A carteira busca capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de FIIs. (Getty Images/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 4 de abril de 2022 às 14h29.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h25.
O BTG Pactual divulgou, na última sexta-feira, 1º de abril, a sua carteira recomendada de fundos imobiliários com algumas alterações. Visando aumentar a liquidez da carteira, os especialistas recomendam a venda parcial de Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que passa a ter peso de 7%; e aumento da exposição ao BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11), que passa de 5% para 6%. O banco também adicionou ao portfólio o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), com 2,5% de exposição. Para acomodar a mudança, retirou o XP Log (XPLG11) da carteira.
“Continuamos gostando do XP Log, que apresentou boa comercialização das áreas vagas nos últimos meses e, consequentemente, potencial aumento na distribuição de rendimentos no médio e longo prazo. Entretanto, o mercado atualmente tem precificado as cotas com maior participação dos eventos macroeconômicos vis-à-vis a melhora operacional dos fundos imobiliários e, portanto, acreditamos que, apesar de o fundo continuar descontado, o cenário ainda é de volatilidade e deve permanecer mais averso ao risco nos próximos meses”, dizem os especialistas no relatório, que é assinado por Daniel Marinelli, Danilo Barbosa e Matheus Oliveira.
Ainda segundo o documento, o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) é uma boa alternativa para o momento por associar um dividend yield atrativo (10,9% ao ano) com maior previsibilidade de rendimentos (100% dos contratos atípicos) e potencialmente menor volatilidade no mercado.
Com a corrida eleitoral se aproximando, o ambiente fiscal segue no radar do mercado brasileiro, que ainda não tem muita previsibilidade quanto às propostas econômicas dos candidatos. Ao mesmo tempo, a inflação continua crescendo em ritmo acelerado (tanto o IPCA e o IGP-M apresentaram altas acima das expectativas) e pressionando a taxa básica de juro no país.
“Acreditamos que o processo de elevação da Selic encontra-se em seu estágio final, mas sem definições garantidas, uma vez que a evolução dos choques de preços em itens voláteis [como o petróleo] pode mudar os planos do comitê e do mercado”, diz o relatório — que afirma, ainda, que apesar do ciclo de alta da taxa de juro, o investimento em FIIs continua sendo vantajoso para quem busca ganho de capital e renda recorrente e líquida.
“Na nossa visão, é possível encontrar diversos ativos que oferecem relação risco vs. retorno bastante favorável, apoiada em fundamentos sólidos”, reforçam.
Os fundos que compõem a carteira de abril do BTG Pactual buscam proporcionar diversificação tanto de gestão quanto setorial, com ativos de tijolo bem localizados em diferentes regiões do país. “[Acreditamos que esta] é a melhor forma de ficar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de maior volatilidade e de se beneficiar em momentos de retomada”, diz o relatório.
Além da análise setorial macroeconômica, o processo de escolha dos fundos se dá a partir da avalição do portfólio em termos de qualidade e localização dos ativos; microeconomia da região; perfil dos locatários/devedores e análise dos contratos e garantias
Assim, os 14 ativos que compõem a carteira recomendada de abril estão divididos entre: recebíveis (51%), galpões logísticos (18%), lajes corporativas (18%), híbridos (6%), shoppings (5%) e agronegócio (2,5%).
Em conjunto, o dividend yield anualizado é de 10,4% e o dividend yield para os próximos 12 meses é de 10,1%. Já as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 10% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 3,4 milhões.
Veja, abaixo, quais são os 14 ativos escolhidos pelos especialistas para o mês de abril.
RBRR11 (12,5%)
BTCR11 (8,0%)
KNCR11 (17,5%)
FEXC11 (5,0%)
CPTS11 (8,0%)
VILG11 (7,5%)
BRCO11 (2,5%)
HSLG11 (7,5%)
RBRP11 (6,0%)
BRCR11 (6,0%)
RCRB11 (7,0%)
HGRE11 (5,0%)
VISC11 (5,0%)
BTRA11 (2,5%)