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Redação Exame
Publicado em 4 de maio de 2023 às 13h51.
Última atualização em 4 de maio de 2023 às 15h23.
Investir em ativos financeiros pode ser uma atividade complexa e arriscada para aqueles que não possuem conhecimentos especializados.
Nesse contexto, a figura do analista de investimentos se torna fundamental para orientar os investidores na tomada de decisões.
Mas como se tornar um analista de investimentos? E como esse profissional pode ajudar no planejamento financeiro?
Neste artigo, exploraremos as etapas e requisitos necessários para obter as certificações exigidas e se qualificar como um analista de investimentos competente e qualificado.
O analista financeiro é um indivíduo altamente especializado e qualificado que desempenha um papel vital ao fornecer suporte e orientação aos investidores.
O papel desse profissional é auxiliar na tomada de decisões de investimento, utilizando sua expertise para avaliar as condições econômicas atuais, bem como o horizonte para o setor, e baseado em sua análise dos números divulgados nos balanços das empresas, elaborar projeções do preço justo de um papel.
Com base nessas projeções e ao compará-las com a cotação atual, o analista de investimentos produz recomendações cuidadosamente ponderadas e fundamentadas, seja de compra, venda ou manutenção de um determinado ativo.
Caso sejam necessárias mudanças de rota, de papel e produtos, os analistas financeiros estarão prontos para fornecer sugestões estratégicas aos investidores para garantir que suas decisões de investimento sejam bem-sucedidas e rentáveis.
Existem três tipos de analistas de investimentos. Veja abaixo suas principais diferenças:
O analista CNPI é um certificado emitido pela Apimec para profissionais que desejam atuar como analistas fundamentalistas.
Esses profissionais especializados em análise fundamentalista possuem conhecimentos em análise de demonstrações financeiras, gestão empresarial e avaliação de empresas e setores econômicos.
Eles utilizam esses conhecimentos para avaliar a saúde financeira das empresas e recomendar investimentos em suas ações.
O analista CNPI-T é uma certificação da Apimec destinada aos profissionais que desejam atuar como analistas técnicos.
Esses profissionais possuem conhecimentos em análise gráfica e utilizam ferramentas como indicadores e osciladores para avaliar o comportamento dos ativos financeiros no mercado.
Ou seja, são profissionais que podem auxiliar na prática de day trade e swing trade.
O CNPI-P é uma certificação da Apimec destinada aos profissionais que desejam atuar como analistas plenos.
Esses profissionais possuem habilidades e conhecimentos tanto em análise fundamentalista quanto em análise técnica.
Eles utilizam ambas as técnicas para avaliar as empresas e os ativos financeiros, fornecendo recomendações de investimento aos seus clientes.
O CNPI-P é, portanto, uma certificação completa, que atesta a capacidade do profissional em lidar com diferentes técnicas e estratégias de investimento.
Para saber como se tornar um analista de investimentos, basta entender que é preciso passar na prova de certificação feita pela Apimec.
Os exames para obtenção de certificação de analista de investimentos são oferecidos pela Apimec e geralmente são realizados em tempo contínuo nos Centros de Testes da FGV, distribuídos em todo o território nacional.
Na primeira prova, o candidato deve responder questões do módulo “conteúdo brasileiro”, comum a todos os tipos de analistas.
Após a primeira fase, ele tem até 12 meses para fazer a prova de “conteúdo global 1” (para analista fundamentalista), “conteúdo técnico 1” (para analista técnico) ou os dois (para analista pleno).
Com sua certificação, ele é autorizado pela CVM para atuar na área.
Ser economista não é uma exigência obrigatória para se tornar um analista de investimentos. Para quem quer saber como ser analista de investimentos, basta entender que é preciso fazer uma certificação.
A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) é uma entidade que certifica profissionais aptos a atuar como analistas.
Para se tornar um analista, é necessário possuir diploma de ensino superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e ser aprovado no exame de certificação da Apimec.
Assim, é possível que profissionais de diversas áreas, como administração, engenharia, contabilidade, entre outras, se tornem analistas de investimentos. Esses profissionais podem ajudar investidores que querem sair da poupança e buscar opções melhores.
Veja os módulos da prova de analista de investimentos abaixo e saiba como funciona essa certificação:
Essa é a fase comum para o analista fundamentalista, técnico e pleno. Consiste em uma prova de duas horas de duração com 60 questões de múltipla escolha.
Os seguintes assuntos caem na prova: Sistema Financeiro Nacional (Banco Central, CVM e outros), Mercado de Capitais, Mercado de Renda Fixa, Mercado de Derivativos, Conceitos Econômicos, Ética e Relacionamento, Governança Corporativa.
Prova de duas horas de duração com 60 questões de múltipla escolha para o cargo de analista fundamentalista.
Conta com as seguintes matérias: Análise e Avaliação de Ações e Finanças Corporativas (30 questões) e Contabilidade Financeira e Análise de Relatórios Financeiros (30 questões).
Fase para o analista técnico. Prova de duas horas de duração com 60 questões de múltipla escolha.
Possui as seguintes matérias: Princípios de Análise Técnica, Dow, Elliott, Fibonacci e Candlestick, Retas, Tendências e Médias móveis, Stop, Suporte e Resistência, Volume & Contratos em Aberto.
Muitos se perguntam qual é o salário de um analista de investimentos. O salário médio desse profissional no Brasil é de cerca de R$ 6 mil a R$ 7 mil por mês.
No entanto, esse valor pode variar bastante de acordo com a empresa, a região e a experiência do profissional. Profissionais podem começar ganhando menos e acabar ganhando bem mais com o tempo.
Quanto à progressão de carreira, o analista de investimentos pode progredir para posições de gestão, como gerente de investimentos ou chefe de análise de investimentos.
Além disso, muitos analistas acabam abrindo suas próprias empresas de consultoria financeira depois de guardar dinheiro para o empreendimento.
Estes profissionais também podem trabalhar como consultores independentes, o que pode trazer uma maior flexibilidade e retorno financeiro.
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