Investir no fundo de ouro garante maior segurança financeira em períodos de inflação (YuriArcursPeopleimages/envato)
Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 15h19.
O ouro sempre foi considerado um dos investimentos mais seguros, especialmente em períodos de crise econômica, inflação alta ou instabilidade política. Para quem deseja incluir esse ativo na carteira de maneira prática, os fundos de ouro são uma alternativa interessante. Este guia traz informações detalhadas sobre como eles funcionam, quais são suas opções e como identificar o melhor momento para investir.
Considerados investimentos coletivos que aplicam recursos de vários investidores em ativos relacionados ao ouro, os fundos permitem que o investidor lucre com a valorização do metal sem precisar lidar com armazenamento ou custos logísticos.
O funcionamento se dá da seguinte forma: o gestor do fundo compra contratos futuros de ouro, ETFs (Exchange Traded Funds) ou outros instrumentos financeiros atrelados ao metal. A rentabilidade acompanha o desempenho da cotação do metal no mercado internacional, influenciada por fatores como oferta e demanda, taxa de juros e flutuações cambiais. O investidor adquire cotas do fundo, e sua participação é proporcional ao montante aplicado.
Entre as principais vantagens estão:
Antes de investir, é importante entender que existem diferentes estratégias de fundos de ouro, cada uma com características e níveis de risco distintos. Os principais tipos incluem:
Esse fundo investe diretamente na cotação do ouro em reais. Sua rentabilidade acompanha a variação do preço do metal no mercado interno, sem influência direta de câmbio. O risco é médio, já que depende exclusivamente da oscilação do preço do ouro no Brasil.
Combina a rentabilidade do ouro em reais com uma aplicação atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Este funciona como uma taxa de juros que adiciona um rendimento extra ao fundo. Neste caso, o risco é de baixo a médio, pois o retorno do CDI reduz a volatilidade do fundo.
Essa opção investe na cotação do ouro em dólar, refletindo diretamente o preço do metal no mercado internacional. A rentabilidade é impactada tanto pela variação do preço do ouro quanto pela oscilação do dólar frente ao real. O risco é alto, já que é influenciado por dois fatores voláteis: a cotação do ouro e a variação cambial.
O valor mínimo varia conforme o fundo escolhido. Os fundos em reais ou reais + CDI exigem aporte inicial que pode variar entre R$ 100 e R$ 1.000, dependendo da instituição gestora. Os fundos atrelados a dólares, por sua vez, tendem a exigir aportes maiores, a partir de R$ 1.000 ou mais, devido ao foco em investidores de perfil arrojado.
Independente do fundo e da corretora escolhida, apostar no metal costuma ser uma boa escolha, uma vez que este mantém seu valor em períodos de alta inflação e até mesmo se valoriza nas crises, funcionando como reserva financeira. Os atrelados ao dólar também proporcionam exposição ao mercado internacional.
Por sua vez, os fundos não geram renda passiva, como dividendos ou juros e são voláteis no curto prazo.
Para fazer os investimentos é aconselhável pesquisar instituições que oferecem o serviço e comparar suas condições, como taxas de administração e rendimento. Também é importante confirmar se o valor mínimo do aporto condiz com sua realidade financeira.
Por último, é preciso monitorar a rentabilidade e ajustar sua estratégia conforme o cenário econômico. Um profissional especializado no assunto poderá ajudar. Vale lembrar ainda que é preciso arcar com o Imposto de Renda (IR) e a taxa de administração do fundo.
É possível monitorar os fundos por meio de corretoras de valores e que atuam como intermediárias entre o investidor e a gestora do fundo, facilitando o acesso ao mercado.
Além dos fundos tradicionais, existem outras opções de investimento em ouro no mercado brasileiro:
Conhecer os tipos de fundos e suas características ajuda você a escolher a melhor estratégia, seja buscando estabilidade com fundos atrelados ao CDI, diversificação internacional com fundos em dólares ou exposição direta ao mercado nacional. Estar bem informado é o primeiro passo para aproveitar os benefícios que o investimento em ouro pode oferecer.