(BrianAJackson/Thinkstock)
Jornalista
Publicado em 1 de setembro de 2021 às 16h06.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h56.
O BTG Pactual atualizou sua carteira de fundos imobiliários nesta quarta-feira, 1º de setembro, com algumas alterações. Considerando um cenário mais volátil no curto prazo, os estrategistas do banco recomendam a venda parcial do XP Log (XPLG11), que passa a ter peso de 5%, e dos fundos Vinci Logística (VILG11) e RBR Properties (RBRP11), com peso de 2,5% cada um.
Simultaneamente, indicam o aumento da exposição ao Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) de 5% para 15%. Isso porque eles enxergam uma assimetria de risco versus retorno bastante positiva no KNCR11, com menos incertezas no curto e médio prazo quando comparado aos fundos de tijolo.
“Continuamos gostando dos três fundos, que estão baratos, negociam com desconto em relação ao valor patrimonial e possuem upside no longo prazo. Contudo, o momento de curto prazo mais desafiador não pode ser ignorado”, dizem os especialistas no relatório.
Mesmo enxergando um cenário desafiador no curto prazo, os analistas do banco afirmam que continuam otimistas com o mercado imobiliário no país. Isso por conta do baixo patamar da taxa de juro frente ao histórico brasileiro.
“Esse ambiente ajudou o desenvolvimento do mercado nos últimos três anos, impulsionando o número de investidores e a liquidez dos fundos, e, olhando para a frente, entendemos que a indústria deve continuar crescendo a passos largos”, explicam.
O relatório também destaca que a retomada da atividade econômica tem a capacidade de aumentar a demanda por bens e serviços, beneficiando os segmentos de lajes corporativas, galpões logísticos e shopping centers.
A carteira recomendada para o mês de setembro é composta de 12 ativos divididos entre: recebíveis (42,5%), galpões logísticos (25,0%), lajes corporativas (20,0%), híbridos (7,5%) e shoppings (5,0%).
O dividend yield anualizado é de 7,5%. Já o dividend yield para os próximos 12 meses é de 7,6%, enquanto as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 12% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente 3 milhões de reais.
Constituído em 2012, o KNCR11 possui um portfólio com 48 papéis e busca investir seus recursos preferencialmente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), podendo investir também em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
O objetivo do fundo é atingir uma rentabilidade de 100% do CDI líquido de impostos, por meio da aquisição de operações com devedores com bom perfil de crédito e diversificados em seus setores de atuação.
O fundo já faz parte da carteira recomendada do banco e a sugestão de aumentar sua posição tem como base os seguintes pilares:
I) Projeção de alta da taxa Selic (e, consequentemente, aumento na distribuição de rendimentos);
II) Excelente liquidez;
III) Valuation atrativo.
“As cotas são negociadas no mercado secundário com desconto de 4,2% sobre o valor patrimonial (99,2 reais por cota), em virtude do período de baixa da taxa Selic que o fundo viveu nos últimos meses. Olhando para a frente, acreditamos que esse desconto tende a diminuir e buscar o valor patrimonial em função do ciclo de alta das taxas de juro”, destacam os analistas.