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Selic a 4,25%: veja os ativos de renda fixa recomendados para o seu perfil

Com expectativa de mais aumentos até o final do ano, a renda fixa convencional volta a ficar atrativa. Veja as dicas para investir de acordo com o seu perfil

 (Edson Souza/iStockphoto)

(Edson Souza/iStockphoto)

Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 17 de junho de 2021 às 11h16.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 13h42.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira, 16, a taxa básica de juro em 0,75 ponto percentual. Com o aumento, a Selic chega a 4,25% ao ano. A decisão já era precificada pelo mercado e é influenciada principalmente pela escalada persistente da inflação nos últimos meses. Em maio, o IPCA acumulou alta de 0,83%, a maior taxa para o mês desde 1996.

Diante desse cenário, é comum que o investidor volte o olhar para os investimentos de renda fixa. Afinal, o movimento influencia diretamente a rentabilidade desses papéis. “Estão caminhando para pagar 6,5% ao ano. Então, começamos a ver aquela renda fixa convencional cada vez mais atrativa”, explica Odilon Costa, analista de renda fixa e crédito privado do BTG Pactual digital.

Mas quais são os papéis mais indicados para o momento? É o que explicamos a seguir.

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O melhor investimento para cada perfil

O aumento do IPCA tem dois efeitos sobre os títulos atrelados à inflação: o da própria correção pela inflação e o aumento da remuneração real.  Por isso, a dica do analista é apostar em títulos atrelados à inflação com duration médio e indexados ao CDI (indicador que acompanha a Selic e é o principal benchmark dos ativos de renda fixa).

Vale destacar que duration é o indicador do prazo médio de pagamentos dos juros e de recuperação do investimento, não necessariamente o vencimento do papel. Como o duration é proporcional ao risco, quanto mais longo ele for, maior é a intensidade de flutuações no seu preço.

“O grande call de nossa equipe é para os títulos corporativos. Se você comprar um papel de um banco bom a 120%, 130% do CDI agora, provavelmente não vai encontrar essas taxas novamente, quando a Selic já estiver a 6%”, explica Costa. O grau de exposição da carteira à inflação, no entanto, pode variar de acordo com o perfil e objetivos de cada investidor.

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Conservador

Com pouca tolerância ao risco, o investidor conservador costuma priorizar a segurança em detrimento de rentabilidades maiores. Para esse perfil, Costa indica títulos pós-fixados com duration médio. “Papéis pós-fixados com duration de até três anos são uma boa oportunidade porque há bancos conservadores pagando muito bem”, diz.

“Se o investidor não tiver uma carteira muito grande, ele também pode ter alguma exposição bancária dentro do limite do FGC, que garante o saldo das aplicações em até 250.000 reais por CPF”, complementa.

Moderado

Para quem aceita um pouco mais de risco, a dica é alocar um percentual da carteira em títulos de crédito privado também. “Vale a pena ter uma pequena exposição ao crédito corporativo. Gostamos de papéis de três a cinco anos de duration, atrelados ao IPCA. Dá para fazer uma composição de Tesouro IPCA+ com crédito corporativo atrelado ao IPCA”, exemplifica.

Arrojado

Também chamado de “investidor agressivo”, o perfil arrojado é caracterizado por ter mais apetite ao risco. Na hora de compor seu portfólio de renda fixa, a dica é seguir a mesma estratégia sugerida para o perfil moderado, mas com uma exposição ainda maior aos títulos atrelados ao IPCA.

Renda fixa como reserva de emergência

É importante destacar que esses papéis são indicados para quem busca investir na renda fixa para além da construção de uma reserva de emergência. Isso porque, quando o objetivo é guardar dinheiro para possíveis imprevistos financeiros, as aplicações precisam ter o mínimo de risco de crédito e liquidez possível.

“Existe a renda fixa como parte do portfólio e a renda fixa como reserva de emergência. Para a reserva de emergência, toda e qualquer aplicação tem de ter o mínimo de risco de crédito possível, além de liquidez diária. Por isso, embora possamos considerar Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado para a carteira geral de renda fixa, eles não fazem sentido para a construção da reserva de emergência”, explica.

Ainda de acordo com o analista, os títulos mais indicados para quem investe em renda fixa pensando na reserva de emergência são: Tesouro Selic, fundos com taxa zero e CDBs com liquidez diária de instituições financeiras com rating elevado (AA+ ou AAA).

O BTG Pactual, por exemplo, possui rating AAA pela S&P. Além disso, oferece dois CDBs, com prazos de 12 ou 24 meses e taxas de remuneração equivalentes a 103% e 104% do CDI.

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