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Especialista em FII de CRI explica a importância de reinvestir o dividendo

Felipe Ribeiro, sócio da área de fundos imobiliários da gestora Quatá e especialista em fundos de CRI, foi o convidado para o programa FIIs em EXAME desta semana, e explicou como funcionam esses ativos

Gestor da Quatá explica que investidor que não reinveste parte dos dividendos acaba perdendo poder de compra ao longo do tempo | Crédito: Thinkstock (Thinkstock/Thinkstock)

Gestor da Quatá explica que investidor que não reinveste parte dos dividendos acaba perdendo poder de compra ao longo do tempo | Crédito: Thinkstock (Thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2021 às 16h14.

Última atualização em 24 de outubro de 2021 às 16h15.

Depois de terminar o ano de 2020 com perda de quase 12%, o IFIX, índice que mede a variação das cotas dos principais Fundos de Investimento Imobiliário (FII), acumula desvalorização de 5,4% desde o início deste ano.

Os fundos que investem em imóveis (os chamados fundos de tijolo) foram os mais penalizados, com destaque negativo para os FIIs de shoppings e escritórios, que perderam até 30% do valor na crise. A volta gradual da normalidade tem ajudado a recompor as receitas de shoppings e lajes corporativas, mas essa retomada foi ofuscada pelo avanço dos juros e da inflação, um quadro que tira a atratividade dos fundos imobiliários e dá mais destaque às aplicações da renda fixa.

A exceção são os fundos de papel que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) atrelados ao IPCA ou ao CDI. Lembrando: os CRIs são papeis de dívidas emitidos por empresas que desejam financiar seus projetos imobiliários.

Os FIIs de papeis também perderam valor nos últimos meses, mas seguem com captação positiva no ano: quase metade dos cerca de 31 bilhões de reais aplicados em fundos imobiliários em 2021 foi para os fundos de CRIs. Em 2019, por exemplo, a categoria correspondia a apenas 27% das captações.

Felipe Ribeiro, sócio da área de fundos imobiliários da gestora Quatá e especialista em fundos de CRI, foi o convidado para o programa FIIs em EXAME desta semana, conduzido pelo professor Arthur Vieira de Moraes.

O gestor da Quatá explicou como o investidor pode acompanhar os fluxos de pagamento de fundos de CRI, para observar a inadimplência de credores e projetar o recebimento de rendimentos futuros. Além disso, ele explicou as diferenças entre a distribuição de lucro pelo caixa e a distribuição de lucros contábil, as duas principais estratégias de gestores para os dividendos.

"Confiar na gestão é muito importante, mas não significa uma confiança cega. Participar de algumas lives e mandar perguntas de vez em quando é válido. Se o gestor responder, ponto pra ele", disse Ribeiro.

Por fim, o gestor da Quatá falou da importância de reinvestir parte dos dividendos recebidos, principalmente nos FIIs que têm como política a distribuição de 100% do rendimento do CRI (ou seja, a distribuição do bônus e do índice de inflação).

"O fundo de CRI é uma pedra e a inflação vai batendo como água, ao longo do tempo. Se o investidor não reinvestir parte do dividendo, ele vai perdendo poder de compra", explicou ele.

Veja abaixo o programa completo:

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