Algumas cidades oferecem benefícios adicionais, como isenção de IPVA, estacionamento gratuito em áreas públicas e acesso a faixas exclusivas (Leandro Fonseca/Exame)
Publicado em 29 de abril de 2025 às 16h09.
A ideia de dirigir um veículo quase silencioso, que polui menos e custa menos para rodar, já conquistou muita gente. Nos últimos anos, carros elétricos e híbridos deixaram de ser uma promessa distante para se tornar uma realidade nas ruas brasileiras. No entanto, antes de trocar o motor a combustão por baterias e eletricidade, é importante entender as vantagens, os custos envolvidos e as particularidades de cada tipo de tecnologia.
Carros elétricos são movidos exclusivamente por energia armazenada em baterias recarregáveis. Eles não possuem motor a combustão e, portanto, não utilizam gasolina ou diesel. Já os veículos híbridos combinam dois motores: um elétrico e outro a combustão. Essa configuração permite maior autonomia, além de reduzir o consumo de combustível, principalmente em trajetos urbanos.
Enquanto os elétricos oferecem um rodar mais silencioso e livre de emissões diretas de poluentes, os híbridos equilibram a economia com a praticidade do abastecimento convencional.
Entre os principais atrativos, a economia com combustível se destaca. A eletricidade é significativamente mais barata do que gasolina ou diesel, especialmente considerando o aumento constante dos combustíveis fósseis. Modelos híbridos também apresentam consumo reduzido, ainda que dependam em parte do motor a combustão.
A manutenção é outro ponto favorável. Carros elétricos possuem menos peças móveis, o que reduz a necessidade de serviços mecânicos frequentes e diminui os custos de longo prazo. Além disso, a preocupação ambiental ganha espaço, já que esses veículos emitem menos gases poluentes e ajudam a reduzir o impacto ambiental.
Algumas cidades ainda oferecem benefícios adicionais, como isenção de IPVA, estacionamento gratuito em áreas públicas e acesso a faixas exclusivas.
Apesar das vantagens, é preciso analisar com atenção alguns fatores. O preço inicial ainda é mais alto do que o de modelos tradicionais, embora a diferença esteja diminuindo. Em 2025, por exemplo, o Renault Kwid E-Tech é vendido por cerca de R$ 99.990, enquanto o BYD Dolphin Mini gira em torno de R$ 115 mil.
Outro ponto é a autonomia das baterias. Modelos mais acessíveis oferecem entre 160 km e 280 km de autonomia, o que atende bem a deslocamentos urbanos, mas pode ser limitante em viagens mais longas. A infraestrutura de recarga no Brasil também avança, mas ainda exige planejamento, principalmente fora dos grandes centros.
A vida útil da bateria e a possível desvalorização do veículo ao longo dos anos são fatores que precisam entrar na conta. O custo elevado para a substituição das baterias pode impactar o valor de revenda do automóvel.
O carro elétrico ou híbrido faz mais sentido para quem realiza trajetos curtos a médios, tem fácil acesso a pontos de recarga e busca economia no uso diário. Também é uma escolha estratégica para quem valoriza a sustentabilidade e está disposto a fazer um investimento inicial maior para colher benefícios no médio e longo prazo.
Para consumidores preocupados com o futuro do planeta e com a economia no bolso, o momento é oportuno para considerar essa mudança.
Esses modelos tornam a tecnologia mais acessível e mostram que a mobilidade elétrica está cada vez mais ao alcance dos brasileiros.
A escolha entre um carro elétrico ou híbrido depende do seu estilo de vida, rotinas diárias e disposição para planejar recargas ou pagar um pouco mais na compra. Com a queda nos preços e os avanços tecnológicos, a opção por veículos mais sustentáveis deixou de ser um luxo e passou a ser uma decisão prática para muitos consumidores.