Já a política fiscal, que envolve gastos e receitas do governo, pode afetar o IGPM de forma indireta, através de seu impacto sobre a economia como um todo.

Por exemplo, aumento nos gastos públicos pode aumentar a demanda por bens e serviços, levando a um aumento nos preços e, consequentemente, no IGPM.

Quando o IGP-M é divulgado?

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é um indicador econômico significativo no Brasil, cuja divulgação ocorre a cada mês. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a instituição responsável pela coleta e publicação dos dados desse índice.

Normalmente, os resultados do IGP-M são anunciados no encerramento de cada mês, referindo-se à variação de preços do mês anterior. Com isso, é possível calcular também o valor do IGPM acumulado no ano e nos últimos 12 meses, por exemplo.

A data específica do anúncio pode mudar, mas geralmente se dá na última semana do mês. Os dados para o cálculo do índice são recolhidos ao longo do mês em questão e, após o processamento desses dados, o índice é publicado no mês seguinte.

Por exemplo, o IGPM 2023 de janeiro será apurado durante o próprio mês e, após a devida análise, será anunciado no fim de fevereiro do mesmo ano.

Devido à ampla aplicação do IGP-M na economia brasileira, principalmente para ajustes de contratos de locação e algumas taxas públicas, é crucial acompanhar as atualizações divulgadas pela FGV.

Outros tipos de IGP

Além do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), existem outras categorias de IGPs que a Fundação Getulio Vargas (FGV) apura e divulga.

Esses dois índices levam em consideração outras métricas, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com respectivas ponderações de 60%, 30% e 10%.

Esses índices oferecem uma visão completa da inflação no país, orientando políticas econômicas e acordos contratuais.

1. IGP-DI

O IGP-DI é similar ao IGP-M em termos de estrutura, contudo, difere no intervalo de coleta de dados, que vai do primeiro ao último dia de cada mês. Ele é comumente utilizado para ajustes em contratos de longa duração e tarifas públicas.

2. IGP-10

O IGP-10, em contrapartida, possui um período de coleta que se estende do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do mês corrente.

É frequentemente aplicado para reajustes em contratos de fornecimento de energia elétrica, sendo, portanto, um importante indicador econômico.

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Este artigo foi escrito com auxílio de inteligência artificial.

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