Uma forma de se autofinanciar para realizar um objetivo é adquirir um consórcio imobiliário. É uma modalidade genuinamente brasileira, oferecida por diversas instituições financeiras. O consórcio une diferentes pessoas, formando grupos em uma espécie de condomínio com objetivo de formar uma poupança para adquirir um bem ou serviço em específico, nesse caso, um imóvel. 

Se você já visitou uma agência bancária, provavelmente algum gerente já deve ter lhe oferecido esse serviço. Com isso, os produtos mais comuns a serem ofertados por meio de consórcios são: automóveis, imóveis e até mesmo eletrônicos e outros serviços. 

Assim, é muito importante entender como funciona o consórcio imobiliário e seus custos, riscos, além de benefícios e desvantagens do produto. 

Como funciona um consórcio imobiliário?

A partir do pagamento de parcelas é mantido um fundo com o objetivo de comprar imóveis. Dessa forma, na prática, cada integrante está contribuindo para uma fração de cada imóvel a ser sorteado. 

Com isso, é periodicamente feito um sorteio, geralmente de forma mensal. A partir do momento da contemplação, o sorteado recebe uma carta de crédito no valor definido no período de contratação desse consórcio, podendo assim exercê-la para compra do imóvel.

Contudo, o sorteio não é a única possibilidade de contemplação, existe também a possibilidade de ser contemplado através de lances. Em outras palavras, oferecer um montante em relação à carta de crédito para obter o bem de forma antecipada.

Um exemplo disso, seria um consorciado oferecer 55% de lance para obter uma carta de crédito, nesse nosso exemplo, se nenhum outro consorciado oferecer um lance maior, o participante em questão, será contemplado com o valor da carta de crédito total.

Quais são os custos e riscos do consórcio imobiliário?

Uma das grandes vantagens do consórcio imobiliário é justamente não pagar os juros de um financiamento nem o IOF presente em operações desse tipo. Contudo, há outros custos envolvidos nessa operação que devem ser levados em conta no momento de decisão. 

Há os custos do consórcio imobiliário envolvendo seguro, que em muitos casos pode ser colocado ou não, existe a taxa de administração, nesse caso, deve se fazer o comparativo dessas taxas em diferentes instituições, pois pode haver uma grande variação. Além disso, há uma taxa voltada para o fundo de reserva, que também deve ser considerada. 

Nesse sentido, o somatório desses custos pode ultrapassar uma taxa equivalente a 20% do custo do imóvel a ser obtido. Dessa forma, é importante fazer essa reflexão sobre o custo total contra outras possibilidades de financiamento de imóvel, além do risco de ser um dos últimos a ser contemplados. 

Qual o perfil mais adequado para se adquirir um consórcio?

Ainda que seja uma forma de se autofinanciar de forma menos custosa, o consórcio é mais voltado para um perfil específico de pessoas. Caso, esse produto, seja oferecido sem as devidas explicações, pode acabar no futuro se tornando um grande problema. Por isso é importante alinhar as expectativas com o que o produto de fato pode entregar. 

Em suma, o consórcio imobiliário é um produto voltado para aqueles que pretendem adquirir um imóvel, mas não estão com pressa. Por exemplo, alguém que já tenha um imóvel e pretenda adquirir um segundo, mas não tenha intenção de obter isso tão no curto prazo. 

Dado que, em caso de não haver um montante para tentar a antecipação por leilão, é preciso depender da sorte. 

Outro perfil que se adequa bastante ao consórcio imobiliário, é de alguém que está com um valor interessante acumulado e pode dar um lance próximo a 50% do bem a ser contemplado. 

Neste caso, a chance de se obter a carta de crédito de forma antecipada, são bastante altas, ainda assim, não é garantido, dado que tudo depende de quão esse grupo é competitivo na hora de ofertar lances. 

Foi possível entender como funciona o consórcio imobiliário? Confira outros conteúdos como esse em nosso Guia de Investimentos, como:

O que é taxa Selic?
O que é IPCA acumulado?
O que são fundos imobiliários?