Invest

Conheça o fundo listado na bolsa que investe em infraestrutura

Cotas do fundo BTG Pactual Dívida Infraestrutura (BDIF11) são negociadas abaixo do seu valor patrimonial

O BDIF11 investe em sete títulos, um deles emitido por uma transmissora de energia elétrica (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O BDIF11 investe em sete títulos, um deles emitido por uma transmissora de energia elétrica (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 10 de junho de 2021 às 17h18.

Última atualização em 11 de junho de 2021 às 10h47.

Desde meados de maio as cotas do fundo BTG Pactual Dívida Infraestrutura (BDIF11) passaram a ser negociadas abaixo do seu valor patrimonial. Ou seja, as debêntures do fundo (já considerando os efeitos da marcação a mercado) possuem um valor de mercado superior ao das aplicações negociadas no mercado secundário. Ou seja, é um bom momento de entrada no fundo, segundo Odilon Costa, analista de renda fixa do banco de investimentos.

Costa não incluiu na conta o dividendo de cerca de R$ 3,96 por cota que o fundo irá distribuir no dia 23 deste mês.

Participe gratuitamente da Jornada do Investidor Independente

Diferente dos fundos imobilários, nos quais as cotas patrimoniais são estimadas por empresas especializadas, a cota patrimonial dos fundos de crédito é medida basicamente pela marcação a mercado das debêntures no mercado secundário. Isso torna o segmento mais transparente.

O segmento de fundos de infraestrutura ainda é incipiente no país. O BDIF11 é um dos primeiros do tipo no mercado brasileiro: foi lançado há apenas dois meses. São cerca de cinco no total. Esse é um ponto de atenção: ainda falta liquidez no mercado.

O fundo investe em ativos de renda fixa, mais especificamente debêntures de infraestrutura e ativos incentivados enquadrados na lei 12.341. Essa característica o torna isento de IR sobre rendimentos e ganhos de capital para pessoas físicas.

Seu objetivo é buscar um retorno equivalente ao Tesouro IPCA+ (NTN-B) de duration equivalente ao portfólio + 2% a 2,5% ao ano. A aplicação realiza distribuições semestrais dos rendimentos pagos pelos ativos investidos, em junho e dezembro.

A carteira do fundo é composta atualmente por sete ativos: títulos emitidos por duas geradoras de energia elétrica (Echoenergia e Norte Energia), uma transmissora de energia (Parintins), uma telecom (Brisanet), uma empresa de mobilidade (Metro Rio) e duas concessionárias de rodovias (Way 306 e Rodovias do BR), com duration que varia de 4,4 a 11,3 anos.

O BDIF11 está disponível apenas para investidores qualificados, que têm mais de 1 milhão de reais para investir, via home broker. Basta buscar o ticker. Cada cota do fundo é vendida por cerca de R$ 100.

Vantagens do investimento

  • Acesso a ativos normalmente não disponíveis para investidores de varejo (emissões ICVM
    476)
  • Flexibilidade para adotar uma gestão ativa por ser um fundo fechado – não há resgates, pois as cotas são negociadas apenas no mercado secundário
  • Prazo de resgate inferior ao de fundos de debêntures incentivadas abertos
  • Gestão com experiência em crédito privado

Pontos de atenção

    • Risco de crédito (concentração do portfólio em poucos ativos)
    • Risco de mercado (títulos sujeitos aos efeitos da marcação a mercado)
    • Liquidez (o mercado ainda é incipiente e as negociações estão aumentando gradualmente)

 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasB3BTG PactualDebênturesFundos de investimentoInfraestruturaorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoalrenda-fixa

Mais de Invest

Investir em ações brasileiras no Brasil ou nos EUA: saiba como decidir

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real