(Digital Vision/Thinkstock)
Redação Exame
Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 10h00.
Veículo de investimento utilizado por grande parte da população com foco em complementar a renda na aposentadoria, os fundos de previdência são uma excelente opção de alocação em um patrimônio diversificado.
Por essa razão, hoje você irá descobrir todas as características desses fundos, além de saber quanto investir com nossa calculadora de investimentos e como escolher um fundo para compor sua carteira.
Os fundos de previdência privada são, do mesmo modo que os famosos fundos conhecidos como 555, por conta da instrução CVM que os regulam, um veículo de investimentos, porém com foco na aposentadoria.
Por ser uma modalidade alternativa de acúmulo de patrimônio, os fundos de previdência permitem ao investidor estabelecer contribuições mensais, com foco na construção da sua própria aposentadoria, sem que haja dependência do INSS ou para complementar o que irá receber do governo.
Um ponto muito importante sobre os fundos de previdência é saber o quanto aportar para construir a sua aposentadoria no futuro e, para isso, disponibilizamos a nossa calculadora que simula exatamente o quanto aplicar e qual será o valor acumulado a depender do seu perfil.
Os fundos de previdência privada, de modo parecido com os fundos tradicionais, são veículos ofertados pelas instituições financeiras, que captam recursos do mercado para aplicar nas suas estratégias, que podem variar muito.
Nesse sentido, é importante lembrar, que esses fundos são fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e apresentam gestores profissionais responsáveis pela alocação dos recursos de acordo com a estratégia do fundo.
E, em relação às estratégias, se faz necessário reforçar que elas vão desde aqueles puramente de renda fixa até os fundos que possuem como foco alocar o patrimônio totalmente em ações.
Por essa razão é possível dividir os fundos de previdência privada em:
Por conta do grande número de fundos no mercado, é fundamental saber o quanto investir em cada modalidade, se é ou não possível investir neles em virtude do seu perfil de investidor e quais são as vantagens e desvantagens de uma carteira de previdência.
A previdência privada comercializada no Brasil se divide em duas modalidades de plano, sendo que um deles, a título de declaração de imposto de renda, não é considerado investimento.
Nesse sentido, os fundos de previdência privada se dividem em:
O Plano Gerador de Benefício Livre é a modalidade de previdência que permite, àqueles que declaram o imposto de renda de forma completa, deduzir até 12% de sua renda bruta tributável anual.
Por essa razão, ele é muito utilizado para reduzir os valores devidos a título de imposto de renda e, por sua característica, é considerado no momento da declaração como uma despesa e não como um investimento.
Independente da classificação da receita, em termos práticos, ele é sim um veículo de investimento, uma vez que através dele você aloca os recursos nos mais variados tipos de fundos.
Em virtude do seu benefício fiscal, o PGBL, no momento de resgate, terá tributação sobre o montante total, isto é, sobre o valor aportado mais a rentabilidade.
A segunda modalidade de fundo de previdência é o Vida Gerador de Benefício Livre, que não apresenta a vantagem de dedução fiscal, sendo mais recomendados para quem realiza declaração de forma simplificada.
Do mesmo modo que o PGBL, os fundos disponíveis são os mesmos, mudando apenas as vantagens de cada uma das modalidades.
No que diz respeito a tributação, no caso de resgate, o imposto devido será apenas sobre a rentabilidade e, no caso da escolha da tabela regressiva, após 10 anos é possível pagar apenas 10% de IR
Independente da classe de ativos ou do investimento que você irá realizar, existem vantagens e desvantagens e, dentro dos fundos de previdência privada não seria diferente.
A primeira grande vantagem deles é a possibilidade de contar com uma equipe para gerenciar o patrimônio e apenas receber os rendimentos obtidos por eles sem se preocupar com o gerenciamento dos valores.
Ainda na linha da gestão, a possibilidade de mudar de estratégias dentro da previdência sem precisar resgatar e pagar imposto permite uma enorme economia com taxas, o que no final fará grande diferença na rentabilidade.
Assim, é possível mudar as estratégias conforme os ciclos de mercado e adequar a carteira em todos os cenários.
Soma-se a isso, a questão tributária, que permite, além das deduções, em caso de falecimento do titular, os valores não entrarem em inventário e irem direto aos beneficiários escolhidos.
A principal desvantagem dos fundos de previdência privada está relacionada ao prazo do investimento, que é de longuíssimo prazo e, por isso, não pode ter como foco ser um recurso para emergências.
A escolha de um fundo de previdência privada deve levar em consideração alguns pontos, sendo o principal o perfil de investidor, que irá delimitar onde será possível alocar os recursos.
Após entender o perfil do investidor, é fundamental saber que essa escolha é para um investimento de longuíssimo prazo e uma forma de construir a aposentadoria.
Com esses dois pontos esclarecidos, o próximo passo é escolher qual tipo de plano escolher, podendo ser o PGBL ou VGBL e, para isso, consultar o seu contador é primordial.
Com tudo definido, a escolha dos fundos irá depender muito do apetite ao risco, já que a lista de fundos de previdência disponíveis no mercado é imensa.
Dessa forma, escolha os fundos que são mais aderentes ao seu perfil e busque atualizar a composição da carteira de tempos em tempos, para ser possível aproveitar todas as oportunidades de mercado.
Por fim, tente ao máximo compor a carteira com mais de uma classe de ativos, estando exposto aos mais variados mercados, pois mesmo na previdência a diversificação ainda é muito importante.
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